quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

A dívida pública dos países em desenvolvimento e os empréstimos "subprime": assalto às populações do terceiro e do quarto mundo


Por Nicolas Sersiron


A titularização dos empréstimos "subprime" é a mais recente invenção da finança internacional para obter lucros com o trabalho das classes pobres. As "subprime mortgages" são créditos hipotecários de risco, tipicamente estado-unidenses. Dois a três milhões de famílias americanas estão prestes a perder os seus bens devido ao facto de o banco as obrigar a ceder as suas casas como garantia de reembolso, e também devido à subida da taxa diretora do Tesouro, à descida do mercado imobiliário e às clausulas contratuais dignas de usura. Método de enriquecimento mais antigo e sempre ativo desde há vinte e cinco anos, a dívida pública dos PED (países em desenvolvimento) corresponde a empréstimos, geralmente a longo prazo, concedidos aos Estados do Sul pelos grandes bancos, pelos governos dos países ricos ou pelas instituições financeiras internacionais BM e FMI. Surgida após a crise de 1982, conseqüência da violenta escalada das taxas estado-unidenses de 1979, a dívida pública é uma causa sempre presente no empobrecimento de metade dos habitantes do planeta obrigados a sobreviver com menos de dois dólares por dia. Por outro lado, os fluxos contínuos de dinheiro do Sul para o Norte, a título de reembolso da dívida, enriquecem consideravelmente a finança internacional e os países industrializados. O que uns perdem ganham-no outros. A APD (ajuda pública ao desenvolvimento) permanecerá insuficiente face a este desequilíbrio constante dos fluxos financeiros em desfavor dos países pobres.


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