terça-feira, 8 de setembro de 2009

Revista "EXAME" dando VEXAME...

"As empresas que ajudaram a eleger José Sarney"

Cientistas políticos dizem que as empresas que financiam políticos envolvid
os em escândalos ajudam a perpetuar a corrupção; veja quem financiou senador

Não é à toa que José Sarney (PMDB-AP) está incrustado no centro do poder há mais de cinco décadas. Apesar de uma pesquisa Datafolha ter mostrado que 74% dos brasileiros defendem que ele deixe o comando do Senado, todos os 11 processos favoráveis a seu afastamento foram arquivados pelo Conselho de Ética. (...)




Carta enviada pela Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado à redação do Portal VEXAME

Caro editor,A matéria “As empresas que ajudaram a eleger José Sarney” prima pela gratuidade e pela falta de observância às regras básicas do jornalismo. Em primeiro lugar, não havendo qualquer condenação ao senador José Sarney é indefensável que ele seja exposto como se o tivesse sido. Depreende-se um esforço de constranger as empresas que contribuíram para sua campanha, dentro dos princípios legais, que, ao leitor atento, não escapa. Não bastasse, o texto não sustenta a linha fina, segundo a qual “Cientistas políticos dizem que as empresas que financiam políticos envolvidos em escândalos ajudam a perpetuar a corrupção...”. Numa desmoralização do plural sustentado na frase e do pluralismo a que se deve ater o bom jornalismo, a matéria apresenta apenas um cientista que, segundo o portal Exame, teria feito afirmativa com o conteúdo anunciado (não há aspas na declaração).

O presidente Sarney, ao contrário do que afirma a jornalista Giseli Cabrini, não construiu uma “rede de proteção” para se defender do linchamento político que se abateu sobre ele. As 11 acusações e representações que foram apresentadas contra ele no Conselho de Ética são de absoluta fragilidade, sem sustentação em documentos e provas. A defesa apresentada pelo senador, ao contrário, baseada em documentos e fatos, foi praticamente ignorada por setores da imprensa e pelas bancadas de oposição. Em lugar de considerar as provas apresentadas, o que se fez foi a repetição à exaustão das acusações, mesmo que comprovadamente inconsistentes. E assim foi porque tratava-se de uma estratégia política de destruição de uma liderança que terá importante papel na definição do rumo que o PMDB tomará em 2010.

Como conseqüência desse embate político, o resultado das votações no Conselho de Ética foi a soma dos votos da maioria contra a minoria, pois o que ali estava em jogo não era, como dito acima, um julgamento ético mas o enfrentamento entre as forças contrárias e as favoráveis ao senador Sarney. Não se presta à avaliação da conduta ética um tribunal que se aglutina em legendas partidárias e fecha questão contra ou a favor do representado. Não merece o nome de julgamento ético um processo político que resultou em 11 acusações e representações apenas para que algumas delas, pelo sorteio previsto no regimento, caíssem em mãos de senadores adversários, ansiosos de prosseguir o linchamento político-eleitoral.

É inaceitável, ainda, que o Portal, ao construir a fantasiosa “rede de proteção”, tenha sugerido que decisões do Supremo Tribunal Federal se prestem a proteger personagens da República. Assenhorando-se do lugar de uma Corte, a jornalista e seu portal condenam o personagem e ignoram a Constituição, em seu artigo 5º, inciso 57, que estabelece que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”, sendo que, no caso, sequer processo existe. Comportamento que transforma jornalista e a empresa em que trabalha em tribunal de exceção, vedado pelo mesmo artigo, inciso 37.

Ao contrário das afirmações do Portal Exame, que mostrou “se lixar” para o próprio Manual de Redação da Abril e sequer ouviu o outro lado, o senador José Sarney, em respeito aos cidadãos brasileiros que nunca antes haviam tomado conhecimento de denúncias de má conduta contra o ex-presidente da República, foi à tribuna do Senado para esclarecer e desmascarar as denúncias que fizeram contra ele. Se fosse intenção deste portal a isenção jornalística, bastaria ter se informado dos argumentos e provas apresentados em plenário e reproduzidos à exaustão em notas à imprensa, todas devidamente publicadas no site da Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado (www.senado.gov.br).

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