sexta-feira, 27 de novembro de 2009

De Doha a Copenhague...


“Diplomacia faz-de-conta”


MSIa - Com pompa e circunstância, o governo brasileiro anunciou o endosso à agenda ambientalista de cortes de emissões de carbono, comprometendo-se com uma redução de até 38,9% das emissões nacionais até 2020. A intenção é apresentar-se na 15ª. Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP-15), em Copenhague, em dezembro, com uma atitude de liderança mundial, para “pressionar” as nações que encabeçam as emissões. Como as duas maiores, os EUA e a China, já anteciparam posições contrárias ao estabelecimento imediato de tais metas, a conferência de Copenhague, na qual o conjunto de interesses estabelecido em torno do aquecimento global supostamente causado pelo homem pretendia consolidar tal agenda, não deverá produzir algo mais que resoluções formais para sustentar por mais algum tempo o balão “aquecimentista”. De fato, a histeria “aquecimentista” já começa visivelmente a arrefecer, tanto pela divulgação de evidências científicas que a desqualificam, como por uma crescente percepção do público dos países industrializados de que existem prioridades muito mais sérias a necessitar de atenções e ações, a começar pela reversão da crise econômico-financeira global. Não obstante, a atitude brasileira, que contrasta com a posição crítica mantida até há poucas semanas em relação à agenda de Copenhague, parece denotar um renovado deslumbramento com a possibilidade de “mostrar serviço” no cenário global, certamente, reforçado pela euforia com a escolha do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016 e pela visão positiva do País no exterior. Além da enganosa precisão pseudocientífica de apontar uma meta de cortes com casas decimais, é não apenas risível, como potencialmente prejudicial aos interesses nacionais – e mundiais –, pretender que o Brasil tome a frente em uma questão que, possivelmente, acabará se desacreditando pelas suas próprias incoerências e inconsistências científicas, políticas e socioeconômicas. Assim, é de todo conveniente que o Itamaraty passe a encarar a sério os grandes desafios mundiais do futuro imediato, para que a inserção do País na reconfiguração da ordenação global em curso possa ocorrer de acordo com os requisitos da realidade, e não com concessões a esquemas ideológicos disfuncionais. Não por acaso, dois deles, o “livre comércio” e o ambientalismo, encontram-se na raiz da crise sistêmica global em que o mundo está mergulhado. Por isso, é surrealista e suicida a pretensão de liderar uma retomada da Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), num momento em que o protecionismo se faz necessário para reverter os danos da “globalização” financeira. O mesmo vale para a agenda “descarbonizadora”, quando todos os indícios sugerem que o mundo não renunciará coletivamente aos combustíveis fósseis como base energética – o que seria a maior demonstração de irracionalidade coletiva da História. Portanto, é preciso enterrar definitivamente essa diplomacia “faz-de-conta” por uma agenda compatível com a realidade.

Um comentário:

  1. LIMATEGATE:

    Veja abaixo o escândalo científico do milênio: Climategate: o escândalo em que emails e documentos hackeados de um dos mais reconhecidos centro de aquecimento global do planeta e que mostram a face suja e podre da pseudo-ciência do aquecimento global.

    Veja abaixo partes dos emails e até o código fonte no qual o programador deixa bem claro os ajustes que fez para mostrar o aumento da temperatura:
    http://www.anovaordemmundial.com/2009/11/climagate-prova-final-contra-o.html

    http://www.anovaordemmundial.com/2009/11/climategate-2-codigo-usado-no-modelo.html

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