A semana vai terminar marcada pela constituição da CPI da Petrobrás. A próxima, provavelmente, começará terça-feira com a instalação dos trabalhos. O presidente Lula gastou horas e dias de preocupação, reuniu-se mil vezes com auxiliares, ministros e líderes de partidos da base oficial, assustado com a possibilidade de seu governo desmoronar a partir de depoimentos, denúncias e revelações referentes aos intestinos da maior empresa nacional. Com todo o respeito, foi e poderá continuar sendo tempo perdido. Menos pela blindagem efetuada na CPI, plena de governistas empedernidos, mais porque em momento algum a Petrobrás sofrerá abalos fundamentais. Se determinadas facilidades foram praticadas em favor do PT e afins, se o auxilio a algumas ONGs fajutas extrapolou dos cuidados da boa administração, mal nenhum fluirá de sua exposição. Pelo contrário, poderão ser adotados cuidados maiores para o futuro. A Petrobrás é maior do que seus dirigentes, ultrapassa de muito a biografia de Sérgio Gabrielli e os demais diretores. A menos que no bojo das investigações venha a emergir o inimaginável, que se existisse já teria sido exposto há muito tempo, a empresa nadará de braçada nesse lago plácido onde as oposições pretendem navegar. E isso por razão muito simples: fora certas publicidades exageradas e alguns favorecimentos centenários a amigos de quem está no poder, a Petrobrás é o retrato do Brasil. E o Brasil jamais irá sucumbir. A gente fica pensando se o presidente Lula não tem mais nada a fazer senão ficar vigiando a composição da CPI ou o preenchimento das funções de presidente e relator. Imaginar que a próxima sucessão presidencial venha a ser abalada por inquirições e depoimentos variados é fazer pouco da candidata Dilma Rousseff. Ou esperar muito do sobrevôo dos tucanos. No caso, a montanha acabou gerando um rato.
Leia a coluna completa do Carlos Chagas no site do Cláudio Humberto...
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