terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Congresso Nacional

Começa a 4ª sessão legislativa ordinária da 53ª Legislatura

Com a salva de 21 tiros de canhão, o presidente do Senado e do Congresso, José Sarney, foi recepcionado na rampa que dá acesso às duas casas legislativas. Após as honras militares, Sarney se encaminhou para o Plenário da Câmara dos Deputados, onde presidiu a cerimônia de abertura da 4ª sessão legislativa ordinária da 53ª Legislatura. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, foi a portadora da oitava e última mensagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deixa o governo no final deste ano. O vice-presidente da República, José Alencar, também tomou parte na cerimônia. A solenidade de abertura dos trabalhos legislativos contou também com as presenças do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes; do 1º secretário do Congresso, Rafael Guerra, responsável pela leitura da mensagem presidencial; e do presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer.


Lula agradece apoio do Congresso e destaca realizações de seu governo

Em sua oitava e última Mensagem ao Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um balanço dos esforços de seu governo para cumprir o objetivo assumido no início de sua administração: avançar rumo a uma sociedade mais justa, mais equilibrada e mais democrática. Lula agradeceu o apoio recebido pelo Congresso e destacou o desempenho positivo da economia, mesmo sofrendo impactos da crise financeira mundial. A Mensagem do presidente da República foi entregue pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, no início dos trabalhos de instalação da 4ª sessão legislativa ordinária da 53ª Legislatura. A solenidade foi realizada no Plenário da Câmara dos Deputados.
"O Congresso é a Casa do Debate"

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), fez o discurso de encerramento. Ele enalteceu o papel do Congresso, chamando-o de "Casa de Debates" e agradeceu pelas mensagens do presidente da República - representado pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Sarney afirmou que o Parlamento “nunca faltou ao povo brasileiro" e que "nunca obstruiu as tarefas do Executivo e do Judiciário”. Mas fez questão de lembrar que, em contrapartida, “foi fechado várias vezes ao longo de seus 187 anos de existência”. Ele acredita que as críticas ao Congresso se devem ao fato de o Parlamento ser uma instância aberta de poder, onde as decisões são tomadas publicamente. O presidente do Congresso lembrou que 2010 assistirá a um processo essencial para a democracia e destacou temas sobre os quais considera necessário que os parlamentares continuem a se dedicar, pois dependem de solução, como as reformas tributária e eleitoral. Em relação a esta última, afirmou que o financiamento das campanhas é um problema ainda insolúvel, porque se combate o financiamento privado, mas não se encontra uma solução para o público. Ele defendeu a adoção do sistema misto distrital, no caso da eleição de deputados, e apontou a necessidade de se encontrar solução para o financiamento das campanhas eleitorais. Sarney disse, também, que fará tudo o que puder para contribuir com o Judiciário e declarou apoio ao Executivo, para que haja harmonia entre os Poderes. "Nosso trabalho exige a obstinada decisão de não cometer erros, de jamais aceitar qualquer arranhão nos procedimentos éticos que devem nortear a nossa conduta", afirmou. A sessão solene de abertura dos trabalhos legislativos foi encerrada em seguida.
Veja a íntegra do discurso.

Veja também:

Nenhum comentário:

Postar um comentário