sexta-feira, 20 de março de 2009

A Crise

Redução da dívida e regulação
Por Mike Whitney*

"Explicámos antes a diferença entre uma recessão e uma depressão. Mas vamos fazê-lo outra vez. Uma recessão é uma pausa numa economia em outros aspectos saudável e em crescimento. Uma depressão é quando a economia cai morta".

Bill Bonner, The Daily Reckoning

Informação “Clearing House" - Há notícias boas e notícias más. A boa notícia é que a equipe econômica de Obama entende o problema fundamental com os bancos e sabe o que é preciso fazer para consertá-los. A má notícia é que Bernanke, Summers e Geithner têm todos laços estreitos com os grandes bancos e recusam-se a fazer o que é necessário. Ao invés disso, eles mantêm-se a apoiar instituições fracassadas com injeções de capital enquanto cozinham elaboradas estratégias para comprar os ativos podres dos bancos através de transações pela porta dos fundos. É tudo muito opaco, apesar dos divertidos nomes de relações públicas que eles colam aos seus vários planos de "resgate". Esta charada prossegue há mais de um mês enquanto o desemprego continua a aumentar, o mercado de ações continua a mergulhar e o país desliza cada vez mais fundo para dentro da areia movediça econômica. Paul Krugman resumiu a resposta da administração na sua coluna de sexta-feira, "A grande hesitação":
"Há um crescente sentimento de frustração, mesmo de pânico, acerca do fracasso do sr. Obama em fazer as suas palavras corresponderem aos seus feitos. A realidade é que quando vem tratar com os bancos a administração Obama é hesitante. A política está encravada no padrão vigente... Por que responsáveis continuam a apresentar planos que ninguém considera críveis? Porque de certo modo responsáveis de topo na administração Obama e no Federal Reserve convenceram-se que ativos perturbados ... estão realmente a valer muito mais do que alguém está disposto a pagar por eles — e que se estes ativos fossem adequadamente apreçados todas as perturbações se desvaneceriam. ... Além disso, responsáveis parecem acreditar que obter resíduos tóxicos a preços adequados curaria os males de todas as nossas grandes instituições financeiras".
Paul Krugman, The Big Dither, New York Times

Krugman está certo acerca da "hesitação" mas errado acerca dos resíduos tóxicos. Geithner e Bernanke sabem exatamente o que valem estes ativos — apenas centavos de dólar. Eis porque Geithner evitou tomar US$5 ou US$10 mil milhões destes mortgage-backed securities (MBS) e colocá-los em leilão público. Isso seria a coisa razoável a fazer e removeria qualquer dúvida acerca do seu verdadeiro valor. Mas o secretário do Tesouro não quer fazer isso exatamente porque chamaria atenção par o fato de o sistema bancário estar insolvente. (...)
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