segunda-feira, 2 de março de 2009

Blog "Alerta Total" faz novas revelações sobre insatisfação dos militares com Nelson Jobim

Jorge Serrão, verdadeiro patriota, inteligente e determinado, vem falando de uma insatisfação de militares com relação ao inegavelmente apátrida Nelson Jobim. Já publicou no blog “Alerta Total” informações importantes na matéria The END: Generais escrevem dossiês para mostrar falhas e reais intenções da Estratégia Nacional de Defesa. Prometeu que divulgaria manifesto de um militar, mas, até agora, não vimos mais nada do que trechos sem nomes. Só a patente: general. Que general? Claro que compreendemos que seja possivelmente delicada, devido as singularidades da hierarquia da caserna, a publicação do nome. Mas, convenhamos: é problemático se levar em conta algo sem assinatura.

Mas... Vejamos a seguir a mais recente publicação do “Alerta Total”. O conteúdo é grave. Vamos ver no que isso vai dar. Teoricamente, concordo com tudo que foi dito. Mas, tenho dúvidas se os militares que concordam ou ratificam o que foi dito realmente estejam convencidos de se exporem. Confiram a seguir apenas trechos da matéria:




"Exclusivo – Durante a elaboração da Estratégia Nacional de Defesa, as deliberações políticas não foram discutidas com as Forças Armadas, em especial com os integrantes do Alto Comando do Exército, Marinha e Aeronáutica.


“Este fato levou a inclusão de medidas, algumas utópicas, outras inexeqüíveis, que ferem princípios, contrariam a Constituição Federal e afastam ainda mais os chefes militares das decisões de alto nível, o que poderá trazer conseqüências negativas para o futuro das instituições militares no Brasil, comprometendo, em conseqüência, o sistema de defesa nacional”.
A crítica direta e objetiva à END (será o FIM?) está registrada em uma segunda “Apreciação”, feita por um General de Quatro Estrelas. O documento de oito folhas, redigido em 3 de fevereiro, será discutido amanhã na reunião dos 16 Oficiais Generais do Alto Comando do Exército, no Forte Apache, em Brasília. Ontem, o Alerta Total revelou, com exclusividade, o teor de outro texto, também escrito por um General de Exército da Ativa, que será debatido na reunião, que promete ser quente. Reveja: The END: Generais escrevem dossiês para mostrar falhas e reais intenções da Estratégia Nacional de Defesa


A exemplo da “Apreciação” divulgada ontem, o General de Exército critica a END na proposta de unificação das operações das três Forças, na reestruturação do Estado Maior da Defesa como Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, o poder de direção do ministério sobre as Forças Armadas e a possibilidade de ocupação de cargos de secretários do MD, por militares ou civis, a critério de escolha do ministro da pasta.


“Inicialmente, fica difícil visualizar uma unificação das operações, uma vez que as Forças possuem características de emprego muito específicas. O que deve ocorrer á a unidade de comando, quando no Teatro de Operações estiverem presentes mais de uma Força. Neste caso, existe a necessidade de ser designado um Comandante e um Estado-Maior Conjunto para coordenar as ações no TO. Ocorre que, em inúmeras ocasiões, são realizadas operações essencialmente terrestres, onde não haverá a participação do componente naval”.


O General lembra em seu texto que “as Forças Armadas são instituições nacionais permanentes integrantes do aparelho do Estado brasileiro, sob a autoridade suprema do Presidente da República, o qual é eleito para o período certo e determinado pela Constituição Federal. Por outro lado, o Ministro da Defesa é um cargo de escolha política, cujo desempenho tem duração indeterminada, podendo o seu detentor ser substituído diversas vezes durante um mandato presidencial”.


Na conclusão, o General antevê problemas:


“Após análise dos principais aspectos de interesse da Força Terrestre constantes da Estratégia Nacional de Defesa, constata-se que sua implementação da forma como está ocasionará danos de difícil reparação, os quais poderão redundar em significativo comprometimento do sistema de defesa nacional”.


Imprudência indesejável


O General não considera prudente submeter, a critério político, a nomeação de Comandantes de Forças, a nomeação de Oficiais-Generais e a promoção destes para os cargos que lhes são privativos.O militar de Quatro Estrelas adverte que, se a indicação dos Comandantes partir do Ministro da Defesa, haverá “provável instabilidade no exercício do cargo de Comandante, pois sempre que por uma decisão política o Ministro da Defesa for substituído, isso acarretará também a substituição do Comandante da Força”.


O General faz uma previsão sombria, se a proposta da END for adotada:


“No futuro, poderá vir a ocorrer interferência indesejável em relação à promoção de oficiais-generais e ao preenchimento de cargos privativos destes, cujo processo atual baseia-se na competência profissional e na necessidade da Força e não sofre nenhuma ingerência externa”.

“Em relação à minimização da estratégia de presença, verifica-se que será relegado ao segundo plano o papel histórico do Exército Brasileiro como principal vetor de integração nacional”.E acrescenta: “A retirada dos grandes centros irá reduzir ainda mais a nossa capacidade de indução, já diminuída com a criação do Ministério da Defesa, que excluiu a presença dos chefes militares na mesa da mais alta decisão do País”.

“Para o Exército, além de não prever um projeto de modernidade, o plano é vago e concentra-se na complementação do módulo brigada, o que ainda não foi obtido nos dias atuais pela insuficiência crônica de recursos orçamentários, não representando nenhum ganho tecnológico que já não tenha sido obtido”.

“Ainda com relação aos projetos estabelecidos pela END, verifica-se que muitos são inviáveis devido ao custo altamente elevado para sua implantação”.

“Um exemplo deste fato foi a recente aquisição de helicópteros pelo MD e a sua distribuição pelas Forças. O Exército possui muitas outras prioridades e não se cogitava a compra de helicópteros no momento. Além disso, a manutenção das referidas aeronaves trarão um custo logístico que não estava programado no orçamento da Força”.

“Não existem nos editais de concursos dessas escolas nenhuma cláusula excludente de classes sociais menos favorecidas. O termo “classe trabalhadora” (item 23 das Diretrizes) inserido na END necessita de um maior esclarecimento, pois a sociedade brasileira não é dividida em castas, como ocorre em outras culturas”.“Isto poderá acarretar um viés político, com uma possível adoção das chamadas cotas – já adotadas em algumas instituições de nível superior do País”."

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