domingo, 12 de julho de 2009

Eleições 2010: mais "factóides" contra projeto Lula/Dilma

Como fez com relação a todas as "acusações" que lhe foram imputadas, Sarney escolhe a total transparência. Pede que Procuradoria investigue a tal “conta fictícia” no exterior


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), divulgou nota à imprensa na tarde deste sábado na qual afirma que na segunda-feira irá enviar um ofício à Procuradoria Geral da República dando poderes e autorização para requisitar junto às instituições financeiras internacionais informações sobre eventuais contas que tenha, ou tenha tido, no exterior. A nota de Sarney é uma resposta à reportagem da revista Veja desta semana que afirma que o senador manteve, entre 1999 e 2001, contas fora do país sem declarar ao Imposto de Renda. A revista sustenta que em 30 de outubro de 1999 a conta tinha um saldo de US$ 870.564,00.


Abaixo, a íntegra da nota:

“O presidente do Senado, senador José Sarney enviará ofício ao Procurador Geral da República, na próxima segunda-feira, conferindo-lhe todos os poderes e outorgando-lhe as permissões previstas nas leis brasileira e de quaisquer países para requisitar junto às instituições financeiras internacionais informações sobre contas bancárias que tenha no exterior ou tenha tido em qualquer época, valor, ações, depósitos, investimentos, propriedades e qualquer tipo de movimentação financeira em qualquer moeda e de qualquer valor em seu nome.”

Em entrevista ao jornalista Jorge Bastos Moreno, de O Globo, Sarney diz que não irá recuar de sua missão de reformar o Senado:

JBM - Que massacre é esse?
Sarney
- É massacre mesmo. Nunca vi, a mídia dirigida em cima de uma pessoa, disputando quem ataca mais…

JBM - Mas o senhor está firme no posto, não?

Sarney - Nunca fiz nada que não fosse correto. Então, não me sinto inseguro. Quem faz coisa incorreta é que deve se sentir inseguro. Agora, por exemplo, estão dizendo que tenho até conta no exterior. Nunca tive conta no exterior. Precisa ter dinheiro para ter conta no exterior.

JBM - E a casa?

Sarney - Até digo de brincadeira: eu não declarei meia casa, que era a minha parte; a outra é do Zequinha, meu filho. Eu deveria ter feito como o Manoel Gonçalves, que declarou que tinha uma meia égua no Prado e…

JBM - Ficou conhecido como “Manuelzinho meia-égua”.

Sarney - E eu sou o “Sarney meia-casa”.

JBM - E como o senhor está?

Sarney - Sofrendo muito, ninguém é insensível. Mas a minha determinação é fazer o que eu prometi: dar um novo Senado. Isso me dá força para continuar resistindo. A cada hora surge uma novidade. Falam de uma viagem a Veneza. Fui como outros convidados. Mas não recebi ajuda de custo de US$ 10 mil.

JBM - E o senhor vai resistir a todas essas denúncias?

Sarney - Fiz duas grandes administrações no Senado e vou fazer e estou fazendo esta terceira. Por isso não posso recuar. E não vou recuar.

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