terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Mais provas contra Arruda, o "chorão" das lágrimas de crocodilo...



Vídeo de ex-secretário do DF mostra empresário guardando dinheiro na cueca


Durval Barbosa ajudou investigação por benefício da delação premiada.

O G1 procurou o dono de jornal Alcyr Collaço e aguarda resposta.

Do G1, em Brasília


Um novo vídeo sobre pagamentos feitos pelo governo do Distrito Federal mostra que o dono de um jornal de Brasília recebeu dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, que denunciou um suposto esquema de corrupção no governo de José Roberto Arruda (DEM). Barbosa foi exonerado na última sexta-feira (27) depois de as denúncias se tornarem públicas.

O governo de Arruda é investigado em inquérito do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. A investigação trouxe à tona denúncias de suposta distribuição de recursos ilegais a aliados do governador. Os vídeos foram feitos por Durval, alguns deles sem autorização judicial, que os entregou para a investigação em troca dos benefícios da delação premiada.


As imagens mostram o empresário Alcyr Duarte Collaço Filho recebendo maços de dinheiro no gabinete de Durval. De calça jeans, camiseta polo e sem pasta, o empresário guarda o dinheiro na cueca.

O G1 tentou falar com o empresário no jornal dele, o "Tribuna do Brasil", mas Collaço não foi localizado. Segundo a redação do jornal, ele não estava atendendo aos telefonemas. O G1deixou recado e aguarda retorno.

As gravações mostram Durval chamando o empresário, que aguardava na ante-sala. O ex-secretário chega a falar com alguém que Alcyr seria atendido primeiro. "É que esse aqui já vai embora já", diz para alguém não identificado.

Uma vez no gabinete, Alcyr Collaço fica menos de três minutos.

Durval: E aí, como estão as coisas, meu filho?


Alcyr: Você acha que a Eliana vai 'bater chapa' com o careca na Câmara?


Durval: Num sei, meu filho.

Enquanto falam sobre questões políticas na Câmara Legislativa, Durval entrega pelo menos cinco maços de dinheiro, que o empresário acomoda na parte de frente e de trás da calça.

De acordo com o inquérito que apura as denúncias feitas pelo ex-secretário, o dinheiro entregue ao empresário fazia parte de um pagamento mensal de R$ 60 mil decorrente de um contrato supostamente fraudulento de uma empresa de call center que presta serviços ao governo do Distrito Federal. Além do dono do jornal, o dinheiro seria dividido com outras duas pessoas.

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