domingo, 26 de julho de 2009

Giro pela Notícia...

O crash de 2010
Por Guilherme da Fonseca-Statter [*]

Para quem se tenha habituado a ver, estudar e compreender as coisas da sociedade em geral e da economia em particular, através das ferramentas analíticas desenvolvidas a partir de Marx, é extremamente difícil fazer uma leitura desprendida do livro de Santiago Becerra, "El Crash del 2010 – Toda la verdad sobre la crisis" [1] O livro está escrito numa linguagem escorreita e fluída, em estilo jornalístico e sem grandes problemas de leitura. Fez-me lembrar os dois ou três livros de Jacques Attali que até hoje tive coragem para ler. Utilizando aqui uma imagem popular, no entanto mais aplicável a Attali do que a este livro de Becerra, poderá a esse respeito dizer-se que há nesses escritos "muita parra e pouca uva". Tendo dito isto, importa fazer agora uma análise crítica do seu conteúdo substantivo. Relativamente ao modo de ver as coisas do mundo da economia, torna-se claro que o autor se situa numa posição "keynesiana", quer ao dedicar o seu livro à memória de John Kenneth Galbraith, quer dando a um dos capítulos o nome de "Joan Violet Robinson", sendo estes autores dois dos mais conhecidos economistas keynesianos "de esquerda".
Leia a resenha completa...

Cabo de guerra no mercado de petróleo

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) está se preparando para uma forte queda nos preços da commodity nas próximas semanas, segundo o Wall Street Journal, à medida que as enormes reservas de combustíveis continuam se acumulando e o espaço para estocá-las diminui. Contraditoriamente, o preço do barril de petróleo para entrega em setembro fecharam na máxima em três semanas na New York Mercantile Exchange (Nymex) nesta sexta-feira, a US$ 68,05, alta de 1,33%. Na semana, o petróleo teve aumento de 7% nos mercados de futuros. Os estoques de combustíveis, como diesel e óleo de calefação, estão nos níveis mais altos dos últimos 24 anos nos Estados Unidos por causa da fraca demanda das indústrias e de consumidores afetados pela crise econômica global. As condições no mercado de futuros tornaram a estocagem de destilados bastante lucrativa para os operadores. A especulação vem na onda de uma suposta recuperação econômica neste segundo semestre.
Leia mais...

Número de fusões e aquisições cai 39% em 2009

Queda no primeiro semestre foi maior nos negócios entre empresas brasileiras. Levantamento feito pela consultoria KPMG mostra que o número de fusões e aquisições no primeiro semestre no Brasil caiu 39% em relação a igual período do ano passado. Diferentemente do que ocorreu em 2008, desta vez a queda foi puxada pela redução dos negócios encabeçados por empresas nacionais. De acordo com os números, as transações realizadas entre empresas brasileiras tiveram queda de 49% nos seis primeiros meses do ano, situando-se em 97 negócios. O tombo foi ainda maior quando avaliadas as operações de empresas nacionais comprando estrangeiras, que caíram 53,1 % para 22 negócios
Leia mais...

CPI da PetrobraX monta bunker com "dream-team" do submundo político

Os senadores tucanos resolveram montar um bunker no senado, anexo ao gabinete de Álvaro Dias (PSDB/PR), para fazer operações de sabotagem contra a Petrobras, na CPI. O "time dos sonhos" escalado por José Serra e FHC, conta com especialistas do submundo político em conspirações, como Álvaro Dias (especialista em receptar documentos confidenciais furtados de outros órgãos), Tasso Jereissati, Arthur Virgílio, e outros. Para reforçar, convocaram o ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB/MT), também especilista no submundo político, participando de ações como a queima de arquivos na CPI do Banestado, a montagem da armação do caso Francenildo, além de suas atividades em Mato Grosso, tais como "visitar criação de peixes" na fazenda do "comendador" Arcanjo, um dos chefes do crime organizado no estado. Depois de defenestrado do Senado pelo povo mato-grossense, nas eleições de 2006, Antero Paes de Barros encontra-se encostado como conselheiro da SABESP, de José Serra (PSDB/SP), recebendo jetons em São Paulo, apesar de ser radicado em Mato Grosso.

Deputados vão à Europa com tudo pago pelo lobby das patentes

A Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi), entidade que representa o lobby das multinacionais pelas patentes, bancou passagem, estadia e outras benesses de um grupo de deputados brasileiros que participaram da reunião encerrada na terça-feira (21) em Genebra, na Suíça. O suposto objetivo da reunião era conhecer o sistema de registro internacional de marcas conhecido como Protocolo de Madri. A Ompi confirmou que a viagem de oito parlamentares foi paga pela entidade. Além da passagem, cada um deles recebeu US$ 1 mil. Segundo a Ompi, o objetivo da entidade é “explicar” aos congressistas as vantagens de um acordo de marcas que há anos tenta convencer o Brasil a aderir. O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), integrante da comitiva, saiu defendendo que o Brasil assine o acordo lesivo ao país, reclamando que a Casa Civil ainda não enviou um projeto de lei com este fim ao Congresso.
Leia mais...

Brasil entra no círculo das grandes seguradoras

A joint venture formada pelo Grupo Suzano com o português Sonae, anunciada nesta semana, permitiu a formação de uma das maiores empresas do mundo em corretagem de seguros e resseguros: a Lazam-MDS. Com a reestruturação do negócio, o Brasil passou a figurar, pela primeira vez, na lista dos países que detém uma das maiores corretoras de seguros do mundo, um mercado onde os grandes players, em geral, pertencem aos Estados Unidos ou Inglaterra. A joint venture conta com uma carteira de prêmios superior a US$ 1,8 bilhão, e posiciona-se entre as 15 maiores do mundo, atuando em mercados de alto poder de crescimento. No total, são cerca de 1.200 colaboradores em 21 países. À frente das operações no Brasil está Eduardo Bom Ângelo, que vê boas oportunidades de crescimento através de novas aquisições em um mercado pulverizado, que ficam para 2010.
Monitor Mercantil

Áquila: até quando teremos um sistema monetário unipolar em um mundo multipolar?

Michael Liebig

A maioria das pessoas informadas e politicamente interessadas, provavelmente, terá visto a cúpula do "G-8" em Áquila como um evento desprovido de grande relevância e resultados tangíveis - outra cúpula a mais, como a do G-20 em Londres, em abril, ou a próxima, em Pittsburgh, em setembro. Nos seus primeiros seis meses de mandato, o presidente estadunidense Barack Obama já esteve três vezes na Europa, onde não desperta mais uma grande excitação. Até mesmo o tema do "aquecimento global", que deveria ser o grande assunto da cúpula, não proporcionou os resultados esperados, não apenas pela resistência da China e da Índia, reforçadas pela Rússia, em assumir compromissos com as metas de reduções de dióxido de carbono, como também porque o verão na Europa Ocidental e Central tem sido um tanto frio. Ainda assim, o que ocorreu em Áquila foi incomum. Primeiro, pode-se dizer que chegou ao fim a era iniciada em decorrência da derrocada do sistema monetário mundial de Bretton Woods, em 1971. Segundo, mesmo que os documentos oficiais da cúpula mal o mencionem, o tema da criação de um sistema monetário mundial multipolar e a substituição do dólar estadunidense como moeda de reserva global desempenhou um importante papel nas conversas.
Leia o ensaio completo...

"Adiós" para o dólar

Toda atividade que implique o uso de dinheiro será realizada com moedas locais - O Conselho do Mercado Comum do Mercosul aprovou a substituição, a partir de 2010, do dólar por moedas locais no intercâmbio comercial do bloco. Os ministros reunidos na 37ª Cúpula de Assunção destacaram que é esperada uma redução de custos da ordem de 3%, além da independência em relação ao dólar. Com o acordo para substituir o dólar, "toda atividade que implique o uso de dinheiro será realizada com moedas de nossos países, sem ter o dólar como referência", disse o vice-ministro paraguaio das Relações Exteriores, Oscar Rodríguez. O Coordenador da Cátedra e Rede Unesco/UNU de Economia Global e Desenvolvimento Sustentável (Reggen), Theotonio dos Santos, destaca que a idéia de diminuir a dependência do dólar é antiga, porém nunca esteve tão perto de se concretizar.
Leia mais...

EMBAIXADAS DOS EUA ACUMULAM DIVISAS LOCAIS

"Algumas embaixadas dos EUA no mundo todo estão senado aconselhadas a comprar quantias maciças de divisas locais, o suficiente para perdurarem pelo menos um ano. Para algumas delas estão senado enviadas enormes quantias em cash a fim de comprarem discretamente outras divisas — exceto libras esterlinas. No interior do Departamento de Estado há um sentimento de tristeza e pressentimento de que "alguma coisa" está prestes a acontecer ... dentro de 180 dias, que poderiam ser 120-150 dias", afirmou o boletim financeiro "Harry Schultz Letter". A notícia está em Marketwatch Os prenúncios de uma enorme desvalorização do dólar estado-unidense acumulam-se. Bob Chapman, conselheiro de investimentos, corrobora a notícia e prevê um feriado bancário no fim de Agosto ou princípio de Setembro.

Serra entrega conjunto habitacional em que só tinha energia no apartamento que visitou

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB) e o prefeito da capital, Gilberto Kassab (DEM), entregaram na última quarta-feira, com grande festa, um conjunto habitacional em que as ligações de água e energia elétrica ainda não tinham sido feitas. Apesar de 43 apartamentos já estarem ocupados para evitar, segundo informou a Secretaria de Habitação do Estado, invasões. O governador visitou apenas um dos quatro conjuntos que foram inaugurados no bairro de Guaianazes, extremo da Zona Leste da capital. Exatamente este, com 168 apartamentos, o prédio estava sem luz. Somente o apartamento visitado por Serra tinha luz, o corredor do prédio, não. Um dos moradores tentou reclamar diretamente com o governador, mas foi empurrado por seus seguranças.
Leia mais...

Especulação com etanol acelera ganância das múltis sobre usinas

Após o boom do etanol dos últimos anos, há pelo menos 50 empresas do setor sucroalcooleiro à venda no Centro-Sul do país. O grupo paulista Equipav, com duas usinas de açúcar e álcool, está aberto a propostas e até contratou o banco Santander para buscar um sócio ou mesmo um comprador para os seus ativos desse setor. Outras empresas tradicionais paulistas também estão disponíveis, como Moema, de Orindiúva, e Santelisa, de Sertãozinho, esta prestes a ser engolida pelo grupo francês Louis Dreyfus. O problema principal é o desabamento dos preços do etanol, causado pela intensa especulação em torno do produto. Além disso, as empresas sofreram com a crise de crédito, iniciada no último quadrimestre do ano passado, apesar do aumento do aporte dos bancos públicos. Para completar, a crise nos países centrais fez com que as exportações fossem atingidas.
Leia mais...

A conta de Virgílio

Tucano diz que ainda espera cálculo do Senado para devolver dinheiro

O senador Arthur Virgílio (PSDBAM) prometeu, mas ainda não cumpriu. Na tribuna, disse que iria restituir aos cofres públicos os gastos com o funcionário fantasma Carlos Alberto Nina Neto, filho de seu amigo e subchefe de gabinete, Carlos Homero Nina. Como revelou ISTOÉ, Nina Neto foi contratado em 2003 como assistente técnico. Entre maio e julho de 2005, foi estudar em Barcelona. Também ficou fora do País entre outubro de 2006 e novembro de 2007. Apesar da ausência, Nina Neto continuou embolsando o salário de R$ 10 mil, o que numa conta extraoficial daria cerca de R$ 170 mil, sem juros, contando os dois períodos no Exterior. Em 29 de junho, após a denúncia de ISTOÉ, que repercutiu na revista inglesa The Economist, Virgílio admitiu o erro. Dois dias depois, chegou a anunciar que venderia imóveis para ressarcir o contribuinte o que pagou indevidamente ao ex-servidor. Em casos assim, o senador deve encaminhar ofício à Mesa Diretora pedindo o cálculo de sua dívida. A assessoria de Virgílio garante que ele fez o pedido à diretora de RH, Doriz Marize Peixoto, mas não apresentou cópia do ofício.
Leia mais na IstoÉ...

"Oi" demite 1060 trabalhadores para terceirizar suas atividades

Durante a abertura do 35º Encontro Nacional de Estudantes de Economia (Eneco), em Florianópolis (SC), o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), afirmou que a crise atual teve origem no estabelecimento do dólar como moeda padrão, lastreado ao ouro, após a Segunda Guerra Mundial. Em 1971, o então presidente dos EUA, Richard Nixon, rompeu com essa paridade. “Os EUA passaram a se apropriar do conhecimento científico e tecnológico mundial, consolidado em patentes, fazendo com que suas empresas crescessem de forma extraordinária, mas a ganância e o lucro tornaram-se instrumentos irrecusáveis deste progresso”, disse Requião, lembrando que atualmente, há dólares invadindo os mercados em valores superiores ao Produto Interno Bruto (PIB) mundial. O estouro da crise, avaliou Requião, se deu em função do arrocho salarial nos EUA. “Assim criaram-se empecilhos ao funcionamento da economia. Sem consumo, a produção não avança. E desta forma surgiram, de forma paliativa, os empréstimos aos trabalhadores, que dão origem ao “subprime”, com juros altos e prazos longos, que chegaram ao ponto em que estes trabalhadores não tivessem mais como pagar”, frisou.Sobre as medidas para o enfrentamento da crise no Brasil, Requião ressaltou que “algumas delas até já foram tomadas, mas, a meu ver, em doses homeopáticas”. Ele citou a estatização do crédito, por meio da flexibilização de reservas e o aumento salarial para aumentar o consumo interno. “O mercado interno é que tem sustentado o país nesse período de crise”. Segundo Requião, a criação de uma moeda de integração para a América Latina seria útil para fortalecer o comércio na região, além da redução drástica dos juros, uma vez que o Brasil possui uma das maiores taxas do mundo.

A Petrobras no PAC

O Plano de Aceleração do Crescimento do Brasil (PAC), do Governo Federal, inclui 183 projetos do Plano Estratégico da Petrobras, que representam, até 2010, investimentos de R$ 171,7 bilhões da companhia e seus parceiros em programas de petróleo e gás e combustíveis renováveis. Os investimentos exclusivos da Petrobras no programa totalizam R$ 148 bilhões. Ancorado nos princípios de responsabilidade socioambiental e rentabilidade, o Plano Estratégico alinha-se ao PAC na coincidência de suas metas. Estas são as premissas do PAC para o setor, em consonância com as metas da companhia:

1) Garantir, no longo prazo, a autossuficiência sustentada do Brasil em petróleo, com produção mínima 20% acima do consumo nacional, relação reserva/produção mínima de 15 anos.
2) Aumento da produção de óleos leves. Ampliar e modernizar o parque de refino, aumentando a participação do óleo nacional na carga processada e melhorando a qualidade dos derivados.
3) Acelerar a produção e a oferta de gás nacional.
4) Assegurar a liderança do Brasil na área de biocombustíveis.
5) A ampla carteira de projetos do Plano de Negócios da Petrobras para o período 2007 – 2010 tem ainda como objetivos aumentar as reservas de petróleo e gás, expandir a infraestrutura de transportes e distribuição e intensificar as pesquisas e o desenvolvimento de combustíveis e fontes alternativas e renováveis de energia.
Para informações sobre o PAC clique aquiPara ler o Plano de Negócios 2009-2013 da Petrobras, clique aqui.Para as respostas ao Estadão sobre alguns projetos do PAC clique e
Leia mais...

Nenhum comentário:

Postar um comentário