Lilian Tahan (Correio Braziliense)
Empresa criada pelo presidente licenciado da Câmara Legislativa ganhou, sem licitação, contrato milionário no órgão de trânsito. O irmão e o concunhado do distrital se revezaram em cargos estratégicos da autarquia. O presidente licenciado da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente (DEM), flagrado em fita de vídeo abarrotando as meias de dinheiro — entregue por Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do Governo do Distrito Federal — colocou pessoas de sua estrita confiança em cargos estratégicos do Departamento de Trânsito (Detran-DF). O objetivo: facilitar a contratação de suas empresas de vigilância. Desde que passou a ter ingerência no Detran, no início da atual gestão no Buriti, Prudente mantém familiares em cargos estratégicos desse órgão. O deputado indicou para presidir a Comissão Permanente de Licitação (CPL) — que analisa contratos de prestação de serviço — Cristiano Gonçalves Menna Barreto. Ele é casado com Rosa Maria da Silva Menna Barreto, irmã de Conceição Ceolin Prudente, a mulher do deputado. A desconfiança sobre as intenções de Prudente no Detran surgiu a partir de revelações feitas pelo ex-secretário Durval Barbosa ao Ministério Público. Em depoimento ao Núcleo de Combate ao Crime Organizado do MP, em 16 de setembro de 2009, Durval afirmou que Prudente comanda o Detran por meio de parentes e aliados com “a finalidade de desviar dinheiro público”. Ele cita que isso ocorreu na Comissão de Licitação e na Ouvidoria do órgão. Mas não especifica os nomes. O Correio apurou que, desde 14 de novembro de 2007, o concunhado de Leonardo Prudente trabalha na Comissão Permanente de Licitação da autarquia.
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