segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

A dança macabra da democracia dos USA


por John Pilger


O antigo presidente da Tanzania, Julius Nyerere, certa vez perguntou: "Por que não temos o direito de votar nas eleições dos EUA? Certamente toda a gente com um receptor de TV já ganhou esse direito por aguentar bombardeamento impiedoso a cada quatro anos". Tendo coberto quatro campanhas para eleições presidenciais, dos Kennedys até Nixon, de Carter a Reagan, com os seus zeppelins de platitudes, seguidores robotizados e os ritos das esposas, posso simpatizar com ele. Mas que diferença faria o voto? Dos candidatos presidenciais que entrevistei, apenas George C. Wallace, governador do Alabama, falou a verdade: "Não há nem uma mínima diferença entre os Democratas e os Repúblicanos", disse ele. E estava certo. O que me impressionou, a viver e trabalhar nos Estados Unidos, era que as campanhas presidenciais eram uma paródia, divertidas e muitas vezes grotescas. Elas são uma dança macabra ritual de bandeiras, balões e asneiradas, destinadas a camuflar um sistema venal baseado no poder do dinheiro, na divisão humana e numa cultura de guerra permanente.
Viajar com Robert Kennedy em 1968 foi revelador para mim.(...)

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