“A disciplina militar prestante
Não se aprende, Senhor, na fantasia,
Sonhando, imaginando ou estudando,
Senão vendo, tratando e pelejando”.
Luis Vaz de Camões - ‘Os Lusíadas’
Dois militares morreram, na tarde de 26 de novembro, durante treinamento na base militar do Comando do 6º Distrito Naval de Ladário, Corumbá, Mato Grosso do Sul. O cabo do Exército Diego Augusto de Lima Leite e o soldado Antônio José dos Santos Neto, ambos de 21 anos, regressavam de uma patrulha, quando se sentiram mal e desmaiaram. A equipe médica agiu prontamente e, logo depois do atendimento de emergência, os militares foram evacuados para o Hospital Naval da Marinha. A equipe médica realizou, por meia hora, tentativas de reanimação, sem sucesso.
“O cabo Lima Leite estava num estado de saúde diferenciado, mais grave. Ele passou mal de imediato, rapidamente. Foi levado de helicóptero, acompanhando por um médico, porque era mais grave. A capacidade na aeronave era para dois lugares. O outro (soldado Antônio José) foi de voadeira para o hospital”, relatou o comandante da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira, general-de-brigada Roberto Jungthon.
Infelizmente, tragédias como essa se prestam para que abutres apátridas mostrem suas garras e tentem macular a mais prestigiada Instituição Nacional, o Exército Brasileiro, conforme afirmam as inúmeras pesquisas de opinião ao longo dos anos. A imprensa, muitas vezes, revanchista e mal informada, dá ouvidos aos indisciplinados e rancorosos que nada têm a oferecer senão o escárnio aos princípios basilares que regem a secular corporação militar.
“Nos bancos escolares castrenses, nos freqüentes exercícios práticos, nas missões internacionais e no intercambio com as Forças Armadas de nações amigas, com perseverança, é buscado o aperfeiçoamento profissional. Buscas singulares, bastante abrangentes e diversificadas. (...) O exigente ensino militar é movido por pedagogia ímpar, pois diferentemente da comum no ensino acadêmico, o aprendizado dos instruendos muito mais pesa sobre o ombro do instrutor militar do que sobre o do instruendo. Afinal, a mentalidade militar julga ser uma temeridade levar para a guerra gente despreparada”. (Cel R/1 Jorge Baptista Ribeiro)
Mortes sem suspeitas no 17° Batalha de Fronteira
“Pois, aqui, Senhor,
Da mistura de lama e sangue
Do passado,
Empunhando o aço
De divina têmpera,
Criastes o Guerreiro do Pantanal,
A subjugar o invasor...
E o adverso”.
“O Estágio Básico do Combatente do Pantanal (EBCPAN) é uma atividade prevista para as Organizações Militares da 18° Brigada de Infantaria de Fronteira (18 Bda Inf Fron). O EBCPAN, estava previsto no 17° Batalhão de Fronteira (17 B Fron) desde novembro do ano passado (2008), portanto uma atividade regulamentar, com Ordem de Instrução, Quadro de Trabalho Semanal e aprovação do General Comandante da Brigada.
O exercício transcorreu de forma profissional, com uma equipe de instrução bem orientada e consciente dos seus deveres e responsabilidades.
Consistia em dois dias em forma de rodízio de pelotão, com as seguintes instruções: Tiro de Ação reflexa diurno e noturno, Pista de orientação diurna e noturna, Tiro embarcado, Tiro contra embarcação, Pista de Combate à Localidade e Pista de TAI. No segundo dia de exercício, os participantes montaram uma base de patrulha e foram liberados para o descanso às vinte e uma horas, sendo que a alvorada foi às seis do dia seguinte.
Nos dias seguintes, foram realizadas três patrulhas, tendo como comandantes três tenentes. Essa fase foi transcorrida como um adestramento nível Pelotão, portanto os Comandantes de Pelotão recebiam a missão e planejavam a utilização do tempo (inclusive com tempo previsto para descanso).
O Cabo e o Soldado falecidos passaram mal no último dia de instrução e foram socorridos imediatamente. Conforme o plano de segurança, houve uma mobilização rápida e eficiente da coordenação do exercício, da equipe de saúde, do Posto médico da guarnição de Corumbá, do Hospital Naval de Ladário e do 4° Esquadrão de Aviação Naval (houve evacuação aero médica).
Foi constatado na autópsia que o CABO ESTAVA FAZENDO USO DE TRÊS TIPOS DE ANABOLIZANTES e o SOLDADO ESTAVA TOMANDO ANFETAMINAS por ocasião do exercício no terreno. Cabe ressaltar que a automedicação era proibida.
Em virtude da sobrecarga no sistema imunológico, no sistema renal - linfático e no sistema cardiorrespiratório, em virtude do uso das drogas, os militares não reagiram adequadamente às atividades físicas e tiveram uma fatal e fulminante parada cardiorrespiratória (segundo laudo do IML).
O email intitulado ‘MORTES SOB SUSPEITA (17 B Fron)’, é de origem de um sargento de Forte Coimbra que está agregado ao 17 B Fron. O referido sargento responde a seis processos na justiça militar, sendo um deles por insubordinação. O mesmo sargento divulgou um e-mail caluniando o Capitão Comandante de Forte Coimbra, e um dos processos pelo qual está respondendo é em virtude desse e-mail.
Não satisfeito o mesmo sargento fundou a filial da Associação de Praças do Exército Brasileiro (APEB) em Mato Grosso do Sul e agora está fazendo denúncias infundadas envolvendo o Comando da 18 Bda Inf Fron, o Cmdo do 17 B Fron e caluniando diretamente outros militares.
Toda informação diferente da prestada por este email é inverídica.
Por favor repassem para todos conhecidos e esclareçam a situação”.
Assinam: Todos os militares do 17 B Fron que são comprometidos com o Gigante Pantaneiro e com a Instituição a que servimos.
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)
Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)
Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional
Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br
E-mail: hiramrs@terra.com.br
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