Arapongas acompanharam governo dia a dia. Bicheiros também davam dinheiroEm plena abertura política, a ditadura militar acionou seus esquemas de espionagem para vigiar o primeiro governo de Leonel Brizola (PDT) no Rio, eleito em 1982. Os relatórios do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) acusam o pedetista de corrupção e dizem que havia “caixinhas” pagas pelas empresas de ônibus e pelos bicheiros. De acordo com informe de 1985 da Marinha, a propina paga pelas empresas de ônibus chegou Cr$ 500 milhões – R$ 980 mil em valores de hoje – e era administrada pelo então secretário de Fazenda Cesar Maia, informa Bernardo Mello Franco. Brizola teria rateado o dinheiro entre o partido e projetos de educação do governo. Cesar nega as acusações. Relatório de 1983 da Aeronáutica acusou Brizola de suspender a repressão ao jogo do bicho em troca de uma caixinha trimestral de Cr$ 400 milhões (cerca de R$ 784 mil). Nenhuma das acusações foi provada nem originou investigação policial. (págs. 1, 3 e 4)
Campeã do PAC é suspeita de irregularidades
Dona da maior verba do PAC, a Delta Construção tem, segundo relatório do TCU de 2007, o maior número de contratos com irregularidades. (págs. 1, 10 e 11)
Racha
Racha ameaça reunião do G-20 em Londres. (págs. 1 e 27)
Repasses beneficiam 43 entidades; valor acumulado desde 2003 é três vezes maior do que o divulgadoO governo federal repassou R$ 152 milhões desde 2003 a pelo menos 43 entidades cujos dirigentes são ligados ao MST, informa Marta Salomon. O valor é mais de três vezes maior que o investigado pelo TCU, que apura repasses a apenas quatro associações. Algumas dessas entidades foram criadas após os principais braços jurídicos do MST se tornarem alvo de investigações por desvio de recursos. O movimento nunca existiu juridicamente e, por participar de invasões, é impedido de receber dinheiro do contribuinte. O ministro Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) diz que não pode discriminar entidades por serem ligadas ao movimento dos sem-terra. Mas admite alguns absurdos, como o repasse de verba para promover atividades políticas dos assentados. (págs. 1 e A4)
Justiça concede habeas corpus a acusados da Camargo Corrêa
A Justiça Federal concedeu seis hábeas corpus beneficiando os dez presos pela PF na Operação Castelo de Areia, na última quarta. Durante a operação foram detidos quatro diretores e duas secretárias da Camargo Corrêa e quatro supostos doleiros. A empreiteira é suspeita de remessa ilegal, superfaturamento, doação ilegal a partidos e lavagem de dinheiro. A empresa nega haver irregularidades. (págs. 1 e A9)
Caso da Daslu é atípico, afirmam especialistas
A pena de 94 anos de Eliana Tranchesi por sonegação é atípica, dizem especialistas. Para o ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel, “é desproporcional”, e não pode ocorrer prisão enquanto couber recurso. Solta na noite de sexta-feira, a dona da Daslu afirmou, em nota, que “em nenhum momento deixou de acreditar na Justiça”. (págs. 1, B10 e A9)
O ESTADO DE S. PAULO
PF também investigou a OAS e monitorou banqueiro
Informante atuou dentro da empreiteira; Lázaro Brandão teve conversas gravadasAlém da Camargo Corrêa, uma segunda empreiteira, a OAS, foi investigada pela Polícia Federal no curso da Operação Castelo de Areia, revelam os repórteres Fausto Macedo e Marcelo Godoy. Houve escuta telefônica durante dois meses em seis linhas de um funcionário da empreiteira e, em busca de indícios de lavagem de dinheiro, a PF contou com um informante infiltrado na companhia. O inquérito não apresenta conclusões dessa frente de apuração. Nas investigações sobre as atividades do doleiro Kurt Paul Pickel, apontado como articulador de suposto esquema de evasão de divisas, a PF chegou a gravar três conversas dele com Lázaro de Mello Brandão, presidente do Conselho de Administração do Bradesco. Policiais federais vigiaram à distância um motorista enviado pelo banqueiro até a casa de Pickel. (págs. 1 e A4)
Brasil apoia UE e pede controle de mercados
A reunião de cúpula do G-20 marcada para quinta-feira em Londres será palco de um confronto entre a União Europeia, que defende a criação de um sistema global de controle do mercado financeiro, e os EUA, que insistem na adoção de receitas domésticas de regulação do setor. Nessa disputa, o Brasil vai se aliar aos europeus, informam Denise Chrispim Marin e Rui Nogueira. (págs. 1, B1 e B4)
Pacientes trocam dados por vantagens em laboratório
Com o incentivo de seus médicos, milhares de consumidores de medicamentos de uso contínuo no Brasil têm cadastrado dados pessoais, respondido a perguntas e recebido visitas de grandes empresas farmacêuticas para ter acesso a descontos, consultas mais baratas e acompanhamento de profissionais de saúde. A situação preocupa órgãos de regulação sanitários e de pesquisas. (págs. 1, A26 a A28)
JORNAL DO BRASIL
Uma cidade para corações fortes
Atos violentos impõem mais do que efeitos imediatos às vítimas. Significam traumas físicos e psicológicos que persistem por meses e anos. Em muitos casos, desenvolvem-se hipertensão e problemas cardíacos, como exemplifica uma pesquisa da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. O estudo, coordenado pela psiquiatra Vera Lemgruber, mostra como as pessoas que passaram por situações de violência extrema revivem, com o próprio corpo, os momentos de perigos e de dor. O Jornal do Brasil conta alguns dos casos envolvendo episódios famosos e anônimos. (pág. 1, Tema do dia e A2 a A4)
CNJ põe fim à banca secreta nos concursos
Alguns tribunais do país ainda empregam bancas secretas nos concursos para juízes e oficiais de cartórios. Mas o Conselho Nacional de Justiça determinou que todos os editais, agora, terão de identificar participantes das comissões e membros das bancas examinadoras. (págs. 1 e A14)
Rio recebe o Fórum Econômico
Fórum Econômico Mundial chega em abril ao Rio para sua edição latino-americana. À sombra da crise serão discutidas a abertura econômica, assimetrias comerciais com a China e integração intra-Mercosul. (pág. 1, Economia e págs. E1 a E3)
CORREIO BRAZILIENSE
Leão caça sonegadores
Receita Federal descobre 3.405 casos suspeitos de sonegação de impostos por pessoas físicas no DF. Sessenta já foram intimadas. Um contribuinte isento movimentou R$ 4 milhões na sua conta bancária. (págs. 1 e 21)
Justiça livra empreiteiros da cadeia
Diretores da Camargo Corrêa e doleiro ganham habeas corpus e são soltos. PF investiga origem do dinheiro doado a políticos. (págs. 1 e 8)
Farra com a verba pública nos recessos
Pesquisa do Contas Abertas para o Correio mostra que parlamentares gastam mais com passagem aérea nas férias. (págs. 1 e 2)
Revistas da Semana
ÉPOCA
Um guia para proteger seu dinheiro
A moda de pegar rico
As prisões da dona da Daslu e dos diretores da Camargo Corrêa
Abriram o caixa da empreiteira
Ao investigar lavagem de dinheiro na Camargo Corrêa, a Polícia Federal acha indícios de doações ilegais para políticos e ligações da empresa com ministros responsáveis por fiscalizá-la. (págs. 32 a 37)
Da Daslu para o Carandiru – Acusada de ameaçar a ordem pública, a empresária Eliana Tranchesi é condenada a 94 anos e meio de prisão – mais que Marcola, o líder do PCC. (págs. 40 e 41)
Bom de negócio – Investigação de CPI mostra a multiplicação dos bens de um conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro. (pág. 44)
Um passo para iluminar a história – A abertura de documentos secretos ajuda a esclarecer episódios fundamentais para o Brasil. (págs. 46 a 48)Uma candidata em obras – O governo lança um plano para atenuar a falta de moradias. A curto prazo, seu principal resultado deve ser mais um palanque para Dilma. (pág. 32)
Entrevista – Henrique Meirelles – “Não é hora de assumir riscos. Nem de pânico” – O presidente do Banco Central afirma que o Brasil sairá desta crise mais rápido que os outros países. (págs. 70 e 71)
Proprietária da Daslu condenada a 94 anos de prisão
Ciro ataca Dilma
“Ela não tem projeto”
Caso Camargo Corrêa
O Congresso contra um juiz
O Congresso contra um juiz
Para prender diretores da Camargo Corrêa, Fausto de Sanctis mistura doações eleitorais legais com supostos crimes e provoca reação de parlamentares. (págs. 38 a 42)
Para prender diretores da Camargo Corrêa, Fausto de Sanctis mistura doações eleitorais legais com supostos crimes e provoca reação de parlamentares. (págs. 38 a 42)
Ministros em campanha – Nunca houve tantos candidatos a governador no primeiro escalão e cada um privilegia seu Estado na hora de distribuir as verbas. (págs. 44 a 47
)“Dilma não tem projeto” – Ciro Gomes diz que é candidato a presidente, ataca desempenho do PAC e cobra propostas da ministra da Casa Civil. (págs. 48 e 49)
Blindado pelo PMDB – Conselho de Ética quer investigar Padilha, mas Temer se diz satisfeito com explicações do deputado, cujo amigo empreiteiro é investigado pela PF por lavagem de dinheiro. (pág. 58)
Os dois lados da moeda – Nos 15 anos do plano que acabou com a inflação, FHC, Malan e Franco reconhecem exageros e recomendam o que não fizeram na época. (págs. 90 e 91)
Jovens empresários brasileiros surfam na onda do iPhone e fazem fortunas com programas para a terceira geração de aparelhos móveis
Se eu fosse você – Se estivessem na equipe econômica, FHC, Malan e Gustavo Franco, protagonistas do Plano Real, combateriam a crise com juros menores – e dizem que há espaço para isso. (págs. 30 a 32)
A receita de Lina – Secretária da Receita Federal se concentra nas grandes empresas e combate uma anistia que pode passar no Congresso. (págs. 34 e 35)
Camargo sob impacto – Quarto maior grupo privado do País, a Camargo Corrêa é alvo de uma ação da Polícia Federal, mas, apesar do estardalhaço, não deve sofrer prejuízos. (págs. 36 e 37)
Trocando juros por obras – Ideia que vem de Mato Grosso pode acelerar o PAC e ajudar o País a enfrentar a crise internacional. (págs. 38 e 39)Um caixa forte para a Caixa – Governo prepara a criação de um braço de investimentos para o banco, que terá R$ 3 bi para comprar participações em empresas. (págs. 84 a 86)
A PF acusa a Fiesp de intermediar doações ilegais da Camargo Corrêa a partidos. E vê indícios de corrupção no Tribunal de Contas da UniãoCamargoduto – Crimes financeiros – A lista de acusações da PF contra a Camargo Corrêa vai de evasão de divisas a doações ilegais a partidos. (págs. 28 a 32)
Corporação em choque – Estado – A nova proposta de Lei Orgânica da Polícia Federal opõe peritos a delegados. (págs. 34 e 35)Serra é ainda a transição – Entrevista – Fernando Lyra fala do passado com Tancredo Neves e do presente de Lula. (págs. 36 e 37)
A retomada em obras – Habitação – O pacote de 34 bilhões quer gerar empregos e renda contra a crise. (págs. 40 a 42)Duopólio ameaçado? – Aviação – A crise afeta o setor e derruba os resultados da Gol e da TAM. Mas também abre espaço para as novatas, como a Azul. (págs. 74 e 75)
O fim da era do incentivo? – Política cultural – O governo muda itens da Lei Rouanet para reconduzir verbas. (págs. 86 e 87)
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