Trilhões para empresas, cada vez maior o desemprego
A crise hipotecária surgida nos EUA, que se transformou em crise financeira universal, tem inúmeros aspectos para serem analisados, compreendidos e resolvidos. Mas não há solução à vista nesses 8 meses de existência.
A partir do governo dos EUA, de onde surgiu toda a tragédia (é de tragédia que se trata, pois atingiu praticamente os 6 bilhões de habitantes do mundo), foi transpondo todas as fronteiras para uma contaminação que não deixa nenhuma nação imune ou inatingida. Os remédios receitados ou aplicados são inadequados, contraditórios, improdutivos.
A primeira conclusão, e essa nefasta, é que os economistas que contribuíram para o estrondo da crise estão sendo convocados para combatê-la. Pode ser surrealista, mas não tem o mínimo de credibilidade. Tudo o que eles aconselham é que se jogue cada vez mais dinheiro no mercado.
E isso vem sendo feito de forma pródiga, inútil, desnecessária, imprudente e até criminosa.
Basta acompanhar o que fazem os governos dos EUA, da UE e até da Ásia, para constatar ou calcular o volume de dinheiro colocado nas mãos ou nos bolsos dos aventureiros financeiros.
É lógico, claro e evidente que é imprescindível que haja dinheiro em circulação. Mas não adianta colocar TRILHÕES para salvar empresas, se esses TRILHÕES não criam um só emprego e destroem milhões deles, quase que diariamente. A crise, que já foi hipotecária, financeira, econômica, hoje é totalmente a crise do EMPREGO, ou melhor, do DESEMPREGO.
Dando ou doando dinheiro às empresas, estas podem se acostumar ao hábito fácil de lucrar sem produzir. E não há regime, tenha ele o nome que tiver, que resista ao lucro sem produção e sem criação de emprego. Está no noticiário dos jornalões do mundo todo: "O governo dos EUA destinou 2 trilhões aos bancos". Ou então: "Empresas hipotecárias receberam trilhões para não irem à falência". Ainda a terceira hipótese ou realidade: "Imobiliárias recebem trilhões para não tomarem casas dos que pagavam hipotecas".
Mas ninguém fala na criação de um emprego que seja. Também, diariamente, a comprovação de mais e mais d-e-s-e-m-p-r-e-g-o. 13 milhões nos EUA, 18 milhões na Europa, outros milhões em cada um dos mais diversos países. No tempo de Roosevelt, tão lembrado e comparado, o PLENO EMPREGO só aconteceu porque o mundo caminhava para a guerra total, o que aconteceu logo a seguir.
Agora, até na China comunista, 18 milhões de trabalhadores, que já eram temporários (denominação tipicamente capitalista), ficaram sem o que fazer. E não recebem salários. Só patrões, empresários ou acionistas controladores faturam sem produzir. Empregados não têm essa regalia, embora sejam 18 milhões. O que mesmo na China é uma barbaridade.
A pergunta continua sem resposta, ou melhor, é uma pergunta desdobrada em duas.
1 - Para onde vão esses TRILHÕES despejados ou desperdiçados pelos mais variados governos?
2 - De onde tiram tantos TRILHÕES para favorecerem bancos, montadoras ou empresas imobiliárias?
Por que não utilizam o dinheiro diretamente para criar empregos? O governo Obama, disse que "estatizou com 2 TRILHÕES 36 por cento do Citibanque e do Banco da América".
Dinheiro jogado fora, não criarão um só emprego nem devolverão os que foram perdidos.
Menos naturalmente os Estados Unidos. Estes, a partir de Bretton Woods em 1944 (65 anos) e com o dólar transformado em moeda de troca universal, ganharam o DIREITO de imprimir moedas falsas.
PS - Montaram máquinas de imprimir gigantescas no Estado de Omaha, guardam esse dinheiro falso no Fort Knox. Os outros países sabem que a moeda é falsa, não podem fazer nada. Até a China, Índia, Rússia, países árabes com trilhões depositados em bancos americanos têm que defender esse dólar falsificado.
PS 2 - OU IRÃO À FALÊNCIA.
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