DFTV mostra as trapalhadas de Arruda com relação ao Hospital de Santa Maria
Esta semana, a vendedora Adriana Afonso sentiu fortes dores abdominais. Sem conseguir andar, foi para o Hospital de Santa Maria de ambulância. Ao chegar, quase não foi atendida.
“Dois enfermeiros receberam a gente. Depois de uns 15 minutos, chegou o médico. Ele disse que não tinha condições de me atender e mandou o pessoal do Corpo de Bombeiros me levar pra outro hospital”, conta Adriana.
Muitos pacientes têm dúvidas sobre os serviços que funcionam no Hospital de Santa Maria. Na emergência, por enquanto, só há o pronto-atendimento, ou seja, para casos mais simples, como o de Adriana, considerados de baixa e média gravidade. Os mais graves são encaminhados para o Gama, porque em Santa Maria a emergência ainda não tem um centro cirúrgico.
Hoje a emergência não estava cheia, mas a direção do hospital reconheceu que há poucos pediatras e que em alguns dias o atendimento fica prejudicado.
Atualmente, além do pronto-atendimento, o paciente pode marcar consulta no ambulatório que atende 20 especialidades médicas e tem 20 leitos de UTI. Inclusive com sala para isolamento de pacientes com a nova gripe. Também podem ser feitos exames de laboratório, raio X e tomografias.
“Nosso compromisso com o governo é de que esteja funcionando plenamente até o mês de dezembro. No entanto, temos a expectativa de antecipar esse prazo. Até porque, já iniciamos os serviços ambulatoriais e temos UTI funcionando. Nós acreditamos que, no máximo em 60 dias, teremos uma condição diferente da que temos hoje”, garante o superintendente do Hospital de Santa Maria, Ailton Ribeiro.
Lívia Veiga / Edgar De Andrade
As ilegalidades e os descalabros são tão grandes e vergonhosos que o MP quer intervenção de Temporão
O Conselho Nacional de Saúde pediu ao ministro Temporão que indique, em 30 dias, um interventor para administrar os recursos do SUS que são investidos no DF: mais de R$ 500 milhões.
O promotor de Defesa da Saúde diz que o vencedor da licitação para instalação de equipamentos de terapia intensiva no Hospital de Santa Maria é sócio do empresário que emprestou os kits de UTI usados pela Secretaria de Saúde.
“As pessoas envolvidas nesse escândalo acabaram ganhando uma licitação de quarteirização, dos 70 leitos de Santa Maria, num contrato de R$ 33 milhões por ano”, revela Jairo Bisol.
Fotos tiradas no Almoxarifado da Secretaria de Saúde mostram os kits. Em junho, numa solenidade com a presença do governador José Roberto Arruda, foi anunciada a compra das máquinas, apresentadas como novas, para nove hospitais, ao custo de quase R$ 2 milhões.
Representantes do Ministério Público estiveram no Almoxarifado e constataram que os equipamentos eram usados. O relatório da visita aponta que 12 ventiladores pulmonares tinham sinais claros de uso e não teriam notas fiscais. Os outros 18 kits eram novos, mas as notas só foram apresentadas depois da vistoria.
Após a descoberta dos promotores, o secretário-adjunto de Saúde admitiu que os equipamentos foram emprestados, sem custo, por um empresário de Goiânia, de quem é amigo há três ou quatro anos.
Fernando Antunes informou que o contrato de empréstimo durou três meses e garante que os equipamentos foram usados nos hospitais e devolvidos. “O governo anunciou que havia feito uma compra de equipamentos de UTI. Pode ter havido algum erro de comunicação, mas a nossa compra existe. Ela foi feita e nós estamos recebendo. A rigor, o empresário que assinou o termo de comodato com a Secretaria de Saúde não tem nenhum negócio com o Hospital de Santa Maria.
Fonte: DFTV 1ª Edição
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