por John Bellamy Foster [*]
Agora, em retrospectiva, poucos duvidam que a bolha imobiliária que induziu grande parte do recente crescimento da economia norte-americana era obrigada a explodir ou que uma crise financeira geral e uma baixa econômica global tinham de ter os seus resultados inevitáveis. Os sinais de advertência foram evidentes durante anos para todos aqueles não apanhados pela nova alquimia financeira da administração de dívidas de alto risco, e não cegados, como grande parte do mundo corporativo, pelos enormes lucros especulativos. Isto pode ser visto numa série de artigos publicados neste espaço: The Household Debt Bubble (Maio/2006), A explosão da dívida e a especulação (Novembro/2006), Monopoly-Finance Capital (Dezembro/2006), e The Financialization of Capitalism (Abril/2007). Neste último escrevemos:
Tão crucial tem sido a bolha habitacional como contenção à estagnação e base para a financeirização, e tão estreitamente relacionada ela está com o bem-estar básico das famílias dos EUA, que a atual fraqueza no mercado habitacional poderia precipitar tanto uma baixa econômica aguda como o desordenamento financeiro generalizado. Novos aumentos nas taxas de juro têm o potencial para gerar um círculo vicioso com valores de casas estagnados ou mesmo em queda e o crescimento do serviço da dívida dos consumidores conduzindo a uma inundação de inadimplência. O fato de que o consumo nos EUA é a fonte nuclear da procura para a economia mundial levanta a possibilidade de que isto poderia contribuir para uma crise mais globalizada... Em Setembro de 2006, no Global Financial Stability Report, o conselho de diretores executivos do FMI exprimiu a preocupação de que o crescimento rápido dos hedge funds e dos créditos derivativos poderia ter um impacto sistemático sobre a estabilidade financeira, e que uma baixa da economia americana e um arrefecimento do seu mercado habitacional pudesse conduzir a maior "turbulência financeira", a qual poderia ser "amplificada no caso de choques inesperados". O contexto total é aquele de uma financeirização tão fora de controle que choques inesperados e severos para o sistema e os resultantes contágios financeiros são encarados como inevitáveis (...)
Tão crucial tem sido a bolha habitacional como contenção à estagnação e base para a financeirização, e tão estreitamente relacionada ela está com o bem-estar básico das famílias dos EUA, que a atual fraqueza no mercado habitacional poderia precipitar tanto uma baixa econômica aguda como o desordenamento financeiro generalizado. Novos aumentos nas taxas de juro têm o potencial para gerar um círculo vicioso com valores de casas estagnados ou mesmo em queda e o crescimento do serviço da dívida dos consumidores conduzindo a uma inundação de inadimplência. O fato de que o consumo nos EUA é a fonte nuclear da procura para a economia mundial levanta a possibilidade de que isto poderia contribuir para uma crise mais globalizada... Em Setembro de 2006, no Global Financial Stability Report, o conselho de diretores executivos do FMI exprimiu a preocupação de que o crescimento rápido dos hedge funds e dos créditos derivativos poderia ter um impacto sistemático sobre a estabilidade financeira, e que uma baixa da economia americana e um arrefecimento do seu mercado habitacional pudesse conduzir a maior "turbulência financeira", a qual poderia ser "amplificada no caso de choques inesperados". O contexto total é aquele de uma financeirização tão fora de controle que choques inesperados e severos para o sistema e os resultantes contágios financeiros são encarados como inevitáveis (...)
Para ler o artigo completo, clique em http://www.resistir.info/mreview/foster_abr08.html
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