quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

O DEDO DO MESTRE


Dom Pedro José Conti
Bispo de Macapá


Um provérbio oriental diz: "Quando o mestre indica a lua, os sábios olham para ela, os tolos olham para o dedo". Assim aconteceu com João Batista, o precursor, ao apontar Jesus para os discípulos dele. Sabemos que alguns seguiram o Senhor, outros continuaram como antes. Não adiantou muito o fato de João ter-lhes indicado nada menos que o Filho de Deus feito homem. Isso não cabia na cabeça e no coração deles. Foi bom para os sábios que seguiram a indicação do mestre, enxergaram bem e foram longe. Os outros, pararam no dedo, olhando o imediato, o pequeno, o relativo.
Tenho a impressão que sempre será assim. Cada um de nós vai andando na vida, seguindo as indicações dos mestres da hora e do seu tempo. "É por ai" diz um. "É por lá" diz outro. E nós vamos atrás, satisfeitos porque acreditamos estar superatualizados, pré ou pós-modernos, que seja o caminho. O importante é andar com a propaganda, com as multidões, animados pela preguiça de enfrentar uma busca séria e pessoal. Outros, ao contrário, buscam caminhos tão originais, tão sofisticados, que ninguém os entende, só o pequeno grupo dos eleitos, dos iluminados por revelações e segredos misteriosos.
Mestres como esses, não faltam. Alguns falam mais alto, são poderosos, sobressaem, juntam multidões. Outros passam quase despercebidos, poucos os seguem. Outros, enfim, são compreendidos e reconhecidos anos e anos depois da morte.


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