Mozarildo diz que decisão de STF vai gerar desterro de pessoas como na época de Hitler e Stalin
O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) afirmou que a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de manter a demarcação contínua das terras da reserva indígena Raposa Serra do Sol, vai gerar uma situação de desterro de brasileiros em sua própria terra. Ele referiu-se especificamente à ordem dada por aquela Corte para que as 500 famílias de arrozeiros que vivem na reserva desocupem a área.
- Coisa parecida só se viu no tempo do Hitler na Alemanha e do Stalin, na Rússia. Isso está sendo feito pelo Brasil. Um Brasil que, segundo o slogan do governo Lula, é um Brasil de todos, um país de todos. Mas que todos? Eles não fazem parte desse todo? - protestou Mozarildo.
O senador por Roraima fez um detalhado histórico da demarcação daquelas terras, enfatizando que nunca foi contra a demarcação da reserva, mas que sempre defendeu tal medida em outros moldes, coerentes com a diversidade de etnias indígenas que convivem naquela localidade. Segundo ele, na região não existe apenas uma etnia indígena, a dos ianomâmis, mas cinco diferentes grupos indígenas, além de mestiços e de colonos que já possuíam títulos de terras antes da demarcação.
Mozarildo disse que pedirá ao presidente do Senado que o indique para acompanhar, oficialmente, a execução da ordem de retirada das 500 famílias de agricultores com o propósito de garantir a integridade e o respeito a essas pessoas. Foi com o mesmo objetivo que o senador contou ter solicitado uma audiência com o ministro Carlos Ayres Britto, relator do processo no STF.
- O mínimo agora é que haja respeito a essas pessoas e que elas sejam ressarcidas financeiramente, já que moralmente isso não é possível. O que eles nunca vão ser indenizados é do aviltamento dos seus sentimentos do qual eles estão sendo vítimas - lamentou.
O senador disse, porém, que acredita que os ministros do Supremo tomaram a decisão de boa-fé e baseados em dados oficiais que, em sua concepção, foram fraudados. Em sua opinião, na história da demarcação aconteceram erros por parte de vários setores da sociedade e órgãos públicos, citando a Fundação Nacional do Índio (Funai), a imprensa, a Igreja Católica, o Ministério da Justiça, a Advocacia Geral da União e organizações não-governamentais (ONGs).
Leia o pronunciamento na íntegra...
O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) afirmou que a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de manter a demarcação contínua das terras da reserva indígena Raposa Serra do Sol, vai gerar uma situação de desterro de brasileiros em sua própria terra. Ele referiu-se especificamente à ordem dada por aquela Corte para que as 500 famílias de arrozeiros que vivem na reserva desocupem a área.
- Coisa parecida só se viu no tempo do Hitler na Alemanha e do Stalin, na Rússia. Isso está sendo feito pelo Brasil. Um Brasil que, segundo o slogan do governo Lula, é um Brasil de todos, um país de todos. Mas que todos? Eles não fazem parte desse todo? - protestou Mozarildo.
O senador por Roraima fez um detalhado histórico da demarcação daquelas terras, enfatizando que nunca foi contra a demarcação da reserva, mas que sempre defendeu tal medida em outros moldes, coerentes com a diversidade de etnias indígenas que convivem naquela localidade. Segundo ele, na região não existe apenas uma etnia indígena, a dos ianomâmis, mas cinco diferentes grupos indígenas, além de mestiços e de colonos que já possuíam títulos de terras antes da demarcação.
Mozarildo disse que pedirá ao presidente do Senado que o indique para acompanhar, oficialmente, a execução da ordem de retirada das 500 famílias de agricultores com o propósito de garantir a integridade e o respeito a essas pessoas. Foi com o mesmo objetivo que o senador contou ter solicitado uma audiência com o ministro Carlos Ayres Britto, relator do processo no STF.
- O mínimo agora é que haja respeito a essas pessoas e que elas sejam ressarcidas financeiramente, já que moralmente isso não é possível. O que eles nunca vão ser indenizados é do aviltamento dos seus sentimentos do qual eles estão sendo vítimas - lamentou.
O senador disse, porém, que acredita que os ministros do Supremo tomaram a decisão de boa-fé e baseados em dados oficiais que, em sua concepção, foram fraudados. Em sua opinião, na história da demarcação aconteceram erros por parte de vários setores da sociedade e órgãos públicos, citando a Fundação Nacional do Índio (Funai), a imprensa, a Igreja Católica, o Ministério da Justiça, a Advocacia Geral da União e organizações não-governamentais (ONGs).
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