Enquanto o Príncipe Charles vem pressionar o Brasil sobre questões ambientais, veja o que rola entre os canalhas do sistema de poder anglo-norte-americano...E amanhã vai ter deputado e senador fazendo apologia ao príncipe corno em plenário. Pode? Vejam o editorial do portal "Alerta Total"...
EUA e Reino Unido pintam de verde a "relação especial"
(Alerta em Rede) - As agendas do presidente estadunidense Barack Obama e do premier britânico Gordon Brown para combater a crise global fazem grandes concessões aos interesses que controlam o ambientalismo internacional, sendo a promoção das chamadas "tecnologias verdes" um dos principais itens da pauta em torno da qual Brown pretende apresentar uma posição comum na vindoura cúpula do G-20 em Londres, em 2 de abril. Tal impulso reflete primariamente a intenção daqueles círculos do Establishment anglo-americano de utilizar a crise econômico-financeira para viabilizar a implementação de estruturas de "governo mundial" - enquanto se fazem grandes negócios com os chamados "créditos de carbono".Em seu discurso no Congresso, na semana passada, no qual apresentou a sua proposta de orçamento para os próximos dez anos, Obama propôs um plano para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no país, baseado no esquema de "créditos de carbono" conhecido como cap-and-trade (literalmente, limitar e negociar). Pela proposta, seriam emitidas licenças para a emissão de gases de efeito estufa, as quais seriam leiloadas entre operadores de usinas termelétricas, plantas industriais e outros agentes emissores a serem designados. Os recursos arrecadados seriam distribuídos entre a população, "para ajudar a transição rumo a uma economia de energia limpa", devendo, supostamente, ser empregados na aquisição de produtos mais eficientes em termos energéticos.Por sua vez, Brown, que se reuniu com Obama na segunda-feira 2 de março, tem nas "tecnologias verdes" uma peça fundamental do "New Deal Global" que está propondo como saída para a crise. Em um artigo publicado no The Sunday Times de 1º. de março, no qual alardeia as responsabilidades globais da "relação especial" entre os dois países, o premier destaca o tema:
"Agora, nesta geração, nós devemos renovar outra vez o nosso trabalho comum. O mundo enfrenta um novo conjunto de desafios, que reforça a necessidade de uma parceria de propósitos que deve envolver todo o mundo. A reconstrução da estabilidade financeira global é um desafio global que necessita de soluções globais. Entretanto, a instabilidade financeira é apenas um dos desafios trazidos pela globalização. A nossa tarefa ao trabalhar juntos é assegurar uma recuperação de alto crescimento e baixos níveis de carbono, levando a sério o desafio global das mudanças climáticas. (...)Eis porque o presidente Obama e eu discutiremos esta semana um New Deal global, cujo impacto possa estender-se desde as aldeias da África à reforma das instituições financeiras de Londres e Nova York - e dar segurança às famílias que trabalham duro em cada país. É um New Deal global que irá lançar as bases, não só para uma recuperação econômica sustentável, mas para uma era genuinamente nova de parcerias internacionais em que todos os países tenham um papel a desempenhar. (...)"
A convergência de agendas entre os dois mandatários não é casual, mas reflete em grande medida a influência sobre ambos de um importante segmento do Establishment anglo-americano que tem no ambientalismo radical um dos seus principais instrumentos políticos. O principal porta-voz desses interesses é o ex-vice-presidente Al Gore, que também não por acaso tem estreitos vínculos com os dois governantes. Em 2006, Gore foi nomeado por Brown, ainda ministro das Finanças do Governo Tony Blair, "conselheiro especial para mudanças climáticas", condição que ainda ocupa.Em tal condição, em março de 2007, Gore fez um périplo por vários países europeus, para convencer investidores diversos, inclusive gestores de fundos de pensão, a investir no mercado de créditos de carbono. Na ocasião, o jornal alemão Die Welt observou, com propriedade: "A questão climática gera finalmente o tal estado de emergência que extremistas de direita e de esquerda, bem assim como amigos ecologistas de Carl Schmitt, gostariam de conseguir."Como se recorda, Carl Schmitt (1888-1985) foi o jurista e ideólogo do regime de Adolf Hitler, que justificou as "medidas de emergência" utilizadas pelo Führer para assumir o poder supremo na Alemanha, em 1933.Por outro lado, a influência de Gore nos círculos de Obama é igualmente visível. Em novembro de 2008, após a vitória do candidato democrata, Gore escreveu um artigo intitulado "Soluções para clima e economia andam juntas", o qual foi publicado em vários jornais de todo o mundo, inclusive O Estado de S. Paulo (16/11/2008). No texto, um eufórico Gore propunha uma revolução tríplice para solucionar as crises econômica e climática e assegurar a segurança energética em todo o planeta. O vetor da "revolução" seria a execução imediata de um plano energético em cinco etapas, para substituir "as tecnologias energéticas do século XIX, que dependem de combustíveis perigosos e caros de matriz carbônica, pelas tecnologias do século XXI, que utilizam combustível gratuito e abundante: o sol, o vento e o calor natural da Terra".Em um assomo de delírio, Gore chega a comparar tal iniciativa ao Projeto Apolo do presidente John Kennedy (1961-63).Em uma entrevista publicada na Folha de S. Paulo de 18 de novembro, o jurista Daniel Esty, assessor de Obama, praticamente endossa as considerações de Gore sobre a tríplice revolução:
"Creio que o povo americano está pronto para uma mudança, para um futuro de energia limpa, por múltiplas razões... o público americano não tinha uma idéia clara do quadro das mudanças climáticas até recentemente... Em termos de segurança, existe também uma frustração com a situação no Iraque e no Oriente Médio. E o público americano concluiu que uma economia de combustíveis fósseis significará mais do mesmo. Há um terceiro elemento nesta lógica: o povo americano implora por uma nova economia, que criará novos empregos".
O problema é que por trás do que Gore e seus seguidores denominam eufemisticamente "tecnologias do século XXI", está a intenção de substituir a atual matriz energética mundial - na qual nada três quartos do consumo de energia são providos pelos combustíveis fósseis - por um pacote de tecnologias "alternativas" e de baixa densidade energética, cuja adoção generalizada implicaria em um grave retrocesso tecnológico e no aprofundamento da crise global que tais círculos criaram e alegam enfrentar.
EUA e Reino Unido pintam de verde a "relação especial"
(Alerta em Rede) - As agendas do presidente estadunidense Barack Obama e do premier britânico Gordon Brown para combater a crise global fazem grandes concessões aos interesses que controlam o ambientalismo internacional, sendo a promoção das chamadas "tecnologias verdes" um dos principais itens da pauta em torno da qual Brown pretende apresentar uma posição comum na vindoura cúpula do G-20 em Londres, em 2 de abril. Tal impulso reflete primariamente a intenção daqueles círculos do Establishment anglo-americano de utilizar a crise econômico-financeira para viabilizar a implementação de estruturas de "governo mundial" - enquanto se fazem grandes negócios com os chamados "créditos de carbono".Em seu discurso no Congresso, na semana passada, no qual apresentou a sua proposta de orçamento para os próximos dez anos, Obama propôs um plano para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no país, baseado no esquema de "créditos de carbono" conhecido como cap-and-trade (literalmente, limitar e negociar). Pela proposta, seriam emitidas licenças para a emissão de gases de efeito estufa, as quais seriam leiloadas entre operadores de usinas termelétricas, plantas industriais e outros agentes emissores a serem designados. Os recursos arrecadados seriam distribuídos entre a população, "para ajudar a transição rumo a uma economia de energia limpa", devendo, supostamente, ser empregados na aquisição de produtos mais eficientes em termos energéticos.Por sua vez, Brown, que se reuniu com Obama na segunda-feira 2 de março, tem nas "tecnologias verdes" uma peça fundamental do "New Deal Global" que está propondo como saída para a crise. Em um artigo publicado no The Sunday Times de 1º. de março, no qual alardeia as responsabilidades globais da "relação especial" entre os dois países, o premier destaca o tema:
"Agora, nesta geração, nós devemos renovar outra vez o nosso trabalho comum. O mundo enfrenta um novo conjunto de desafios, que reforça a necessidade de uma parceria de propósitos que deve envolver todo o mundo. A reconstrução da estabilidade financeira global é um desafio global que necessita de soluções globais. Entretanto, a instabilidade financeira é apenas um dos desafios trazidos pela globalização. A nossa tarefa ao trabalhar juntos é assegurar uma recuperação de alto crescimento e baixos níveis de carbono, levando a sério o desafio global das mudanças climáticas. (...)Eis porque o presidente Obama e eu discutiremos esta semana um New Deal global, cujo impacto possa estender-se desde as aldeias da África à reforma das instituições financeiras de Londres e Nova York - e dar segurança às famílias que trabalham duro em cada país. É um New Deal global que irá lançar as bases, não só para uma recuperação econômica sustentável, mas para uma era genuinamente nova de parcerias internacionais em que todos os países tenham um papel a desempenhar. (...)"
A convergência de agendas entre os dois mandatários não é casual, mas reflete em grande medida a influência sobre ambos de um importante segmento do Establishment anglo-americano que tem no ambientalismo radical um dos seus principais instrumentos políticos. O principal porta-voz desses interesses é o ex-vice-presidente Al Gore, que também não por acaso tem estreitos vínculos com os dois governantes. Em 2006, Gore foi nomeado por Brown, ainda ministro das Finanças do Governo Tony Blair, "conselheiro especial para mudanças climáticas", condição que ainda ocupa.Em tal condição, em março de 2007, Gore fez um périplo por vários países europeus, para convencer investidores diversos, inclusive gestores de fundos de pensão, a investir no mercado de créditos de carbono. Na ocasião, o jornal alemão Die Welt observou, com propriedade: "A questão climática gera finalmente o tal estado de emergência que extremistas de direita e de esquerda, bem assim como amigos ecologistas de Carl Schmitt, gostariam de conseguir."Como se recorda, Carl Schmitt (1888-1985) foi o jurista e ideólogo do regime de Adolf Hitler, que justificou as "medidas de emergência" utilizadas pelo Führer para assumir o poder supremo na Alemanha, em 1933.Por outro lado, a influência de Gore nos círculos de Obama é igualmente visível. Em novembro de 2008, após a vitória do candidato democrata, Gore escreveu um artigo intitulado "Soluções para clima e economia andam juntas", o qual foi publicado em vários jornais de todo o mundo, inclusive O Estado de S. Paulo (16/11/2008). No texto, um eufórico Gore propunha uma revolução tríplice para solucionar as crises econômica e climática e assegurar a segurança energética em todo o planeta. O vetor da "revolução" seria a execução imediata de um plano energético em cinco etapas, para substituir "as tecnologias energéticas do século XIX, que dependem de combustíveis perigosos e caros de matriz carbônica, pelas tecnologias do século XXI, que utilizam combustível gratuito e abundante: o sol, o vento e o calor natural da Terra".Em um assomo de delírio, Gore chega a comparar tal iniciativa ao Projeto Apolo do presidente John Kennedy (1961-63).Em uma entrevista publicada na Folha de S. Paulo de 18 de novembro, o jurista Daniel Esty, assessor de Obama, praticamente endossa as considerações de Gore sobre a tríplice revolução:
"Creio que o povo americano está pronto para uma mudança, para um futuro de energia limpa, por múltiplas razões... o público americano não tinha uma idéia clara do quadro das mudanças climáticas até recentemente... Em termos de segurança, existe também uma frustração com a situação no Iraque e no Oriente Médio. E o público americano concluiu que uma economia de combustíveis fósseis significará mais do mesmo. Há um terceiro elemento nesta lógica: o povo americano implora por uma nova economia, que criará novos empregos".
O problema é que por trás do que Gore e seus seguidores denominam eufemisticamente "tecnologias do século XXI", está a intenção de substituir a atual matriz energética mundial - na qual nada três quartos do consumo de energia são providos pelos combustíveis fósseis - por um pacote de tecnologias "alternativas" e de baixa densidade energética, cuja adoção generalizada implicaria em um grave retrocesso tecnológico e no aprofundamento da crise global que tais círculos criaram e alegam enfrentar.
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