Blog do Saïd Dïb: Opinião, Notícia e Humor

MANCHETES DO DIA

TRIBUNA DA IMPRENSA
PF INDICIA PROTÓGENES POR DOIS CRIMES

A Polícia Federal indiciou o delegado da corporação Protógenes Queiroz e quatro escrivães pelos crimes de violação da lei de interceptação e quebra de sigilo funcional. Protógenes é investigado por eventuais irregularidades na condução da primeira fase da Operação Satiagraha, que investiga supostos crimes financeiros atribuídos ao banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity. Os nomes dos escrivães não foram divulgados pela PF -três foram indiciados por quebra de sigilo funcional e um por quebra de sigilo funcional e violação da lei de interceptação. Protógenes foi indiciado após depor, terça-feira, por cerca de duas horas, para o delegado-corregedor da PF Amaro Ferreira, responsável pelo inquérito. O delegado ficou conhecido nacionalmente durante a Operação Satiagraha, que prendeu no ano passado Dantas, o ex-prefeito Celso Pitta e o investidor Naji Nahas. Todos foram soltos depois.

CORREIO BRAZILIENSE
SERVIDOR FICA MAIS LONGE DO REAJUSTE

Sem rodeios, o governo abriu ontem caminhos para oficializar aquilo que nos gabinetes da Esplanada dos Ministérios já é dado como certo. Diante da retração econômica provocada pela crise internacional, os reajustes autorizados no ano passado ao funcionalismo não sairão do papel. A não ser que o ambiente de negócios, o emprego, a arrecadação de impostos e a produção reajam de modo convincente. Caso o cenário permaneça como está — ou piore ainda mais —, os aumentos prometidos aos servidores do Executivo federal terão de ser postergados. Pressionado pelos sindicatos, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, convocou ontem uma reunião de emergência com algumas das entidades mais representativas. Durante o encontro, Bernardo explicou que houve uma mudança radical do quadro econômico e que por essa razão o governo não terá outra alternativa a não ser fazer “muita restrição orçamentária” — entre hoje e amanhã o governo anunciará os cortes no Orçamento e a previsão de receitas e despesas para o ano. “Para movimentar a economia abrimos mão de receitas e fizemos desonerações orçamentárias importantes”, reforçou aos sindicalistas.

FOLHA SERRISTA DE S. PAULO
ARRECADAÇÃO CAI E GOVERNO REVÊ PIB

A arrecadação de tributos federais já está R$ 10,5 bilhões abaixo do previsto no Orçamento deste ano. Apenas em fevereiro, os impostos recolhidos ficaram R$ 8 bilhões aquém do valor estimado pelo governo. Neste mês, o resultado continua abaixo do esperado. Os dados devem ser divulgados oficialmente hoje pela Receita Federal. A crise levou o governo a rever suas projeções para este ano. Agora, espera crescimento menor, com queda de arrecadação e menor aperto fiscal. A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto cairá de 3,5% para 2%, ainda acima das estimativas do mercado, de 0,59%. A arrecadação de tributos federais, em forte queda no primeiro bimestre, deverá ficar R$ 35 bilhões abaixo do previsto no Orçamento aprovado para este ano, apurou a Folha.

GAZETA MERCANTIL
EMPREGO REAGE APÓS TRÊS MESES EM QUEDA

O emprego formal voltou a crescer em fevereiro após três meses seguidos de queda. O saldo de 9.179 vagas registrado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apresentado ontem pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, representa, contudo, o pior resultado para o mês desde 1999. O número é resultado de 1,233 milhão de contratações ante 1,224 milhão de demissões. Nos últimos 12 meses, até fevereiro, o estoque de emprego do Brasil encolheu em 700 mil vagas com carteira assinada. Lupi sustenta que a criação de um número entre 1,4 milhão e 1,5 milhão de novos empregos formais este ano é factível e espera a retomada do mercado de trabalho a partir de março, quando prevê a criação de mais de 100 mil novos postos de trabalho.Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, ainda é cedo para se afirmar que ocorreu uma reversão de tendência do emprego.

JORNAL DO BRASIL
EMPREGO FREIA RECESSÃO

A economia brasileira teve em fevereiro um saldo positivo de 9.179 novos postos de trabalho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. No mês anterior, as demissões superaram as contratações, resultando em fechamento de cerca de 100 mil vagas. Apesar de ter sido o pior fevereiro desde 1999, para governo e especialistas essa recuperação no mercado de trabalho mostra uma nova tendência: ao invés de queda abrupta e recessão, início de recuperação

O ESTADO DE S. PAULO
INDÚSTRIA AINDA DEMITE, MAS SERVIÇOS CONTRATAM

Em fevereiro, saldo foi positivo em 9,2 mil vagas; setor de serviços compensou perda de postos na indústria. Após três meses seguidos de redução no emprego formal, o mercado de trabalho voltou a ter saldo positivo. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em fevereiro, foram criadas 9.179 vagas com carteira assinada. "O saldo é pequeno, mas é positivo", disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que no dia anterior havia previsto que o total chegaria a 20 mil novas vagas. Apesar de positivo, foi o pior resultado em um mês de fevereiro desde 1999, quando foram eliminadas 78 mil vagas. O resultado ainda nem de longe recupera a perda de 797 mil postos formais de trabalho ocorrida entre novembro e janeiro, mas deixou Lupi otimista.

O GLOBO
SENADO RECUA E NÃO DEMITE DIRETORES, QUE AGORA SÃO 181

Depois de uma recontagem para chegar ao número exato de diretorias – que subiu de 136 para 181 - , o Senado anunciou que a Fundação Getúlio Vargas fará uma auditoria para examinar todos os contratos e permitir uma reestruturação administrativa na Casa. Mas houve recuo na decisão anunciada pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) de afastar todos os diretores. Na prática, eles continuarão nos cargos, recebendo inclusive a gratificação comissionada. Com os benefícios, o salário médio dos diretores, que é de R$ 18 mil, pode chegar a R$ 30 mil. Até a assessora de imprensa de Roseana Sarney (PMDB-MA) é diretora do Senado. Na Câmara, o número de diretores chega a 104. Com os 181 do Senado, o Congresso tem 285 diretores, um para cada dois parlamentares.

VALOR ECONÔMICO
QUEDA NO COMÉRCIO DERRUBA ATIVIDADE NOS PORTOS DO PAÍS

O volume de cargas gerais teve queda de 25% no primeiro bimestre em comparação ao mesmo período do ano passado A crise global reduziu exportações e importações e atingiu em cheio a atividade nos portos brasileiros neste início de ano. O volume de cargas gerais - produtos de alto valor agregado, transportados em contêineres - teve queda de 25% no primeiro bimestre em comparação ao mesmo período do ano passado. Os embarques de minério de ferro e celulose diminuíram quase 30% e os de produtos siderúrgicos, 50%. Na importação, os volumes da nafta petroquímica caíram 50% e os de fertilizantes, mais de 80%. A única boa notícia é que já há sinais de melhora em março, embora tímidos. Agentes marítimos registraram ligeiro aumento no número de navios que transportam minério de ferro para a China. Também melhorou o fluxo de embarcações na importação carregadas com fertilizantes nos portos do Sul do país. A queda nos volumes de comércio no primeiro bimestre se refletiu nas empresas de navegação e derrubou os fretes e o aluguel de navios. O frete de uma carga de granel líquido na rota Santos-Caribe, que era de US$ 55 por tonelada em setembro, está hoje na faixa de US$ 45, queda de 19%. O minério de ferro na rota Brasil-China foi uma das cargas cujo frete mais caiu: de US$ 100 por tonelada antes da crise para US$ 21 por tonelada, 80% a menos. Para contêineres na rota Brasil-Angola, o frete era de US$ 3,6 mil por unidade em outubro e hoje está em US$ 2,9 mil. Ontem, a companhia alemã Hamburg Süd, que controla a brasileira Aliança, informou que vai reajustar os fretes nos serviços da Europa e América do Norte, em razão de as tarifas terem atingido "um nível que já não cobre os custos".

VEJA TAMBÉM...

ARTIGOS

A implementação do socialismo bolivariano (Tribuna da Imprensa)
Manuel Cambeses Júnior

O presidente venezuelano Hugo Chávez Frias tem um estilo muito próprio e, por si só, contraditório que, em verdade, se torna eficaz para desconcertar e neutralizar seus adversários políticos. Em seus imensos e desordenados discursos profere ameaças, recita e lê parágrafos de livros, faz ambiciosas promessas e, não raro, se põe a cantar sem nenhum recato e parcimônia. Os ouvintes, via de regra, sentem-se incomodados, arrastados por um caudal de palavras e terminam com a impressão de que tudo não passa de um tremendo blefe, com a única intenção de engabelar o público. Hugo Chávez tem agredido verbalmente a todo o mundo, desde George W. Bush ao papa, desde o secretário-geral da OEA aos presidentes do México e do Peru, sem omitir, evidentemente, a Igreja venezuelana e os opositores que deseja neutralizar. (...)

Grampos (Tribuna da Imprensa)
Marcos Pinto Basto

O deputado federal Marcelo Itagiba, que preside a CPI dos Grampos, declarou: “A CPI precisa ter acesso aos documentos para que possa fazer efetivamente um indiciamento bem fundamentado" contra o delegado Protógenes Queiroz, o ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Paulo Lacerda e o banqueiro Daniel Dantas. Itagiba é delegado da Polícia Federal e deve saber como é difícil investigar figurões do porte de Daniel Dantas que têm dinheiro suficiente para contratar firmas internacionais de espionagem e subornar figurões que transitam por Brasília, mas prefere fazer declarações onde incrimina seu colega delegado Protógenes Queiroz e seu ex-chefe delegado Paulo Lacerda que chefiava a Abin, colocando-os no mesmo nível criminal que Daniel Dantas. Está parecendo que Itagiba nunca trabalhou como delegado da PF e está querendo autopromover-se! A Polícia Federal cumpre rigorosamente a lei quando faz uma escuta telefônica que pode fornecer informações necessárias e suficientes para requerer outras escutas telefônicas de determinado grupo de indivíduos que tem fortes ligações, formando assim um leque de escutas muito grande, podendo envolver indivíduos que mantiveram contatos com os telefones suspeitos, mas foi necessária a escuta para garantir suas inocências. (...)

A democracia brasileira e seus inimigos (Gazeta Mercantil)
A nova regulamentação do setor financeiro (Folha de S. Paulo)
A suave arrogância do universitário chique (Gazeta Mercantil)
A visita de Lula (Folha de S. Paulo)
Brasil consolida política antissubprime (Correio Braziliense)
Brasil e EUA na crise mundial (Folha de S. Paulo)
Cumplicidade no abuso (O Estado de S. Paulo)
Eterna tortura (O Globo)
O Aeroporto Santos Dumont (Jornal do Brasil)
O Congresso e a organização do Judiciário (Correio Braziliense)
O desafio imposto pelos números do Caged (Jornal do Brasil)
Obama contra o povo (O Globo)
Pau na máquina de dinheiro (Folha de S. Paulo)
Perto do fogo (O Estado de S. Paulo)
Rumo a Dubai (Correio Braziliense)
Uma proposta do Ipea para a crise (O Estado de S. Paulo)

COLUNAS

42 anos depois, recordações de Fernando de Noronha (Tribuna da Imprensa)

Helio Fernandes

Um livro que não circulou, a ditadura intimidou até o editor Carlos Lacerda

A partir de 15 de março quando escrevi os primeiros artigos assinados, o ministro da Justiça poderia ter me confinado. Seria uma burrice, mas não seria a violência do século como ocorreu depois, já que não havendo então nenhuma decisão judicial a respeito dos meus direitos individuais e profissionais (não confundir com direitos políticos) o entendimento do ministro, eventual e ocasionalmente poderia prevalecer sobre o entendimento de todos os grandes juízes e juristas deste País, e ele poderia sustentar que os Atos ainda estavam em vigor e que eu não poderia exercer a minha profissão, apesar disso ser uma barbaridade que clama aos Céus. (...)

Vendas do comércio subiram em dinheiro ou em volume de produtos? (Tribuna da Imprensa)

Reportagem de Bruno Villas Boas, "O Globo", de 14 de março, revela que as vendas do comércio no País cresceram 1,4% no mês de janeiro em relação ao total de dezembro de 2008. A fonte de informação é o IBGE que, comparando janeiro deste ano com o mesmo mês do exercício passado, apontou um avanço na ordem de 6,3%. Esta segunda comparação, entretanto, é contestada por Fabio Pina, da Fecomércio, coluna de Miriam Leitão também de 14 de março, para quem nos últimos doze meses não houve evolução, mas queda de 3,8 pontos. Qual a explicação para a divergência? Não sei ao certo. Mas coloco a questão. É possível que um dado enfoque o valor financeiro das transações e o outro o volume físico dos produtos negociados. É o único caminho para iluminar a questão. Uma análise mais atenta, abrangendo todos os fatores envolvidos. Aliás, como deve sempre ser feito em matéria de números estatísticos. É preciso identificar que tipo de crescimento ocorreu. E também confrontá-lo com a taxa de inflação, a qual, para o mesmo IBGE, foi de praticamente 6% em 2008. Sim. São vários ângulos. (...)

A reconstruçãodo Parlamento (Jornal do Brasil - Coisas da Política)
Atalhos para lugar nenhum (O Estado de S. Paulo - Dora Kramer)
Bancos já apostam na queda do dólar (Valor Econômico - Por dentro do mercado)
Brasil não suporta a carga (Correio Braziliense - Ari Cunha)
Clodovil (Folha de S. Paulo - Carlos Heitor Cony)
Decisão do STJ sobre patente pode baixar preço de remédio (Folha de S. Paulo - Mercado Aberto)
Desemprego: o que fazer? (Valor Econômico)
Licença para gastar (Valor Econômico - Brasil)
Mercado aprova novo pacote dos EUA (Valor Econômico - De olho na bolsa)
No núcleo do poder (O Globo - Panorama Político)
O Fed age (O Estado de S. Paulo - Celso Ming)
Os cadáveres (O Globo - Merval Pereira)
PÉ NA AREIA (Folha de S. Paulo - Mónica Bérgamo)
Razão das ações (O Globo - Panorama Econômico)
Reação tímida, mas importante (Correio Braziliense - Nas Entrelinhas)
Senado alerta para a crise do abate (Jornal do Brasil - Informe JB)
Tudo ou nada (Folha de S. Paulo - Clóvis Rossi)
Uma CPI da Tapioca para o Senado (Valor Econômico - Política)
Vapt, vupt (O Globo - Ancelmo Gois)
À beira de um ataque (Correio Braziliense - Brasília-DF)
ECONOMIA

Lula defende estatização de bancos nos EUA (Tribuna da Imprensa)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, no Rio, que o presidente Barack Obama pode não dar a credibilidade necessária para a retomada de investimento aos empresários, caso não aumente a participação do governo em alguns bancos. Para Lula, o problema principal da economia atualmente é a falta de crédito, tanto interna quanto externamente. É responsabilidade dos países mais ricos, segundo ele, fazer o fluxo de financiamento do comércio internacional funcionar. Além disso, para o presidente, cabe a esses países garantir internamente a credibilidade à sociedade para que sejam feitos os investimentos. "Eu não sei se o presidente Obama vai garantir essa credibilidade se não tomar providência quanto a alguns bancos. Sei que nos Estados Unidos a palavra estatizar, nacionalizar, é um palavrão. Mas nós temos exemplos aqui, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica [Federal], do BNDES, do BNB [Banco do Nordeste] e do Basa [Banco da Amazônia], que, bem administrados, funcionam de forma extraordinária e são a garantia para que a gente tenha crédito'', afirmou Lula. (...)

INSS vai restituir IR cobrado a mais em dezembro (Tribuna da Imprensa)

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) vai restituir o Imposto de Renda cobrado a mais em dezembro de 1,2 milhão de aposentados e pensionistas. A restituição varia entre R$ 0,06 e R$ 177,04, com uma média de R$ 33,48 em todo o Brasil. O pagamento será feito em abril (referente à folha de março). No total, o valor a ser restituído é de R$ 40,3 milhões. Esses beneficiários tiveram o imposto descontado a mais com base na tabela de 2008 do IR, que foi corrigida e ganhou novas alíquotas em 2009. Os valores de dezembro foram pagos em janeiro, mas com o desconto pela tabela anterior. O Estado de São Paulo terá o maior volume de restituições: 513.219 segurados com um total de R$ 16,7 milhões. Nos estados do Rio, Minas Gerais e Espírito Santo, há 294.582 beneficiários. (...)

POLÍTICA

Tião Viana diz que já pagou telefonemas da filha (Tribuna da Imprensa)

O senador Tião Viana (PT-AC) disse que restituiu ontem o Senado pelo gasto feito por sua filha com um celular da Casa numa viagem que ela fez ao México, nas primeiras duas semanas de janeiro deste ano. Candidato derrotado à Presidência do Senado, ele se recusou a informar o valor da conta. Terça-feira, Tião prometeu que detalharia os gastos. `Paguei a conta. O Senado não desembolsou nada, por isso não preciso revelar quanto gastei." O senador, no entanto, afirmou que teve de fazer um empréstimo, que será quitado em 72 vezes, para pagar a conta. Viana se disse vítima de quebra de sigilo telefônico com a divulgação dos gastos da filha, mas que não irá pedir formalmente nenhuma investigação. `Quero encerrar esse assunto." A direção do Senado afirmou que não há indícios de que a informação sobre o empréstimo à filha tenha sido dada pela Casa. Tião disse que solicitou o desbloqueio de chamadas internacionais do celular sem comunicar o Senado de que a viagem seria feita pela filha. `Estava no Acre. Foi um pedido por telefone. Nem precisei assinar nada", disse. `Mas assumo toda a responsabilidade." Ele também confirmou que solicitou reembolso para cobrir despesas de um incêndio, em 2007, no seu apartamento funcional em Brasília. `Pedi entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. Não me lembro exatamente. Foi para cobrir despesas de bens que nós tivemos." Segundo Tião, o apartamento não estava coberto por seguro. A despesa foi autorizada pelo então primeiro-secretário, Efraim Morais (DEM-PB), que não foi encontrado para comentar o assunto.

PF prende homem que usava satélite dos EUA (Tribuna da Imprensa)

A Polícia Federal prendeu ontem um homem suspeito de usar satélites militares americanos para comunicação clandestina em vários pontos do país. A prisão foi em flagrante, em Unaí (MG), durante a "Operação Satélite", deflagrada para combater o uso dos equipamentos em seis estados. Segundo a PF, foram apreendidos diversos transmissores, rádios e antenas utilizados para a comunicação clandestina. Também foram identificados os usuários e fabricantes dos sistemas. Um inquérito policial foi instaurado para investigar o caso. A operação contou com a participação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que ratificou as coordenadas geográficas dos pontos indicados pelo Departamento de Defesa Americana, controlador dos satélites. O sistema utilizado é resultado da fabricação caseira de transceptores e antenas que trabalham na frequência e direção dos satélites. Ao todo foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal de Florianópolis (SC), em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.