quinta-feira, 23 de julho de 2009

Eleições 2010

Sarney Filho desmente mais um factóide do Estadão...zinho


O deputado Sarney Filho (PV) encaminhou nota de repúdio à direção de o Estado de S. Paulo, o mais serrista dos órgãos de imprensa paulista, rebatendo a “reporcagem” do jornal onde é insinuado que ele e o irmão Fernando, em intercepções telefônicas vazadas pela Polícia Federal e Ministério Público Federal, estariam tratando de negociatas envolvendo recursos públicos (veja aqui).
Na verdade, os irmãos se referem a uma reportagem de O Estado do Maranhão sobre atos ilícitos cometidos no governo José Reinaldo (PSB) envolvendo o ex-chefe da Casa Civil Aderson Lago (PSDB) e o prefeito de Caxias, Humberto Coutinho (PDT). Trata-se do famoso caso “Ópera Prima”, que o Estadão nem pensar em noticiar. Leia abaixo a íntegra da nota de Sarney Filho:

"Senhor editor do jornal O Estado de São Paulo,

Venho exercer o meu constitucional direito de resposta, e o faço de forma indignada, repudiando a grosseira edição do diálogo havido entre minha pessoa e a de meu irmão, Fernando Sarney, divulgada na edição de hoje, impressa e on line, desse Jornal.
O diálogo retrata informação relativa a investigação empreendida acerca de ilícitos cometidos na gestão do ex-Governador do Maranhão José Reinaldo, consubstanciada na denúncia de irregular repasse de recursos públicos estaduais à prefeitura de Caxias.
Comunico a meu irmão que as anotações de próprio punho do contador de Aderson Lago faz prova que o valor depositado em conta do filho dele, Aderson Lago, ex-Secretário de Governo do Estado do Maranhão, resulta no montante de 900 mil reais e não em 5 milhões de reais, como havia sido informado pelo jornalista Sergio Macedo, por mim referido no diálogo. Também esclareço a meu irmão que não importa o valor do desvio de recursos, pois o que interessa é que deveríamos denunciar o ilícito, como afinal foi denunciado em reportagem feita dias após o diálogo. Afirmo que o “negócio é quente” no sentido de que a denúncia é real e tem provas.
Aderson Lago utiliza notas fiscais frias, da empresa fantasma PR Cardoso, para sacar os aludidos recursos da prefeitura de Caxias. Essas são as notas frias referidas no diálogo.
Mesmo sendo desnecessário, porque o ônus da prova é de quem acusa ou insinua, faço prova do afirmado acima com os seguintes documentos que seguem anexo:
1- Alguns exemplares de Notas fiscais, expedida por empresa fantasma, para dar cobertura a desvio de recursos repassados pelo Governo do estado à prefeitura de Caxias; 2- Anotações do contador de Aderson Lago, informando que o depósito em conta foi (“+ R$ 900 mil”), sendo o restante do desvio de recursos pago em “cash”;
3- Rosto da conta bancária que recebeu depósito ilegal, com anotação de próprio punho de Aderson Lago, registrando o recebimento de “R$ 963.931,50”;
4- Reportagem apresentando a denúncia do desvio de recursos aludido no diálogo."

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