quarta-feira, 20 de maio de 2009

Sarney ajuda o Maranhão

Soluções para enchentes no Maranhão e programa “Minha Casa” são destaques na audiência entre presidentes do Senado e da Caixa Econômica Federal

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse hoje (20), em reunião com a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, que a enchente ocorrida no Maranhão é a maior já registrada na história. No seu relato pormenorizado do drama vivido no Maranhão devido às enchentes, Sarney informou que “não há memória escrita e verbal de uma enchente dessa proporção”. Ele explicou que, como o estado é uma planície, os rios têm cursos sinuosos e a cada curva do leito forma-se uma barragem, a partir de onde as águas se espalham, inundando tudo. Cerca de 70 cidades foram afetadas pelas cheias, lementou o presidente do Senado. Cerca de 50% da população ainda vive no campo, praticando a agricultura familiar, advertiu o senador. Grande contingente dessa população rural, que tem como fonte de renda a extração vegetal ou a coleta de recursos disponíveis na natureza, como o côco babaçu, também sofre os efeitos das cheias, ressaltou Sarney.
“Grandes levas de flagelados estão indo para os centros urbanos em busca de ajuda, o que torna a fome um grave risco, principalmente porque as estradas estão interrompidas e o estado vem sendo abastecido por helicópteros apenas, pois não há outro meio de transporte”, afirmou Sarney.
Sarney referiu-se, ainda, à barragem do Rio Flores, principal afluente do Rio Mearim, construída em seu governo (1966-1970); e que ficou sete anos sem manutenção do governo do estado e teve os motores roubados. Essa omissão na manutenção da barragem, segundo o presidente do Senado, pode ter conseqüências trágicas porque as águas passam por cima das paredes e teme-se que a estrutura não resista. A presidente da CEF, Maria Fernanda Ramos Coelho, informou que o banco está ajudando o governo e o povo maranhenses. O pagamento do "Bolsa Família" foi antecipado e houve liberação do FGTS para os atingidos pela enchente, no limite de dez salários mínimos (R$ 4.650,00). Além disso, os prazos de penhora foram prorrogados por 90 dias e o comércio também ganhou tempo maior para pagamento de suas dívidas. Em entrevista coletiva, a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, afirmou, que, as ações da Caixa na área do crédito à pessoa física e o crédito à pessoa jurídica tem tido efeitos muito positivos. Ela explicou que o Programa “Minha Casa, Minha Vida” representa um investimento público para mobilizar a sociedade e os empresários garantindo emprego e renda para a população. Na Câmara dos Deputados, segundo ela, as lideranças discutem com representantes do Governo uma forma de expandir o programa. Maria Fernanda destacou que o projeto do Cadastro Positivo, que tramita no Senado, vai significar a oferta de melhores taxas no mercado financeiro. “Temos que esperar a aprovação do Senado”, lembrou a presidente da Caixa. Ela disse que a Caixa está contribuindo para garantir mais crédito para cidadão e o empresário. Cerca de dois mil projetos de interesse da Caixa tramitam no Senado, lembrou Maria Fernanda. Na visita ao presidente Sarney, Maria Fernanda, estava acompanhada pelo vice-presidente da Caixa, Fábio Lenza, e pelo assessor parlamentar, Vânio dos Santos.

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