quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Dilma fala da responsabilidade das nações desenvolvidas em financiar ações de combate às mudanças climáticas



Dilma Rousseff:

A mudança do clima afeta profundamente o meio ambiente, as condições de produção econômica e as estratégias de inclusão social, orientadas a melhorar os padrões de vida, ainda inaceitáveis para uma grande parte da população, em tantos países.
Trata-se, portanto, de uma ameaça para o desenvolvimento sustentável em todos os seus aspectos e para o futuro da vida em nosso planeta.
A comunidade internacional tem de mobilizar-se, de modo decidido e urgente, para impedir que a mudança do clima desacelere ou mesmo reverta o processo de avanço rumo a melhores indicadores sociais e econômicos para todos, não apenas para poucos.
A 15a. Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima é a oportunidade de avançar. Não viemos aqui para desperdiçá-la. Muito menos para testemunhar um retrocesso.
O momento é de aprofundar ações, definir as novas metas de redução de emissões dos países desenvolvidos, estabelecer, com números transparentes, apoio financeiro e tecnológico para que os países em desenvolvimento também possam fazer mais e concluir, assim, a caminhada iniciada em 2007.
Os Países em desenvolvimento estão mostrando a sua disposição de fazerem a sua parte definindo sua ações voluntárias.
Em 2007, em Bali, definimos um “mapa do caminho”, que nos orientava sobre o que fazer e quando: estabelecer, por um lado, as novas metas de países desenvolvidos, no Protocolo de Quioto, e lograr ações cooperativas, com vistas à implementação, plena, efetiva e sustentada da Convenção Quadro. Esses dois trilhos devem concluir seus trabalhos em 2009, em Copenhague. Estamos aqui para alcançar esse desfecho.
O Brasil considera que o objetivo de limitar o aquecimento global a dois graus centígrados representa uma referência necessária para o esforço internacional de combate à mudança do clima. O objetivo de reduzir em 50% as emissões globais em 2050, em comparação com o ano base de 1990, ajudaria a nos colocar em caminho compatível a redução da temperatura do planeta. Para isto, é preciso que as emissões globais comecem a declinar o quanto antes.

Leia na íntegra.

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