Diego Salmen (Terra Magazine)
O presidente Lula disse, na última quinta-feira, 10, que o PMDB deveria oferecer uma lista com três nomes para que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, escolhesse o candidato à vice-presidência para sua chapa na disputa eleitoral de 2010. Lula, no entanto, pode ter calculado mal o impacto dessa declaração.
A Terra Magazine, o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), não deixou de se manifestar sobre a fala. "Eu acho, com absoluta objetividade, que o Lula na verdade se assustou e descartou uma indicação da cúpula do partido", diz. "O que ele disse foi: 'vade retro, Satanás'".
Requião tem interesse direto na confusão. Em 21 de novembro, teve sua pré-candidatura lançada por representantes de 15 diretórios estaduais da sigla. Para ser oficializada, porém, ainda deve ser submetida à votação em convenção partidária, a ser realizada em junho de 2010.
Nesta sexta-feira, 11, o PMDB divulgou nota oficial rebatendo Lula. "O PMDB, maior partido do Brasil, não vê como devida a intromissão de terceiros, por mais respeitáveis que sejam, em assuntos de sua exclusiva competência interna", afirma o documento.
Depois de mencionar o escândalo de corrupção envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda ("nesse Natal, panetone é de graça"), Requião diz que o PMDB "tem que sair da mala e ser recolocado no coração do povo brasileiro".
Que mala, governador?
- Me refiro a mala, retangular, com alça ou sem ela.
Hoje a agremiação se vê fracionada em três alas. A primeira delas defende a aliança com o PT nas eleições do ano que vem, e é liderada pelo presidente da Câmara, deputado Michel Temer (SP), provável vice de Dilma.
Outra facção, com Orestes Quércia (SP) à frente, defende o apoio à candidatura do governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Por fim, há os que, como o senador Pedro Simon (RS), reivindicam candidatura própria - personificada na figura do governador paranaense.
"O PMDB ter indicado um candidato por meio de um jantar, sem uma consulta à institucionalidade, pode ser o abraço do sucesso ou o beijo da morte para o PT", critica Requião, em referência à reunião que selou a aliança entre os dois partidos para o pleito do ano que vem.
Veja também:
O presidente Lula disse, na última quinta-feira, 10, que o PMDB deveria oferecer uma lista com três nomes para que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, escolhesse o candidato à vice-presidência para sua chapa na disputa eleitoral de 2010. Lula, no entanto, pode ter calculado mal o impacto dessa declaração.
A Terra Magazine, o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), não deixou de se manifestar sobre a fala. "Eu acho, com absoluta objetividade, que o Lula na verdade se assustou e descartou uma indicação da cúpula do partido", diz. "O que ele disse foi: 'vade retro, Satanás'".
Requião tem interesse direto na confusão. Em 21 de novembro, teve sua pré-candidatura lançada por representantes de 15 diretórios estaduais da sigla. Para ser oficializada, porém, ainda deve ser submetida à votação em convenção partidária, a ser realizada em junho de 2010.
Nesta sexta-feira, 11, o PMDB divulgou nota oficial rebatendo Lula. "O PMDB, maior partido do Brasil, não vê como devida a intromissão de terceiros, por mais respeitáveis que sejam, em assuntos de sua exclusiva competência interna", afirma o documento.
Depois de mencionar o escândalo de corrupção envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda ("nesse Natal, panetone é de graça"), Requião diz que o PMDB "tem que sair da mala e ser recolocado no coração do povo brasileiro".
Que mala, governador?
- Me refiro a mala, retangular, com alça ou sem ela.
Hoje a agremiação se vê fracionada em três alas. A primeira delas defende a aliança com o PT nas eleições do ano que vem, e é liderada pelo presidente da Câmara, deputado Michel Temer (SP), provável vice de Dilma.
Outra facção, com Orestes Quércia (SP) à frente, defende o apoio à candidatura do governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Por fim, há os que, como o senador Pedro Simon (RS), reivindicam candidatura própria - personificada na figura do governador paranaense.
"O PMDB ter indicado um candidato por meio de um jantar, sem uma consulta à institucionalidade, pode ser o abraço do sucesso ou o beijo da morte para o PT", critica Requião, em referência à reunião que selou a aliança entre os dois partidos para o pleito do ano que vem.
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