Por Jorge Serrão
Tenta-se abafar, em Brasília, o verdadeiro motivo da rejeição da brasileira Ellen Gracie Northfleet para o ambicionado cargo de membro da Corte de Apelações da Organização Mundial de Comércio. Ellen foi preterida pelo mexicano Ricardo Ramirez por causa da repercussão negativa, nos meios jurídicos internacionais, da briga pública e televisiva entre os ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, do mesmo Supremo Tribunal Federal do qual Ellen queria se aposentar precocemente.Ontem, um grande jornal tinha essa informação. Mas foi aconselhado a não publicá-la, para que não comprasse “uma briga suprema”. Também jogou contra Ellen o fato de o Brasil estar sempre em litígio com os EUA na OMC. A ministra ocuparia a vaga do também Luís Olavo Baptista. A rejeição dela atrapalhou as ambições imediatas do atual Advogado-Geral da União. José Antônio Dias Toffoli, amigo do chefão Lula, dava como certa sua indicação para o lugar de Ellen, no STF.A rejeição para a OMC foi a segunda decepção internacional de Ellen Gracie. No ano passado, ela era a preferida do chefão Lula da Silva para disputar uma vaga na Corte Internacional de Justiça, em Haia. Só que o governo brasileiro acabou indicando Antônio Augusto Cançado Trindade, que era juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Em 23 de novembro de 2000, Ellen foi indicada por Fernando Henrique Cardoso para ser a primeira mulher a fazer parte do STF brasileiro – do qual acabou presidenta no biênio 2006-2007.Agora, se não for indicada para outro cargo transnacional de grande vulto, Ellen Gracie, de 61 anos, terá de esperar mais nove, pelo menos, para se aposentar na “expulsória” (limite de 70 anos de idade) do serviço público brasileiro. Mas a atual namorada do jornalista Roberto D´Ávila, da TV Brasil, pode deixar o cargo “vitalício” no STF a hora que bem entender. Só depende da vontade dela.
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