quarta-feira, 18 de março de 2009

Gen Luiz Cesário da Silveira Filho


Carta a um Jobim fora do tom
Jornal do Brasil

GENERAL DA RESERVA DO EXÉRCITO

Ministro Jobim,
Tomei conhecimento de sua entrevista, publicada no Jornal do Brasil em 15 março de 2009, na qual o senhor responde à pergunta de como pretende administrar a insatisfação de alguns generais em relação a algumas diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa (END).
Por considerar deselegante para comigo e para com os integrantes da Reserva das Forças Armadas a sua resposta de que "o general que declarou a insatisfação não tem nada a administrar porque é absolutamente indiferente, foi para a reserva, se liberou", resolvi considerar a possibilidade de responder-lhe.
Sei que o senhor não leu as minhas palavras de despedida do Comando Militar do Leste. Nelas, relembro o saudoso ministro do Exército, General Orlando Geisel, que afirmou: "Os velhos soldados se despedem, mas não se vão".
Sou um general com 47 anos de serviço totalmente dedicados ao meu Exército e ao meu país. Conquistei todas as promoções por merecimento. Fiz jus à farda que vesti. Não andei fantasiado de general. Fui e continuarei a ser, pelo resto de minha vida, um respeitado chefe militar. Vivi intensamente todos os anos de minha vida militar. Fui, sempre, um profissional do meu tempo.
Alçado ao mais alto posto da hierarquia terrestre, acompanhei, por dever, atentamente, a evolução do pensamento político-estratégico brasileiro, reagindo com as perspectivas de futuro para a minha instituição, na certeza de que a história do Brasil se confunde com a história do Exército.
Vivemos, atualmente, dias de inquietude e incerteza. Sei que só nós, os militares, por força da continuidade do nosso dever constitucional, temos por obrigação manter a trajetória imutável da liberdade no Brasil. É, por este motivo, que serei sempre uma voz a se levantar contra os objetivos inconfessáveis que se podem aduzir da leitura de sua Estratégia Nacional de Defesa.
Ela está eivada de medidas, algumas utópicas e outras inexequíveis, que ferem princípios, contrariam a Constituição Federal e afastam mais os chefes militares das decisões de alto nível. Tal fato trará consequências negativas para o futuro das instituições militares, comprometendo, assim, o cumprimento do prescrito no artigo 142, da Constituição Federal, que trata da competência das Forças Armadas.
"Competência para defender a Nação do estrangeiro e de si mesma". (...)
Não deixe de ler esta carta na íntegra...

3 comentários:

  1. O amado Brasil está nesta penúria, por comentários do naipe de ministros deste tipo, na verdade não tem cabimento um ministro fazer comentários sobre estratégia, sobre qualquer estratégia, principalmente sobre defesa, o que é um caso preocupante, mas a culpa é nossa, os eleitores que assim votamos nestas Antas, que me desculpe a ofensa a familia dos Tapiridae.
    e As Antas nomeiam ministros destes para gerir o país.
    Mas ministros são assim mesmos, umas Antas, alguns chegam a pesar 300 kg. Tem três dedos nos pés traseiros e um adicional, bem menor, nos dianteiros. Tem uma tromba flexível, preênsil e com pêlos que sente cheiros e umidade. Vive perto de florestas úmidas e rios: toma freqüentemente banhos de água e lama para se livrar de carrapatos, moscas e outros parasitas.

    Herbívora, come folhas, frutos, brotos, ramos, plantas aquáticas, grama e pasta até em plantações de cana-de-açúcar, arroz, milho, cacau e melão. De hábitos noturnos, esconde-se de dia na mata, saindo à noite para pastar.
    E de quando em quando redigem matérias pseudo-jornalísticas.

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  2. Me orgulho de ser filha de militar e de saber da importância do Exército Brasileiro no passado da vida social, política e econômica do Brasil. Bem como de sua fundamental estratégia militar na defesa de nossos interesses, tanto internamente, como além de nossas fronteiras.

    Considero a carta abaixo, uma peça literária que deveria constar nos livros de moral e civismo adotados para o ensino das nossas crianças, como um instrumento de luta e defesa em prol da moralidade e da ética brasileiras.

    Enfim, general, espero que o senhor não leve a mal meu sincero desabafo. É que quando equivocadamente, ofendem e maculam a instituição militar, sinto como se fosse pessoal, pois me lembro do orgulho, da paixão e da lealdade com que meu saudoso pai, oficial de infantaria e Coronel da Reserva do Exército Brasileiro, sempre serviu à Pátria.

    Cecília Brant

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  3. Eu não me orgulho em ser filho de Militar.
    Meu avô foi um assassino.
    Seria muito cinismo da minha parte dizer que os militares fizeram um favor ao Brasil.
    Pelo contrário, os que deram o Golpe não passam de traidores e assassinos.
    Era obrigação do exercito defender a democracia, não implementar um regime facista ditatorial em nosso país.

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