"É mais fácil para a oposição dar um tiro no Sarney do que pegá-lo em processo", diz Duque
O presidente do Conselho de Ética, senador Paulo Duque (PMDB-RJ), reafirmou que não encontrou nenhuma base legal nos 11 pedidos de investigação contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), nesta segunda-feira. Adivertiu que, para a oposição politicamente vencer Sarney, "é mais fácil dar um tiro no senador que atingi-lo [Sarney] com processos".
Confiante em seus despachos nos quais arquivou denúncias e representações baseadas em factóides dos jornalões golpistas, Duque disse que o único risco de desarquivamento dos processos é no caso de "um julgamento eminentemente político" pelos integrantes de seu colegiado. "Estou confiante que vou ganhar de todos [os recursos contra o arquivamento de representações]. Estão todos muito bem fundamentados. Agora o perigo é o fator moral, isso não é um conselho de anjos", disse.
Duque sinalizou que a votação dos pedidos de desarquivamento das denúncias e representações, 11 contra Sarney e uma contra o líder tucano Arthur Virgílio (AM), deve ser realizada nesta semana. Ele disse, também, que registrará despachos que “para historiadores”, depois que os interesses e paixões políticas se arrefeçam, possam constatar como o seu parecer foi bem embasado jurídica, moral e politicamente. Segundo afirmou, pretende deixar n os anais da História "para os políticos e historiadores" o "alto nível" do seu trabalho de avaliação das representações e denúncias apresentadas contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e dos recursos contrários ao arquivamento dessas ações.
Para isso, já está em contato com a gráfica do Senado para a edição de um livro com a íntegra sobre o assunto. A biblioteca da Casa deve ter isso, as Assembléias Legislativas devem ter isso. Afinal, mexeu com a honra de muitas pessoas", disse.
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