O descumprimento verificado no Dubai não é o princípio do Colapso Financeiro Nº2. Não veja dominós aqui. Sim, ele levanta questões graves acerca da ameaça da dívida que paira sobre economias emergentes – particularmente a Europa do Leste. Mas isto não é um "descumprimento soberano" no sentido estrito, nem há qualquer grande contágio de risco. O Abu Dhabi rico em petróleo está carregado de ativos líquidos, possivelmente tanto quanto US$800 bilhões. Eles poderiam liquidar a miserável dívida de US$60 bilhões do Dubai num piscar de olhos. Mas o Abu Dhabi quer dar ao seu perdulário irmão mais jovem um sinal para acordar forçando o Dubai a reestruturar a sua dívida. Isto significa que bancos, possuidores de títulos e empreiteiros terão de se encolher, o que não é surpreendente dada a condição abissal do mercado imobiliário comercial. Os proprietários do Dubai World foram apanhados na mesma vertiginosa farra da construção comercial alimentada pela dívida que varreu os Estados Unidos. O problema tem a ver com padrões de empréstimo laxistas e baixas taxas de juro. Agora a procura caiu um precipício e o crédito está a ficar mais apertado. O Dubai World não pode rolar a sua dívida ou cumprir as suas obrigações. Isto é o que tipicamente acontece quando estouram bolhas de crédito. Na quinta-feira, analistas do Bank of America emitiram uma declaração: "Ninguém pode descartar – como um risco final – a possibilidade de que isto escalasse num grande problema de descumprimento soberano, o qual então repercutiria por todo o globo nos mercados emergentes do mesmo modo que o da Argentina no princípio de 2000 ou a Rússia no fim dos anos 1990". Isto é asneira. Não haverá descumprimento soberano. O Abu Dhabi não vai remeter os mercados globais para um mergulho vertical a fim de poupar uns poucos milhares de milhões de dólares. O Bank of America está a soprar fumaça. O petróleo já deslizou US$3 por barril desde que a crise começou. Provavelmente haverá uma tentativa de resolução quando os mercados abrirem segunda-feira. Isto não significa que não haja importantes lições a serem retiradas desta mais recente calamidade financeira.
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O “nobel da paz”, Obama, além de ampliar a guerra no Afeganistão, quer minas terrestres
O sr. Barack Obama, galardoado com o Prêmio Nobel da Paz, decidiu não subscrever uma convenção internacional que proíbe minas terrestres. Mais de 150 países concordaram com as cláusulas desta convenção. A notícia está em Tribunal Iraque .
Com Congresso ocupado por tropas, golpistas arrancam só 2 votos além do mínimo necessário contra a recondução
Os deputados hondurenhos, depois de adiamentos e manobras para postergar a decisão, votaram a favor do golpe de 28 de junho ao apoiarem a destituição ilegítima do presidente constitucional, Manuel Zelaya. Mesmo sob a pressão da ditadura instalada com a saída de Zelaya os gol-pistas consguiram amealhar 67 votos entre os 128 deputados do Congresso, 2 a mais do que o mínimo necessário à maioria. Durante a sessão do dia 2, convocada quase seis meses depois do golpe, as forças policiais e seguranças, sob o comando do regime de Micheletti, reprimiram centenas de pessoas que se manifestavam em defesa do presidente constitucional e as mantiveram, à força, afastadas do local. O advogado e deputado do Partido Liberal (PL), Angel Orellana, advertiu que se essa plenária, mesmo esvaziada, não restituísse Zelaya a seu posto enfrentaria sérios problemas com a sociedade hondurenha e a comunidade internacional.
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Previdência Social e Assistência Social: as diferenças
Por Paulo César Regis de Souza
Muita gente, por ignorância, desconhece a diferença entre Previdência Social e Assistência Social. 99% acham que é a mesma coisa. Entre estes, estão figurões da República, ministros, senadores, deputados federais e estaduais, governadores, deputados estaduais, prefeitos, vereadores. A Previdência Social é um sistema de proteção social, com mais de 100 anos, que exige contribuição do empregado e do empregador para o financiamento de aposentadorias e pensões. O segurado contribuinte assegura por sua contribuição, em tese, receber como aposentado o que recebia quando trabalhava. O propósito é o de assegurar um horizonte de certezas e uma velhice tranqüila. O princípio básico é o de que o trabalhador de hoje financia o trabalhador de ontem. A contribuição paga durante 35 anos sobre um percentual do seu salário, por um fundamento atuarial, lhe assegura seu benefício que será compatível com sua remuneração em atividade. Na Previdência não existe benefício sem contribuição, seja o benefício definido. A Assistência Social é também um programa de proteção social para os mais pobres, não exigindo contribuição do cidadão, o financiamento é fiscal com recursos da União. Caracteriza-se por constituir um programa de renda mínima, com contrapartidas ou não dos beneficiários, um mecanismo compensatório de renda para os que não têm renda nem capacidade de adquirir renda, seja porque esteja fora da inserção econômica do mercado seja porque não tem mais capacidade laborativa. Em um país como o nosso, há muito tempo que os fundamentos da Previdência Social vem sendo desrespeitados.
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O nebuloso “plano de banda larga” do ministro Hélio Costa
O engenheiro eletrônico Virgilio Freire, especialista em telecomunicações, afirma que o “Plano Alternativo” do Sr. Helio Costa & Telefónica & Oi & Embratel & Claro &TIM está baseado em duas premissas: o máximo de lucros para as operadoras e os investimentos e as despesas para o governo, com o comando do Plano pelas teles
Virgilio Freire *
O Ministério das Comunicações apresentou com grande pompa e circunstância seu “Plano Nacional de Banda Larga”, um calhamaço de 200 páginas, distribuído a todos os jornais, revistas, TVs, rádios, etc. A partir do final de outubro deste ano, Hélio Costa, obedecendo às “recomendações” das Operadoras, abandonou a Comissão do Plano Nacional de Banda Larga e resolveu apresentar corajosamente ao Presidente Lula um “Plano Alternativo” elaborado pelas Operadoras Telefônicas, evidentemente baseado em duas premissas: o máximo de lucro para as operadoras e o mínimo de investimentos por parte das mesmas, deixando para o Governo as despesas e investimentos e ficando as Operadoras com o comando do Plano. Estas Grandes Operadoras são a Telefónica, Oi, Embratel, Claro e TIM, e o documento contou ainda com a ajuda do sonolento CPQD – Centro de Pesquisas e Desenvolvimento – que era da Telebrás, e atualmente é uma Fundação (não tem patrão, e consequentemente não tem objetivos, nem produz nada de útil).
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Inquérito da ONU ao “Climategate”
A ONU vai realizar um inquérito relativo às mensagens trocadas entre cientistas que participaram nas publicações dos seus documentos oficiais designados Assessment Reports. Este inquérito é independente do que foi aberto pela University of East Anglia e que conduziu ao pedido de suspensão de Phil Jones que foi aceite pelos responsáveis da universidade. A suspensão de Phil Jones já foi colmatada com a designação de um novo director do CRU (Climatic Research Unit). Rajendra Pachauri, presidente do IPCC, depois de uma primeira atitude displicente de desvalorização dos actos denunciados nos emails trocados, anunciou esta sexta-feira que a ONU vai estudar os detalhes das graves acusações feitas aos cientistas em causa. "Não desejamos meter debaixo do tapete o que [de grave] sobressai nas trocas dos emails." – disse Pachauri. Aguarda-se que os inquéritos, ao CRU e este da ONU, sejam rigorosos.
Sobre o assunto, leia também:
Mensagem ao movimento ambientalista
Última hora: Phil Jones suspenso
O escândalo do 'Climategate' e a Conferência de Copenhague
A tragédia do Climategate
Algumas conclusões sobre o Climategate
“Ainda Orwell”
Apanhados com a boca na botija (em inglês)
Apanhados com a boca na botija (em francês)
Fanático pede a cabeça de Phil Jones
A face oculta do alarmismo climático
PSDB deveria ter investigado Yeda e não fez, lembra Maia
Nós, aqui, leitores, até que queríamos tratar de outras coisas e deixar o Arruda e assemelhados para a polícia – que é a instituição apropriada para tratar de privatizadores, vestais de bordel, falsários, chupins de orçamento, vaselino-vigaristas, servo-banquistas, cleptocratas, camareiras do neoliberalismo e da neo-estupidez & outros ladrões. Porém, depois da performance do PSDB no caso, não resistimos. Como não somos radicais, não adotaremos como premissa a conclusão científica de alguns de nossos leitores, segundo os quais “a diferença entre o Arruda e o Serra é a careca”. Mas todo mundo sabe que Arruda era ex-tucano e não ex-pefelista. E, pelo número de assinaturas da “Veja” que ele fez o governo do DF comprar (passou R$ 400 mil para os Civita), até que essa conclusão de alguns leitores parece mesmo merecer os encômios destinados à mais alta ciência.
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O comandado-em-chefe: O fantoche Obama
Por Paul Craig Roberts [*]
Não levou muito tempo para o lobby de Israel submeter o presidente Obama quanto à sua proibição de novos colonatos israelenses na terra palestina ocupada. Obama descobriu que um mero presidente americano está sem poderes quando confrontado com o lobby de Israel e que aos Estados Unidos simplesmente não é permitido uma política para o Médio Oriente separada da de Israel. Obama também descobriu que não pode mudar seja o que for, se é que pretendia fazê-lo. O lobby militar/segurança tem na sua agenda a guerra e um estado policial interno, e um mero presidente americano nada pode fazer acerca disso. O presidente Obama pode ordenar que a câmara de tortura de Guantanamo seja fechada e que os sequestros, "rendições" e tortura sejam travados, mas ninguém executa a ordem. No essencial, Obama é irrelevante. O presidente Obama pode prometer que vai trazer as tropas para casa e o lobby militar diz: "Não, você vai enviá-las para o Afeganistão e nesse meio tempo começar uma guerra no Paquistão e manobrar o Irão para uma posição que proporcionará uma desculpa para uma guerra ali, também. As guerras são demasiado lucrativas para nós deixarmos você cessá-las". E o mero presidente tem de dizer: "Yes, Sir!" Obama pode prometer cuidados de saúde para 50 milhões de americanos sem seguro, mas não pode ultrapassar o veto do lobby da guerra e do lobby dos seguros. O lobby da guerra diz que os seus lucros de guerra são mais importantes do que cuidados de saúde e que o país não pode permitir-se simultaneamente a "guerra ao terror" e a "medicina socializada". O lobby dos seguros diz que os cuidados de saúde têm de ser providenciados por companhias de seguro privadas; de outra forma, não podemos permiti-los. Os lobbies da guerra e dos seguros agitaram as suas agendas de contribuições de campanha e rapidamente convenceram o Congresso e a Casa Branca de que a finalidade real da lei de cuidados de saúde é poupar dinheiro através de cortes nos benefícios do Medicare e Medicaid, e com isso "pondo os direitos a benefícios sob controle".
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Do site do “Cláudio Humberto”
Auditores querem...
Auditores da Controladoria-Geral da União não querem o retorno do ex-secretário adjunto de Saúde do DF Fernando Antunes, presidente licenciado União dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle.
...punição para Antunes
Citado no "DEMsalão", Fernando Antunes preside o PPS-DF e ajudou a fundar a ONG Transparência Brasil. Ele já foi condenado em primeira instância a devolver R$ 200 mil desviados de condomínio em Brasília.
Fontes de recursos
Durval Barbosa aponta a Cia Elétrica de Brasília (CEB), BRB (Banco de Brasília), Codeplan, Instituto Candango de Solidariedade e Metrô como fontes de dinheiro na campanha de Arruda, um opositor, ao governo.
Light diz à Aneel que não estava preparada para o verão carioca
Desde a segunda-feira, 23 de novembro, o Rio de Janeiro sofre com a interrupção de energia
Há mais de uma semana a Light não consegue garantir a distribuição de energia no Rio. As desculpas foram muitas - desde o roubo de cabos a “questões de segurança” até chuva, vento e árvores caídas-, mas, em relatório feito por exigência da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a empresa confessou que trabalha com equipamentos no limite. Disse ainda que não estava preparada para o aumento do consumo no verão carioca, apesar de ser um aumento que ocorre todo ano, e de ter sido advertida pelo Conselho de Consumidores de que este ano o consumo seria maior. Para o professor de energia elétrica da Uerj, David Martins Vieira, o problema é a sobrecarga do sistema. Sem investimento na ampliação da rede, qualquer aumento de consumo deixa o sistema no limite. “São casos típicos de sobrecarga. Se forma uma tsunami de energia. Estamos vivendo uma onda de calor, tivemos um aumento no consumo de eletrodomésticos e os fios que interligam as residências e as empresas são os mesmos. A rede precisa ser ampliada sempre”, afirmou.
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10 mil médicos em São Paulo trabalham sem direitos, explorados por pseudo-cooperativas
Em sua última edição, a revista “Ser Médico”, do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), revela que 10% dos médicos paulistas (10 mil médicos) estão, devido à terceirização, sem direitos trabalhistas, submetidos a pseudo-cooperativas que são meras intermediadoras de mão de obra. Levantamento feito pelo Conselho em 2007 apontou a existência em São Paulo de 81 “cooperativas” (fora o sistema Unimed). Nada menos que 65 delas (ou seja, 80%) eram ilegais – não estavam registradas no Cremesp, o que é obrigatório para as instituições médicas. “As falsas cooperativas funcionam como agências de emprego e não oferecem benefícios ou direitos a seus ‘cooperados’”, descreve a revista, que promoveu debate sobre o assunto, coordenado pelo médico João Ladislau Rosa, primeiro-secretário do Cremesp, com os juristas Nelson Manrich, professor-titular da USP, e Renato Bignami, mestre em Direito do Trabalho e auditor fiscal do Ministério do Trabalho. Os três são membros do Grupo de Estudos sobre Terceirização Irregular no Estado de São Paulo.
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China defende seu direito ao controle do próprio câmbio
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, não aceitou a pressão para que o país valorizasse sua moeda, o yuan, realizada durante a cúpula China-União Europeia, na qual esteve presente o presidente da Comissão Europeia (o órgão executivo da UE), José Manuel Durão Barroso. A UE reproduziu a política dos Estados Unidos de pressionar para que seja realizada uma apreciação do yuan “gradual e ordenada”, mas Jiabao respondeu justificando sua política monetária e afirmando que a estabilidade de sua divisa “é decisiva para a estabilidade econômica da China”. “No contexto de uma crise financeira internacional de um tipo pouco comum na história, manter a estabilidade básica do câmbio do yuan beneficiou o desenvolvimento econômico da China e a recuperação econômica mundial”, afirmou o líder. “Agora alguns países, por um lado, querem que o yuan aumente seu valor, e por outro, realizam um protecionismo descarado contra a China”, disse Jiabao. “Isso é pretender que a China coloque os interesses dos Estados Unidos e da União Européia à frente dos seus. Nós temos como objetivo principal aprofundar nossa industrialização e fortalecer o mercado interno”, esclareceu o primeiro-ministro.
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