quarta-feira, 11 de março de 2009

Carlos Chagas

Pesquisas são pequisas

Millor Fernandes escreveu décadas atrás, no inesquecível "Pif-Paf", que para uns as estatísticas provam tudo, mas, para outros, não provam nada. Naqueles idos não se falava em pesquisas de opinião, mas o sentido era o mesmo.
Aguarda-se com ansiedade uma nova rodada de consultas populares a respeito da sucessão presidencial do ano que vem. A tendência é de que Dilma Rousseff suba um pouco mais em seus percentuais. Tinha oito, passou para treze e agora é capaz de alcançar mais de quinze por cento das preferências.
Para o governo, será sinal de uma curva ascendente, o que é verdade. Para as oposições, também verdadeira, a evidência da impossibilidade de a candidata encostar-se a José Serra, superando os 40%.
As pesquisas são pagas, com uma exceção maior, para o Datafolha, mas, mesmo pretendendo agradar ao freguês, que tem sempre razão, os institutos não podem distanciar-se muito, nem por muito tempo, dos números reais. Devem prevenir-se para as próximas consultas ou as próximas eleições. Por tudo isso, convém aguardar. Seria esperar demais que todas as pesquisas fossem divulgadas. Algumas são secretas, apenas para orientação de quem as encomendou. Como aquelas que circulam por aí com a pergunta fundamental que ninguém faz de público, mas ultrapassam todas as outras: "Votaria no presidente Lula para um terceiro mandato, se a Constituição permitisse?"
Leia mais...

Nenhum comentário:

Postar um comentário