Professores da rede pública param em todo Brasil dia 24
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) confirmou que no dia 24 deste mês haverá uma paralisação, em todo o Brasil, dos professores da rede pública. Os trabalhadores vão parar por 24 horas para exigir o cumprimento da lei que institui o piso nacional do magistério no valor de R$ 950. Alguns estados brasileiros não pagam o valor previsto pela lei, alegando que ele é inviável do ponto de vista orçamentário. Governadores de cinco estados entraram, em outubro do ano passado, com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a lei do piso. Para o secretário geral da CNTE, Denílson Costa, a argumentação dos governadores é falha. “Na própria lei do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] e na própria lei do Piso, estipulou-se que onde for comprovado que o estado e o município não têm condições financeiras de arcar com o piso do magistério, haverá esse complemento da União. E esses recursos são do próprio Fundeb, que já está destinado. Aqueles estados que tem complemento do Fundeb, com certeza absoluta terão o complemento para o pagamento desse piso. Então, não há nenhuma justificativa que um estado venha dizer que não tem condição de pagar o piso.” Denílson ainda ressaltou que a briga dos professores não será só para que seja respeitado o piso estabelecido de R$ 950. De acordo com o sindicalista, a lei prevê um reajuste do piso de acordo com o reajuste do custo-aluno, estabelecido em todo mês de janeiro pelo Fundeb. Com a atualização deste índice, a CNTE defende que o piso este ano deve ser pouco superior a R$ 1,1 mil. De São Paulo, da Radioagência NP, Vinicius Mansur.
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Enquanto a esquerda mostra-se incapaz de apresentar um programa anticapitalista, a direita apressa-se em salvar o capitalismo. O encontro do G20 ocorrido em Londres marca uma reação dos Estados nações na busca de uma solução para administrar os rombos da crise econômica. No lugar do G8 tem-se agora o G20. Muda o tamanho, mas não necessariamente os objetivos. O encontro terminou com um anúncio bombástico: "A era do segredo bancário acabou", mas na realidade pouco irá se alterar na ordem econômica internacional pós-crise. O que se decidiu em Londres foi garantir ao capital financeiro continuar a agir como tem agido nos últimos trinta anos. Ou seja, acumular lucros fabulosos nas épocas de prosperidade e contar, nas épocas de crise, com a “generosidade” do Estado. A agenda do G20 resumiu-se a propostas de reformar o FMI e o Banco Mundial que caducaram com o tamanho da crise. Por outro lado, as energias maiores do debate centraram-se em como socorrer as economias combalidas. Mais transfusão de recursos públicos para mãos privadas. A questão ambiental sequer entrou na agenda. Uma das decisões foi a de injetar mais recursos no Fundo Monetário Internacional (FMI) com a justificativa de que existem economias nacionais que necessitam urgentemente de recursos para enfrentar a crise. Essa decisão é boa para os países ricos. Para esses, fortalecer o FMI é necessário. Dessa forma, dirão que estão protegendo os pobres, mas, na verdade, ao lhes fornecer recursos para pagarem suas dívidas, estarão protegendo seus próprios bancos.
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Mantidas demissões da EMBRAER
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu manter a demissão dos 4,2 mil funcionários da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), anunciada em fevereiro deste ano. A decisão foi tomada pelo presidente do órgão, o ministro Milton de Moura França. A empresa, então, vence temporariamente a batalha que trava com os trabalhadores demitidos e com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. O caso ainda deve passar por um julgamento final ainda sem data marcada. Segundo o advogado do sindicado, Aristeu Pinto Neto, a decisão do ministro Moura França, apenas anula a aquela tomada anteriormente pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas. Nessa ocasião, a Justiça ordenou a suspensão das rescisões contratuais na Embraer, feitas sob a alegação de dificuldades financeiras decorrentes da crise econômica mundial. O julgamento final do caso deve ser feito em Brasília pela Seção de Dissídios Coletivos do TST. O parecer final caberá a um total de 12 ministros. No entanto, a decisão do TST livra a Embraer da obrigatoriedade de pagar os salários dos funcionários, referentes ao período de 19 de fevereiro, data da demissão, até o dia 13 de março, dia da última rodada de negociações. De São Paulo, da Radioagência NP, Juliano Domingues.
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Bolívia: Congresso aprova lei eleitoral e Evo encerra greve de fome
Uma nova lei eleitoral foi aprovada pelo Congresso Nacional da Bolívia nesta terça-feira (14), após uma tentativa de boicote, promovida pelos opositores do presidente Evo Morales. O processo de discussão e votação da nova lei foi interrompido desde a última quinta-feira, quando a oposição se retirou do plenário. Como forma de protesto, Morales iniciou uma greve de fome que durou seis dias. A atitude foi seguida por mais três mil pessoas na Bolívia, Argentina e Espanha. Movimentos sociais bolivianos também pressionaram os deputados pela aprovação da lei, mobilizando suas bases para marchar até a capital La Paz e se concentrar, nesta terça, na Praça Murillo, ao lado do Congresso. O acordo para a votação aconteceu depois que um grupo de trabalho, formado pelas quatro forças políticas representadas no legislativo, definiu que a lei eleitoral incluiria a elaboração de um sistema eleitoral mais seguro às fraudes, a possibilidade de voto para os bolivianos que estão no exterior e a presença indígena na futura Assembleia Plurinacional – nome dado ao Congresso a partir da eleição.
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Mais de cem hospitais de São Paulo têm irregularidades no controle a infecção
Mais de cem hospitais do estado de São Paulo têm algum tipo de irregularidade quanto ao controle de infecção hospitalar. A relação das instituições foi divulgada pelo Ministério Público paulista nesta segunda-feira (13). O estudo, feito em parceria com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), analisou hospitais públicos e privados, entre outubro de 2007 e janeiro de 2008.Foram encontrados problemas na área do combate a infecção em hospitais como a Santa Casa de São Carlos (São Carlos), o Hospital Guilherme Álvaro (Santos), o Hospital Barueri (Osasco) e o Centro de Referência de Saúde da Mulher Pérola Byington (São Paulo).Agora, o Ministério Público pretende encaminhar para os promotores de cada cidade a lista com os respectivos hospitais com irregularidades. O objetivo é fazer com que cada hospital receba uma notificação ou até mesmo seja processado.De São Paulo, da Radioagência NP, Desirèe Luíse.
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Governo pode rever plano de instalação de termoelétricas
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, pretende rever o projeto de instalação de novas termoelétricas. A proposta está sendo debatida junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Uma instrução normativa pode obrigar os responsáveis pelos novos projetos de termoelétricas a óleo combustível e a carvão a adotar medidas que visem diminuir as emissões de dióxido de carbono (CO2) – gás causador do efeito estufa. A meta de expansão do número de termoelétricas faz parte do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDEE). Nele consta o planejamento dos investimentos do governo federal em energia nos próximos dez anos.
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Redação: Danilo Augusto, Desirèe Luíse, Juliano Domingues e Vinicius Mansur.
Comentaristas: Ariovaldo Umbelino, Cesar Sanson, Guilherme Delgado e Roberta Traspadini.
Tradução em espanhol:Silvia Beatriz Adoue e Rafael Gatuzzo Barbieri
Colaboração:Raquel Casiraghi (RS) e Camila Figueiredo (PE).Correspondente internacional:Daniel Cassol (Paraguai), Marjorie Ribeiro (Argentina), Morena Madureira (Inglaterra)
Sonoplastia:Adilson Oliveira e Jorge Mayer
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