Proposta das centrais já era ruim. Do governo, pior ainda...
Quando as Centrais se reuniram em São Paulo, em novembro para discutir uma proposta que seria levada ao governo, algo estranho já estava no ar. Naquele dia, os presidentes da Cobap Warley Gonçalles e da Fapesp Antonio Alves da Silva foram até a reunião. As Centrais ensaivam proposta de 8% para o " nosso governo " como diziam alguns dos presentes. Entretanto, " o nosso governo" acabou brindando todos, com o frustrante índice de 6,02%. Na ocasião o presidente da Fapesp contestou o acordo de 8% considerado ruim e contra a vontade das associações que ele representava. A maioria das Associações de São Paulo não queria qualquer tipo de acordo, como ficou definido em Jundiaí e outras reuniões promovidas pela Fapesp.
Inclusive, nas reuniões realizadas em São Paulo a Fapesp já havia se posicionado contra qualquer tentativa de negociação com as centrais. " Sabiamos que era um jogo de cena, que o governo já tinha um índice guardado nas mangas", disse Antônio. Na ocasião, quando aconteceu o encontro com as centrais e a Fapesp contestou o poscionamento do governo, de fazer pouco caso com os aposentados, alguns membros das centrais reagiram. Interessante ressaltar, que depois do anúncio do índice pelo governo, ninguém das centrais manifestou-se contrário, já que eles haviam pedido dois por cento a mais.
A Fapesp continua de prontidão e como sempre aconteceu oferece ajuda a Cobap para mobilizações em Brasília. Até o último momento, a Fapesp quer pressionar os deputados e o presidente da Câmara Michel Temer para que vote o PL 01/07. Na opinião do presidente da Fapesp, o PL 01/07 continua e vai continuar sendo a bandeira desta que é a maior federação do país. O projeto de lei garante o mesmo reajuste salarial para todos os aposentados.
A carta do presidente da FAPESP, demonstrava preocupação com as centrais e o governo.
Ofício 031/09
São Paulo, 24 de Novembro de 2009.
Quando as Centrais se reuniram em São Paulo, em novembro para discutir uma proposta que seria levada ao governo, algo estranho já estava no ar. Naquele dia, os presidentes da Cobap Warley Gonçalles e da Fapesp Antonio Alves da Silva foram até a reunião. As Centrais ensaivam proposta de 8% para o " nosso governo " como diziam alguns dos presentes. Entretanto, " o nosso governo" acabou brindando todos, com o frustrante índice de 6,02%. Na ocasião o presidente da Fapesp contestou o acordo de 8% considerado ruim e contra a vontade das associações que ele representava. A maioria das Associações de São Paulo não queria qualquer tipo de acordo, como ficou definido em Jundiaí e outras reuniões promovidas pela Fapesp.
Inclusive, nas reuniões realizadas em São Paulo a Fapesp já havia se posicionado contra qualquer tentativa de negociação com as centrais. " Sabiamos que era um jogo de cena, que o governo já tinha um índice guardado nas mangas", disse Antônio. Na ocasião, quando aconteceu o encontro com as centrais e a Fapesp contestou o poscionamento do governo, de fazer pouco caso com os aposentados, alguns membros das centrais reagiram. Interessante ressaltar, que depois do anúncio do índice pelo governo, ninguém das centrais manifestou-se contrário, já que eles haviam pedido dois por cento a mais.
A Fapesp continua de prontidão e como sempre aconteceu oferece ajuda a Cobap para mobilizações em Brasília. Até o último momento, a Fapesp quer pressionar os deputados e o presidente da Câmara Michel Temer para que vote o PL 01/07. Na opinião do presidente da Fapesp, o PL 01/07 continua e vai continuar sendo a bandeira desta que é a maior federação do país. O projeto de lei garante o mesmo reajuste salarial para todos os aposentados.
A carta do presidente da FAPESP, demonstrava preocupação com as centrais e o governo.
Ofício 031/09
São Paulo, 24 de Novembro de 2009.
Prezados Senhores,
Atendendo o convite da Central dos Trabalhadores e Trabalhadores Brasileiros – CTB acompanhei o Presidente da COBAP, o amigo Warley Martins Gonçalles no dia 23 de novembro, a reunião com as Centrais Sindicais, onde seria discutido o reajuste para os aposentados que ganham mais que um salário mínimo. Confesso que fui com a maior boa vontade, com a mente aberta para ouvir e analisar todas as propostas que fossem sugeridas e principalmente fui somar, apoiar solidariamente o Presidente da COBAP. Mas que decepção!!O grupo da reunião tinha como única finalidade defender os trabalhadores na ativa e o Governo. Chegaram a afirmar “que o nosso Governo” e “como estamos governando” como se alguns deles realmente tivessem alguma importância para o Governo que ai está.Em outra oportunidade afirmaram que o Governo seria prejudicado, caso houvesse a correção do salário dos aposentados conforme a emenda do Senador Paulo Paim (PT/RS) ao PL 01/07.Em nenhum instante da reunião foi analisado a capacidade financeira do Governo, se há ou não caixa para corrigir os salários dos aposentados e nem mesmo colocaram o aposentado como ponto de discussão. Pareciam os deuses que determinam o bem e o mal.O Governo Lula não precisa de que o defendam, escorrega aqui e ali, mas na somatória faz um bom mandado. Como diz uma amiga petista, militante, a única mancha histórica do Presidente Lula será a não correção dos salários dos trabalhadores. Em um determinado momento da reunião falou-se em propor ao Governo a correção do INPC mais 80% do PIB para os salários dos aposentados em 2010 e 2011. Alguém questionou caso o Governo não concordasse, responderam que poderiam então propor um número menor.Após minha fala para os presentes, onde citei que para o Governo o aposentado só é importante morto, saí da sala e não mais retornei.Informo a todos sobre o teor desta reunião, porque se houver dúvidas quanto às intenções do Governo, elas não existem mais. Acordo com o Governo fora do que determina o PL 01/07 com emenda do Senador Paulo Paim não haverá. É o próprio PT que afirma “Em democracia quando não há consenso decide-se no voto”. Vamos ao voto na Câmara Federal pela aprovação do PL 01/07 como está.Como afirma uma querida amiga “No frio o Governo nos calça de veludo que deixa o bumbum de fora”. Nosso único compromisso é com os nossos aposentados e pela não negociação com o Governo.
Atenciosamente,
Antônio Alves da Silva
Presidente da FAPESP
Economista e professor da USP e PUC diz que governo tem dinheiro sobrando para atender os aposentados
Pompeo afirma que dinheiro do FAT vai para a iniciativa privada e apenas 10% são utilizados para o seguro desemprego
O governo ao reservar R$ 3,5 bilhão para os aposentados no orçamento de 2010, que segundo Brasília com " grande sacrifício", utiliza apenas 5% doque foi destinado as empresas privadas em 2009. Segundo o professor da PUC, José Pompeo, foram emprestados a empresas privadas, recursos do FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador algo em torno de R$ 78 Bilhões.Só a Sadia, uma das maiores empresas de alimentos da América Latina recebeu de empréstimo R$ 8,7 bilhão, o banco Votorantim R$ 6,2 bilhão e por aí a fora. O professor Pompeo, se especializou em fazer levantamentos específicos de perdas e reposições salariais de categorias profissionais. Munidos de dados oficiais, dos sindicatos, federações e centrais, consegue elaborar um estudo, que aponta qual a defasagem salarial de cada categoria e a reposição que é feita, quando ela acontece. No caso dos aposentados, os 6,02% prometidos pelo governo, na realidade não é reajuste, apenas uma reposição do INPC. Nos cálculos de Pompeo, o aposentado ganhou somente algo em torno de 0,24%. O professor que realiza estudos para o setor dos aposentados, diz que o governo tem a sua disposição recursos suficientes para atender toda a demanda dos aposentados. Lembra que nos últimos 12 anos, o FAT Fundo de Amparo ao Trabalhador acumulou algo em torno de R$ 286 bilhões. E apenas 10% dos recursos acabam sendo utilizados para a sua real função, que é o seguro desemprego. O restante acaba nas mãos do BNDES que empresta o dinheiro a juros baixos. Pompeo estará promovendo uma palestra na Fapesp para os diretores da Federação, no dia 16 de dezembro, às 10 horas, quando aborda este tema e outros assuntos.
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