terça-feira, 3 de março de 2009

Genocídio

Da responsabilidade coletiva do povo de Israel

As novas atrocidades cometidas pelo estado judeu colocam questões candentes. O bombardeamento indiscriminado da população de Gaza pelos caças F-16 da entidade sionista até agora já provocou quase 300 mortos e 900 feridos. Isto vem na seqüência de um sitiamento prolongado, em que se priva aquela população de alimentos, combustíveis e medicamentos. A palavra genocídio tem razão de ser. Ele está sendo aplicado sistematicamente há anos. É um genocídio em câmara lenta. A cumplicidade/passividade da União Européia e dos governos de muitos países árabes (a começar pelo do Egito) é notória. Mas acima de tudo é triste a conivência de grande parte dos cidadãos de Israel. Na década de 1930 o cidadão médio da Alemanha podia alegar desconhecimento dos crimes perpetrados pelo nazismo. O aparelho de propaganda hitleriano jamais mencionava o holocausto em curso. A existência dos campos de concentração e dos fornos crematórios era cuidadosamente escondida. A mídia Alemanha nazi nunca mencionava a existência de tais infâmias. E o que se passa hoje em Israel? Os crimes do estado sionista são bem conhecidos. A realidade do apartheid é evidente para todos, basta olhar as muralhas que esquartejam a Palestina. Os assassinatos das polícias políticas de Israel são (em parte) divulgados. As 100 toneladas de bombas já despejadas sobre a população indefesa de Gaza são anunciadas nos jornais israelenses. As perseguições ao espoliado povo palestino (10 mil palestinos presos) são notórias. Por isso – ao contrário do povo alemão dos anos 30-40 – o povo de Israel não pode alegar ignorância. Assim, excetuando as forças democráticas e progressistas (como o
PCI, o Hadash e algumas personalidades dignas) deve-se colocar o problema da responsabilidade coletiva dos cidadãos israelenses que permanecem passivos ou dão apoio (inclusive com o seu voto) a um governo que comete tais atrocidades. O repúdio à barbárie nazi-sionista deve ser universal. As manifestações contra o massacre já começaram nos EUA e em outros países. O apelo ao boicote a Israel e ao desinvestimento deve transformar-se em realidade.

Informações do
http://www.resistir.info/

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