sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Opinião, Notícia e Humor


Verba destinada à propaganda já subiu 42,3% em relação ao ano passado. O presidente Lula vetou artigo da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2010 que estabelecia limites aos gastos do governo federal com publicidade, passagens e locomoção no ano eleitoral. Durante a negociação no Congresso, foi incluído na lei um dispositivo que restringia esses gastos aos valores empenhados em 2009 exceção aberta para áreas de interesse social, como segurança pública, vigilância sanitária e ações do PAC. O governo alegou que esse limite poderia acabar inviabilizando a execução e o acompanhamento de obras, além de prejudicar campanhas publicitárias de utilidade pública. Também afirmou que, por recomendação da CPI dos Cartões Corporativos, vem reestruturando os gastos com diárias. Na LDO de 2009, outra tentativa de limitar gastos, fixando-os em 90% dos de 2008, fora vetada pelo Planalto. A verba prevista para publicidade no Orçamento de 2009 cresceu 42,3%. "O veto dá indicação clara que vão derramar dinheiro em publicidade com fins eleitorais", reclama o líder da minoria, Otávio Leite (PSDB-RJ). O líder do governo na Comissão de Orçamento, Gilmar Machado, diz que o limite da austeridade foi respeitado e que o governo não irá gastar mais. (págs. 1 e 3)

FOLHETO SERRISTA DE S. PAULO
MINISTRO ATACAM BANCOS PRIVADOS POR MAIS CRÉDITO

Quem não seguir instituições públicas vai "comer poeira", diz Mantega. Os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (planejamento) aproveitaram a volta do Banco do Brasil ao topo do ranking de maiores bancos do país para atacar instituições privadas e pressionar pelo corte de juros de empréstimos e pela maior oferta de crédito. Mantega disse que os bancos que não seguirem a política das instituições públicas de expansão do crédito após a crise "vão comer poeira". (págs. 1 e B1)
O ESTADÃOZINHO DE S. PAULO
GRUPO DE AGACIEL TENTOU LEGALIZAR ATOS SECRETOS

Lote descoberto foi publicado por funcionário ligado ao ex-diretor do Senado. A publicação dos 468 atos secretos recém-descobertos no Senado, para tentar evitar a caracterização do sigilo, partiu de um integrante do grupo de funcionários ligados a Agaciel Maia, ex-diretor geral da Casa e pivô do atual escândalo. Promovido a diretor de Recursos Humanos em março passado, Ralph Siqueira, que participou da comissão encarregada de investigar a existência de atos secretos, ordenou a introdução dos boletins no sistema administrativo do Senado para legalizá-los. A ação foi detectada por um grupo de servidores não-alinhados com a chamada “turma do Agaciel”. Siqueira admitiu a responsabilidade pela publicação, mas negou que tenha feito isso às escondidas e mesmo que os atos sejam secretos. (págs. 1 e A4)

JORNAL DO BRASIL
MENOS GRIPE EM SETEMBRO

Fim do inverno deve reduzir números de caso no país. A expectativa do Ministério da Saúde é que, com o fim do inverno em meados de setembro, cairá o número de casos de gripe suína no país, da mesma forma como ocorreu no México e nos EUA a partir da chegada do verão no Hemisfério Norte. Mas os especialistas avisam que, até a próxima semana, o vírus ainda estará em avançada circulação e todo cuidado continua sendo fundamental. Por isso foi importante a prorrogação das férias escolares. E, para não sobrecarregar serviços que atendem os pacientes com suspeita de gripe suína, o governo decidiu transferir de 22 de agosto para 19 de setembro a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite. (págs. 1 e Vida, Saúde & Ciência A24)

GOLPISTA BRAZILIENSE
LULA CORTA R$ 66 MILHÕES EM INVESTIMENTOS NO DF

Os recursos cancelados representam 30% dos R$ 215 milhões em emendas apresentadas pelos parlamentares brasilienses ao Orçamento de 2009. O dinheiro tinha como destino a compra de máquinas e vagões para o Metrô e obras de infraestrutura turística e em assentamentos. Mas não é apenas o Distrito Federal que receberá menos dinheiro da União. O presidente da República vetou o repasse de R$ 9,2 bilhões para estados e municípios. No entanto, benefícios como o Bolsa Família e as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), coordenado pela ministra Dilma Rousseff, virtual candidata do PT à sucessão do Palácio do Planalto, tiveram suas verbas mantidas. (págs. 1 e 2)

As 124 companhias abertas que publicaram balanços do segundo trimestre tiveram ganhos não operacionais que somam R$ 8,8 bilhões. Esse resultado decorre basicamente de lucros cambiais. Entre 31 de março e 30 de junho, o real se valorizou 18,63% em relação ao dólar e essa variação, em grande medida, se transformou em bilhões de reais no resultado das empresas. No último trimestre do ano passado, no auge da crise, as variações cambias provocaram assustadores prejuízos não operacionais de R$ 22,1 bilhões. O câmbio tirou e o câmbio devolveu, pelo menos parcialmente. A parte de cima dos resultados, porém, antes do ganho financeiro, está mais magra: a receita de vendas foi menor e, no cômputo geral, os custos aumentaram, o que significa menos dinheiro no caixa para tocar o dia a dia e, mais adiante, pagar os acionistas. (págs. 1 e D1)

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