Os verdadeiros e os falsos problemas ambientais
Por Fábio Bittencourt (*)
Certas ONGs políticas transnacionais parecem não ligar para os verdadeiros problemas ambientais que atingem a população brasileira. Na verdade, esses grupos acabam contribuindo para atravancar nosso desenvolvimento econômico e social, além de, paradoxalmente, contribuir para piorar a qualidade do meio ambiente.
(...)
As prioridades da agenda ambientalista
Basta entrar no site de qualquer das ONGs supracitadas para conferir quais são suas prioridades. Por exemplo, o Greenpeace: http://www.greenpeace.com.br/ . Há alguma campanha sobre saneamento lá? Sobre tratamento de água? Ciclovias? Metrô? Lixões a céu aberto? Programas de coleta seletiva? Ou mesmo campanhas comunitárias para não se jogar lixo nas praias? Não. E por quê? Porque a agenda deles é feita na Rua Ottho Heldring, 1066, endereço de sua sede internacional, em Amsterdã, na Holanda. Eles não priorizam os problemas brasileiros, mas apenas os problemas percebidos lá no Primeiro Mundo, que é onde está a maior parte de seu financiamento. Para os europeus, há uma percepção maior da importância de evitar a derrubada de uma árvore na Amazônia que da importância de colocar um vaso sanitário ou uma torneira com água potável na casa de um brasileiro.
Os países da Europa e da América do Norte desmataram e poluíram para conseguir chegar a seus altos níveis de IDH atuais. Seu desenvolvimento econômico e social foi feito sob uma renúncia ambiental. Mas os países da América do Sul, da África e do Sul Asiático ainda estão correndo atrás do prejuízo, com uma população ávida por melhores condições de vida, renda, educação, saúde, segurança, justiça. Crescimento econômico e obras de infraestrutura são pré-requisitos necessários para atingir tais metas. Esses podem até não ser os únicos requisitos para atingí-las, mas são inegavelmente necessários! E também implicam em renúncias ambientais. Por isso o atual governo brasileiro, além de promover programas sociais, também promove o PAC.
Obviamente, não precisamos copiar toda a destruição e poluição que os países do Norte promoveram. O progresso brasileiro do século XXI já está dentro de uma série de conceitos modernos de desenvolvimento sustentável, que o Primeiro Mundo não precisou obedecer ao industrializar-se. Isso fica claro ao vermos, por exemplo, que mais de 69,4% das florestas primitivas brasileiras ainda estão intactas, um índice altíssimo, principalmente frente aos pífios 0,3% remanescentes atuais da cobertura vegetal original da Europa, conforme mostrado em estudo da Embrapa [6].
As ONGs hoje têm um papel fundamental nas decisões e nos rumos da nossa sociedade. Algumas delas têm sido importantes para cobrar mais transparência de governos e de empresas. Mas devemos sempre nos questionar sobre qual é a legitimidade de alguns desses grupos, que adotam uma ideologia originária de países que já mitigaram as mazelas da pobreza, que têm financiamento majoritariamente externo, que fazem campanhas que batem de frente com a indústria, a agropecuária e a tecnologia nacionais, mas que não se atentam aos grandes problemas ambientais do país. Afinal, pimenta nos olhos dos outros é refresco.
Por Fábio Bittencourt (*)
Certas ONGs políticas transnacionais parecem não ligar para os verdadeiros problemas ambientais que atingem a população brasileira. Na verdade, esses grupos acabam contribuindo para atravancar nosso desenvolvimento econômico e social, além de, paradoxalmente, contribuir para piorar a qualidade do meio ambiente.
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As prioridades da agenda ambientalista
Basta entrar no site de qualquer das ONGs supracitadas para conferir quais são suas prioridades. Por exemplo, o Greenpeace: http://www.greenpeace.com.br/ . Há alguma campanha sobre saneamento lá? Sobre tratamento de água? Ciclovias? Metrô? Lixões a céu aberto? Programas de coleta seletiva? Ou mesmo campanhas comunitárias para não se jogar lixo nas praias? Não. E por quê? Porque a agenda deles é feita na Rua Ottho Heldring, 1066, endereço de sua sede internacional, em Amsterdã, na Holanda. Eles não priorizam os problemas brasileiros, mas apenas os problemas percebidos lá no Primeiro Mundo, que é onde está a maior parte de seu financiamento. Para os europeus, há uma percepção maior da importância de evitar a derrubada de uma árvore na Amazônia que da importância de colocar um vaso sanitário ou uma torneira com água potável na casa de um brasileiro.
Os países da Europa e da América do Norte desmataram e poluíram para conseguir chegar a seus altos níveis de IDH atuais. Seu desenvolvimento econômico e social foi feito sob uma renúncia ambiental. Mas os países da América do Sul, da África e do Sul Asiático ainda estão correndo atrás do prejuízo, com uma população ávida por melhores condições de vida, renda, educação, saúde, segurança, justiça. Crescimento econômico e obras de infraestrutura são pré-requisitos necessários para atingir tais metas. Esses podem até não ser os únicos requisitos para atingí-las, mas são inegavelmente necessários! E também implicam em renúncias ambientais. Por isso o atual governo brasileiro, além de promover programas sociais, também promove o PAC.
Obviamente, não precisamos copiar toda a destruição e poluição que os países do Norte promoveram. O progresso brasileiro do século XXI já está dentro de uma série de conceitos modernos de desenvolvimento sustentável, que o Primeiro Mundo não precisou obedecer ao industrializar-se. Isso fica claro ao vermos, por exemplo, que mais de 69,4% das florestas primitivas brasileiras ainda estão intactas, um índice altíssimo, principalmente frente aos pífios 0,3% remanescentes atuais da cobertura vegetal original da Europa, conforme mostrado em estudo da Embrapa [6].
As ONGs hoje têm um papel fundamental nas decisões e nos rumos da nossa sociedade. Algumas delas têm sido importantes para cobrar mais transparência de governos e de empresas. Mas devemos sempre nos questionar sobre qual é a legitimidade de alguns desses grupos, que adotam uma ideologia originária de países que já mitigaram as mazelas da pobreza, que têm financiamento majoritariamente externo, que fazem campanhas que batem de frente com a indústria, a agropecuária e a tecnologia nacionais, mas que não se atentam aos grandes problemas ambientais do país. Afinal, pimenta nos olhos dos outros é refresco.
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