País conhecerá traidores dos aposentados
Ao comentar a possibilidade de o governo federal enviar ao Congresso Nacional um reajuste salarial abaixo daquilo que os aposentados brasileiros esperam, a presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, Marina Maggessi (PPS-RJ), afirmou que a sociedade está acompanhando de perto o assunto e saberá reconhecer quem enventualmente votar contra os benefíciários do INSS.
Atualmente, há um projeto de iniciativa do Senado pronto para ser votado pelos deputados. No entanto, sua apreciação tem sido adiada devido a uma manobra do Palácio do Planalto, com o apoio da base aliada.
Essa proposta prevê reajuste para todos os aposentados e pensionistas com o mesmo percentual dado a quem ganha o salário mínimo. Hoje, esse aumento equivaleria à reposição da inflação mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto). Mas o governo quer somente repor a perda inflacionária, sem ganhos reais. Essa decisão contribui para o achatamento dos vencimentos de quem tanto já trabalhou para o desenvolvimento do país. O Palácio estuda fazer isso por meio de medida provisória.
“Esse aumento intermediário não tem chance de passar. Vai ser uma briga grande lá dentro (plenário). Vai ser uma guerra bonita”, afirma Maggessi. Para a deputada, o embate poderá rachar a própria aliança governista por conta da proximidade com o período eleitoral.
“O deputado pensará mais na base eleitoral e menos na aliança governista. No Brasil está acontecendo uma mobilização, os aposentados vieram para Brasilia, lotaram o Congresso e vão saber quem irá trai-los”, explicou.
A parlamentar diz que a população não acredita na história de que o aumento justo aos aposentados complique o caixa da Previdência. Ela lembrou do falso argumento usado pelo governo quando da extinção da CPMF. A equipe do presidente Lula dizia que o país teria sérias dificuldades se o imposto do cheque acabasse. A história mostrou que o Congresso estava certo ao derrubar aquele imposto.
Do Blog “Aposentado Bem Informado”
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