quinta-feira, 9 de abril de 2009

Resultados da Era Roseana no Maranhão começam a ser reconhecidos nacionalmente

Do Blog do Marco Aurélio D`eça

A Fundação Getúlio Vargas divulgou na semana passada o primeiro resultado do Indicador de Desenvolvimento Sócio Econômico (IDSE), que mostra o avanço dos estados brasileiros. O Maranhão aparece em terceiro lugar entre os que mais se desenvolveram, resultado, segundo o estudo, de investimentos iniciados há oito anos - ou seja, ainda no governo de Roseana Sarney (PMDB).
O IDSE analisou o desenvolvimento dos estados entre os anos de 2001 (penúltimo ano do governo Roseana) a 2007 (início do governo Jackson Lago (PDT)) e os comparou em relação a São Paulo, o mais avançado.
O Maranhão avançou 15,8% em relação a São Paulo - perdendo apenas para Tocantins e Bahia -, graças a investimentos em saneamento básico e abastecimento d’água - exatamente as principais obras do governo Roseana.
Segundo a reportagem da própria revista Veja sobre o assunto (e o “próprio” aqui é posto para sublinhar o fato de ser a Veja uma das mais duras adversárias da família Sarney na imprensa nacional) “o Maranhão obteve avanços também no saneamento básico graças à expánsão da água encanada às cidades do interior e à construção de duas estações de tratamento (as primeiras do estado)”.

A revista faz questão de não citar, mas as duas estações foram obras da então governadora Roseana Sarney. E a expansão da água encanada para o interior, iniciou-se em seu governo, com os programas “Comunidade Viva” e “Projeto Alvorada”, em parceria com o governo federal e o Bird.


Infelizmente, o governo seguinte, de José Reinaldo Tavares (PSB), preferiu fazer política a continuar a obra de Roseana e atravancou o desenvolvimento, subutilizando, inclusive, as estações de tratamento. O governo Jackson, nem se fala… é nulo em realizações.
Tanto que a Veja - repita-se, a maior adversária dos Sarney na imprensa - adverte: “entretanto, o progresso (no Maranhão) ainda é timido: as estações de tratamento funcionam com 10% da sua capacidade e tratam o esgoto de 15% da capital, São Luís”.
As estações foram projetadas por Roseana para atender toda a cidade e foram entregues a José Reinaldo prontas para operar. No governo Jackson, até a Caema foi sucateada, que dirá as estações.

Dois pontos se destacam neste estudo da Fundação Getúlio Vargas:

1) - quando se faz um trabalho sério, pensando no desenvolvimento, cedo ou tarde ele começa a ser reconhecido até pelos adversários mais enpedernidos;
2) - é fundamental a continuidade dos métodos de gestão de um bom governante, como Roseana, para que o progresso se estabeleça; quando isso é quebrado, faz-se necessário começar tudo de novo.
Roseana bem que tentou dar continuidade à sua obra. Infelizmente, as traições e a corrupção eleitoral interromperam este ciclo.
Que agora terá de recomeçar do zero…
leia aqui a matéria completa de Veja
A foto acima é da estação de tratamento do Bacanga

Meu comentário:

Mas eu acrescentaria outros dados muito importantes e mais detalhados (do PNUD/IPEA) do que o demonstrado pela “Veja”. Confira:

Roseana, mesmo tendo recebido menos recursos do governo federal nos quatro anos do seu último mandato, do que José Reinaldo (apenas nos três anos de seu "governo"), os resultados práticos da gestão Roseana são impressionantes, principalmente na área da educação, que é a mais importante quando se tem uma preocupação com a questão social. Pelos relatórios publicados pelo PNUD/IPEA, facilmente acessados pela Internet, no que se refere aos gastos totais com “Educação e Cultura”, de 1995 a 2002, período que correspondente aos dois mandatos da governadora Roseana Sarney, em valores da época, o Maranhão chegou muito próximo da universalização no atendimento do ensino fundamental, pois 96% das crianças de 7 a 14 anos passaram a freqüentar a escola. No Ensino Médio, o estado conseguiu uma expansão nunca antes registrada, quando a oferta de vagas foi dobrada no período. O número médio de anos de estudo, para a população acima de 25 anos no Maranhão, em 1995, quando Roseana Sarney iniciou o seu primeiro mandato, era de 3,2 anos. Em 2003, quando terminou o segundo mandato, já era de 4,3 anos de freqüência em salas de aula. Portanto, houve um aumento de 1,1 ano no período – índice maior do que a média de crescimento do Nordeste, que foi de 0,93 ano estudado. Em todo o Brasil, o Maranhão da “oligarca” Roseana ficou atrás apenas de Sergipe, que teve um crescimento de 1,32 ano de estudo.Quanto à urbanização, por outro lado, Roseana também se destacou bastante. Pelo percentual de pessoas que vivem em domicílios urbanos com serviço de coleta de lixo, um excelente termômetro para se averiguar a preocupação dos governos em investir em infra-estrutura para saneamento básico e saúde pública, no Maranhão, em 1991, era de apenas 26,32% da população, passando para 53,25% no ano 2000, um aumento de 26,93%. Foi o estado que mais cresceu não só no Nordeste, mas em todo o País, neste aspecto. No Amazonas, por exemplo, com uma população concentrada em Manaus, a expansão foi muito inferior no mesmo período, saltando de 60,02% para 78,23%, um acréscimo de apenas 9,87%.Assim como na coleta de lixo e no caso do tratamento de esgoto, na escala convencionada pelo IPEA, de 0 a 1, verificando-se o percentual da população que vive em domicílios com abastecimento adequado de água, o Maranhão evoluiu de 0,31%, em 1995, quando Roseana Sarney assumiu seu primeiro mandato, para 0,54% no final de seu segundo mandato, em 2003, uma melhoria de 0,23%. Foi o terceiro maior aumento entre todas as unidades federativas. Perdeu apenas para o Ceará e o Tocantins. O Ceará, um dos estados que mais recebeu ajuda federal nos anos 90, passou de 0,45% em 1995 para 0.70% em 2003, uma melhoria de 0,25%, pouco mais do que o Maranhão.Pelos percentuais de pessoas ocupadas com carteira de trabalho assinada, segundo dados do IPEA, no período compreendido entre 1995 e 2002, o Maranhão passou de 0,29% em 1995, para 0,36% em 2002, tendo um aumento de 0,12%, disparadamente o melhor resultado de todo o Brasil no período - a média brasileira é de 0,04%. Está tudo nos sites do PNUD e IPEA. É só conferir.

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