domingo, 27 de abril de 2008

Soberania Nacional

Em 2002 escrevi este artigo, advertindo sobre os problemas do norte de Roraima, região que hoje está explosiva. O texto foi publicado na revista "Pangea Mundo" e teve boa repercussão.
Revista Pangea Mundo 1/3/2002 A Amazônia é deles. Por Said Barbosa Dib* Este ano haverá mais uma mega-conferência internacional sobre meio ambiente, marcando dez anos da Eco-92. ...www.clubemundo.com.br/revistapangea/show_news.asp?n=129&ed=9 - 40k -
UNIVERSIDAD DEL SALVADOR COLÉGIO INTERAMERICANO DE DEFESA Buenos ... Formato do arquivo: PDF/Adobe AcrobatSaid Barbosa Dib. 65. considera preocupantes as ações desencadeadas pelas ONG ... A Amazônia é Deles. Revista Pangea Mundo [on line]. 1º de março de 2002. ...library.jid.org/en/thesis/Jaborandy.pdf -

Confiram:

A Amazônia é deles?

Por Said Barbosa Dib 

A Amazônia das manchetes é muito longe do Brasil real. Cada vez mais vemos louros de olhos azuis, entidades internacionais, missionários “bondosos”, mercenários abusados da CIA e DEA, traficantes medicinais, cientistas “preocupados” e coisas afins, no pedaço. Um desses locais fica em Roraima, região potencialmente riquíssima, na fronteira com a Venezuela, onde vivem os índios yekuana. A explosiva – e rica – região de Raposa/Serra do Sol fica a nordeste de Roraima. Mas, a noroeste, há uma região também potencialmente complicada. Ali há os yekunas. Segundo os ecoterroristas de plantão, eles estão se sentindo mais fortalecidos agora, devido a sua maior aproximação da parte venezuelana da tribo; e também com uma ajudinha de alguns amigos europeus (que ninguém nos ouça!).

Rede de Rádio Yekuna

Em 2002, passaram a ser os primeiros índios brasileiros a conseguir uma rede de rádios por seus “próprios” meios, junto à Anatel. Trata-se de um povo que mantém o difícil equilíbrio entre sua cultura tradicional e os artifícios da vida moderna. Falando sua própria língua, mas sempre com bons intérpretes, eles levantaram recursos com a ONG internacional “Amigos” da Terra e alimentaram a burocracia de Brasília com a papelada (seria propina?) necessária para a legalização da rede de rádio. Da fiscalização do território ao fortalecimento dos seus laços familiares, a rádio dos yekuana é, aparentemente, um capítulo da verdadeira preservação da Amazônia. Mas, se formos um pouquinho menos ingênuos, veremos que a coisa não é bem assim. A comunicação à distância torna as fronteiras nacionais algo ainda mais abstrato na vida desses índios de Roraima, como foi para os kosovares da fragmentada Iugoslávia. "Os Yekuana descobriram o rádio como instrumento para tratamentos xamânicos à distância", conta o “imparcial” antropólogo Marcelo Piedrafita Iglesias, coordenador do Projeto Rádio Amazônia da Amigos da Terra. A convivência com esses índios, vizinhos quase desconhecidos dos famosos ianomâmis, revelou a Iglesias a essência do seu caráter: “são alegres entre si, mas extremamente sérios e objetivos nos contatos com o resto da sociedade; mostram grande capacidade de articulação política, mas nunca abrem mão da autonomia”. É interessante notar nos comentários do eminente estudioso a insistência na questão da autonomia. Essa índole independente fica clara , sim!, num dado curioso: os yekuana sempre resistiram às investidas das ONGs da Amazônia. Mas, atualmente, esta resistência vem sendo minada através de uma atuação milionária mais ostensiva por parte das forças internacionais. Os yekuana firmaram-se na região como bons produtores de canoas, seu trunfo principal nas operações de escambo. Mais recentemente, influenciados pela insistência de grupos missionários e entidades estrangeiras “humanitárias”, farejaram as maravilhas da tecnologia, desenvolvendo grande intimidade com o uso de placas solares e baterias (obtidas na Venezuela por contrabando. É claro!), conjunto utilizado sobretudo para iluminação de caçadas e deslocamentos noturnos. Com a eletricidade, entraram na era da TV e antena parabólica, voltadas, curiosa e principalmente, para canais estrangeiros. Nunca assistem aos programas de televisão nacionais, mas são familiarizadíssimos com a CNN. Com toda essa atualização, este pequeno povo (400 indivíduos do lado brasileiro, 4,8 mil no venezuelano) “mantém praticamente intocados os valores e alicerces da sua cultura”, dizem os representantes da Amigos da Terra. Mas, obviamente, apenas no que interessa aos seus “bem feitores”, pessoas sob uma forte presença dos pressupostos dos valores anglo-americanos e suas “preocupações humanitárias”. Além da fidelidade total à língua (mas já se arriscando nos rudimentos na língua anglo-saxônica), conservam, por exemplo, a sua ritualização da morte.
O rádio era o que faltava nessa alquimia. Um instrumento tecnológico que, para os yekuana, funciona, por um lado, principalmente como fator de união das famílias, guardiães da tradição. Por outro, um elemento óbvio de coesão entre tribos dos dois lados da fronteira, forjando-se uma certa identidade nacional (ou tribal) que, por enquanto, não existe. Tribos que nunca ou quase nunca se encontravam, que teriam apenas traços lingüísticos e tradições gerais em comum - só vistas nas mentes dos estudiosos de universidades dos países desenvolvidos ou suas filiais daqui – começam a se achar apenas diferentes dos que os cercam, ou seja, os brasileiros caboclos não-índios. Porém, como a coisa vai, se depender dos estrangeiros que ali estão, com seu senso cristão “altruísta”, logo o MacDonald´s se estabelecerá na região, talvez com uma nova iguaria “politicamente correta”, com o sugestivo nome de MacYekuana´s, pois se a economia de “subsistência” dos índios permite consumir antenas parabólicas, porque não poderiam consumir hamburgeres? Aliás, na aldeia de auaris, em dezembro, assistiu-se a uma cena linda: famílias caçando a tempo de defumar a carne e preparar o rancho para a chegada de parentes venezuelanos no Natal. Com Papai Noel, Coca-Cola e tudo mais, o encontro fora marcado pelo rádio. Da mesma forma circulam as informações sobre festas, casamentos e mortes, além de campanhas contra tudo que lembre os não-yekuanos, como os pobres caboclos brasileiros, por exemplo. Exceção, é lógico, para os guardiões das ONGs amigas. Há ainda celebrações ancestrais, como o ritual da moça nova (entrada na puberdade), mas em dezembro de 2002 o rádio estava servindo para a montagem de um grandioso ritual de outra espécie: um campeonato de futebol, reunindo yekuanos do Brasil e da Venezuela. Seria este um torneio nacional ou internacional? Fora da Amazônia das manchetes dos jornais e dos diplomatas, esta seria não uma bela confraternização internacional sob os olhares emocionados dos bondosos filantropos estrangeiros, mas o início da montagem de um projeto geopolítico safado que irá forjar, em breve, um Estado nacional sob o controle das ditas ONGs. No Brasil dos imbecis de plantão e dos desavisados, o campeonato não seria uma confraternização nem internacional nem brasileira, seria apenas única e exclusivamente a Copa Yekuana – única modalidade (esportiva, geográfica ou cultural) em que a Amazônia tem futuro. Para quem tem um pouquinho de tutano, no entanto, seria o primeiro passo para a transformação daquela região brasileira num quintal das potências estrangeiras, como um grande “zoológico” humano internacional, um jardim para a juventude ecologista de gringos ou, talvez, escancarando logo, uma dispensa de reservas estratégicas para a cozinha do capitalismo internacional.

Ambientalismo como instrumento geopolítico

Mas, brincadeiras à parte, sejamos realistas. Esse interesse pela Amazônia ficou evidente e ampliou as ameaças à soberania brasileira, principalmente depois do serviço aerofotogramétrico realizado pelo Projeto Radam e de certa forma agressivo, com o advento dos satélites, que constataram, através de fotos, as potencialidades da região, considerada, hoje, a última e mais rica fronteira econômica do planeta. Isso foi o suficiente. Logo a Amazônia virou assunto na imprensa internacional. E, com tal assiduidade, que nos últimos anos ocupa, obrigatoriamente, o noticiário dos jornais e televisões do mundo inteiro. Haja vista o tema que foi o elemento de desempate na campanha presidencial da maior potência do Mundo, quando sabemos que os votos potenciais do candidato do Partido Verde roubaram eleitores do democrata Al Gore, o que permitiu a vitória de Bush por uma mínima e duvidosa diferença. Uma diferença tão pequena que fez Al Gore e Bush se comprometerem cada vez mais nas campanhas com um discurso voltado para as ONGs, envolvidas até as entranhas com a questão amazônica. Há muito este tipo de noticiário, falso e mal intencionado, vem projetando no mundo uma imagem distorcida e irreal da região, onde viveriam homens que destroem a natureza, matam índios e ofendem o ecossistema da maior reserva biótica do Mundo. A essa campanha externa de desinformação juntam-se entidades brasileiras, inocentes úteis, hipporongas “bem intencionados”, “alternativos”, “idealistas”, missionários aculturalizantes ou mercenários de movimentos ecológicos, quase sempre formados com isenção fiscal dada pelo Governo e financiados pelas transnacionais, para falarem mal do nosso País. Uma campanha espúria cujo objetivo principal é claramente evitar o povoamento efetivo da Amazônia por brasileiros, deixando a região vazia, sem o incômodo de futuras resistências da sociedade civil brasileira às investidas bélicas estrangeiras. Ou seja, querem ter certeza de que a Amazônia não será um novo Vietnã. Campanha ridícula e tendenciosa que, além de ofensiva à soberania de um país e a dignidade de seu povo, não vem encontrando do governo brasileiro qualquer reação. Essas esfarrapadas manifestações de piedade internacional pelo indígena brasileiro e pelos animaizinhos amazônicos, escondem o desejo de criação de Nações Indígenas na Amazônia a serem administradas por grupos religiosos ou pela ONU, tudo em nome de projetos “humanitários”. Principalmente agora que a arrogância dos membros da OTAN não tem mais freio, ao intervirem no Kósovo sem a sanção do Conselho de Segurança da ONU; principalmente depois que abriu-se um perigoso precedente no Direto Público Internacional com a prisão do general Pinochet há alguns anos, numa afronta absurda à soberania do Chile; ou o linchamento de Milosevic em Haia. Fatos estes que fortalecem posições jusnaturalistas que advogam um ignominioso Direito metafronteiriço que transcenderia a soberania das várias Nações-Estado.

O discurso humanitário e ambientalista e a relativização das fronteiras

O discurso atual de “intervenção humanitária”, que pode potencialmente ameaçar a nossa soberania na Amazônia - como no caso do Kósovo e do Iraque -, apesar de seu cunho ideológico “politicamente correto”, toma uma dimensão intervencionista e ameaçadora ao ser utilizado para fins de defesa dos interesses geopolíticos das nações hegemônicas, na medida em que as potências ocidentais se aproveitam da falta de jurisprudência internacional que solucione tal contradição. A despeito de teóricos simplistas ou engajados na causa norte-americana, em pretenderem provar o contrário, os fatos demonstram que a estrutura do Direito Internacional Público está em frangalhos diante da prepotência, arrogância e irresponsabilidade norte-americana ante a geopolítica internacional nos últimos anos, principalmente depois de 11 de Setembro. Ela não vale, a continuar a subserviência da comunidade internacional aos norte-americanos, absolutamente nada. As intervenções em países como a Iugoslávia, o Afeganistão e o Iraque não são uma questão de intervenção humanitária regida pelo Direito Internacional É uma questão de força bruta, descarada, violenta e ilegal. Deixemos de ingenuidade, por essas e por outras, a Amazônia está por um fio, seremos a bola da vez se não tomarmos providências. O que é pretendido, na verdade crua e nua, é a preservação ecológica da Amazônia, como forma de “ congelar” a região, impedindo assim sua exploração mineral, pelo menos enquanto o Estado brasileiro for o dono. Como desde o final da década de 40 há uma desnacionalização dos veículos de comunicação no Brasil, a imprensa amestrada de hoje faz coro na defesa das teses internacionalizantes que ameaçam a nossa Soberania. Diante de qualquer esboço de que o governo brasileiro possa passar a realmente se preocupar com o desenvolvimento da Amazônia, as reações das forças internacionais e de seus comparsas daqui são violenta e prontamente acionadas. O Greenpeace, por exemplo, é o caso mais sintomático. Em novembro de 1990, entregou ao deputado estadual "verde", obviamente do PT, Carlos Minc (PT-RJ), e ao então procurador-geral da República, Gustavo Tepedino, cópias do chamado "Relatório Netuno", um exaustivo e nada científico levantamento sobre acidentes envolvendo bielonaves nucleares. A intenção era obviamente utilizar as informações tendenciosas do relatório em eventuais ações judiciais contra a presença de tais bielonaves em águas brasileiras. É a partir daí - é bom que se diga - que começou a transformação de alguns setores do Ministérios Público e de setores do Judiciário em verdadeiros instrumentos dessas organizações não-governamentais na manipulação de resultados de ações que se relacionem ao meio ambiente e ao desenvolvimento nacional, sempre em benefício de uma política que inviabilize o desenvolvimento do País (Isso, aliás, foi objeto de investigação da CPI da ONGs no Senado).

O "Clube das Ilhas" e os interesses em jogo

Mas, o que está por trás desta e de outras entidades tão "politicamente corretas", tão voltadas para a felicidade e o bem estar da humanidade? Quais são suas fontes de financiamento, quem cria suas estratégias, a quem estão ligados e quais setores estratégicos que os direcionam e por quais razões? Este internacionalismo humanista "espontâneo" foi conseqüência de idealismo de "maluquetes" hypporongas dos Anos 60, preocupados com a Paz e o Amor, ou é o resultado natural de uma estratégia geopolítica da plutocracia financeira anglo-saxônica em nos destruir? Acredito piamente na segunda hipótese. O Greenpeace e a sua complexa rede de coisas do gênero, continua sendo um dos mais eficientes e perniciosos instrumentos desse verdadeiro aríete anticivilizatório que é o movimento ambientalista. Movimento que não é, de forma alguma, um simples fenômeno sociológico espontâneo decorrente da conscientização sobre um suposto "desequilíbrio" nas relações homem-Natureza, como tentam fazer crer . Na verdade, dura e crua, ele é o produto de um sofisticado e sórdido processo de "engenharia social" desenvolvido pelos principais centros do poder político-econômico global, especialmente a oligarquia sediada no eixo Londres-NY, o autodenominado "Clube das Ilhas". Encabeçado pela família real britânica, a casa de Windsor, o clubinho envolve entidades poderosas, onde destaca-se a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), o Fundo Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), o Fundo Mundial para a Natureza (anteriormente, Fundo Mundial para a Vida Selvagem - WWF), a Fundação Rockefeller, o Instituto Tavistock, o Instituto Aspen, o Clube de Roma e outras coisinhas do gênero. Todas, entidades com um longo currículo nada nobre de colaboração com o Pentágono e agências de inteligência norte-americanas e inglesas (como a CIA) ao longo da Guerra Fria, contra a estabilidade de nossas instituições. Foram estas mesmas instituições internacionais que financiaram grupos golpistas e desestabilizadoras no Brasil, como o IBES/IBAD, numa verdadeira lavagem celebral de nossas elites. Doutrinação esta que culminaria nas visões mais equivocadas de "nossa" doutrina de Segurança Nacional, que foi responsável pelos desvios ideológicos que confundiram nossos militares patriotas acerca dos verdadeiros inimigos do Brasil. Esse equívoco redundou em anos de ditadura militar, que apenas serviram para denegrir a imagem de nossos militares e abrir caminho para tudo isso que vem acontecendo hoje. No caso específico da atual doutrinação "salva-bichinho", salva-plantinha", o objetivo último é a erradicação da idéia-força do republicanismo como diretriz de organização da sociedade humana e a destruição da sua materialização política: o Estado Nacional soberano, dedicado à promoção do interesse público, do progresso e do bem-estar geral da sociedade. A intenção é substituir o Estado nacional por uma estrutura de "governo mundial" - uma "Nova Ordem Mundial" fascista, baseada no liberalismo radical e no maulthusianismo (do qual o ambientalismo não passa de uma atualização ideológica para ingênuo boçal ver). A instrumentalização política do ambientalismo tem um tríplice finalidade. A primeira e mais importante é a disseminação do irracionalismo e do pessimismo cultural entre a população em geral, fazendo com que esta aceite sem questionamento a subordinação das políticas de promoção do bem-estar e do desenvolvimento socioeconômico a requisitos de "proteção do meio ambiente", geralmente exacerbados e sem fundamento científico. A segunda é favorecer a aceitação da tese fascista do "governo mundial", para a qual os problemas ambientais, reais ou supostos, são perfeitamente adequados, devido à percepção popular de que "o meio ambiente não tem fronteiras" e, portanto, a sua solução dependeria de uma "legislação supranacional" mais facilmente aceitável (e que abra precedentes para outras áreas políticas). A terceira é a manipulação direta de argumentos ambientais para obstaculizar projetos de desenvolvimento, particularmente, no setor de infra-estrutura, como é o caso atual dos projetos hidroviários brasileiros, virtualmente paralisados por uma solerte campanha de pressão baseadas em falsos argumentos ambientais e de "proteção" de comunidades indígenas. Portanto, o ambientalismo não é um movimento de diletantes, mas uma articulação política de alcance global, voltado contra os Estados nacionais soberanos e a própria essência da Civilização. Essa nova plumagem ambientalista do imperialismo é constituída por um conjunto de famílias aristocráticas da Europa e da América do Norte, que inclui as primeiras casas financeiras da City de Londres e Wall Street, as antigas sócias da famigerada Cia. das Índias Orientais - que tantas desgraças levou a países como a China e a Índia - e as velhas famílias escravocratas do Sul dos EUA. Estas belezas com um currículo humanitário de fazer inveja ao Demo, controlam diretamente o Banco da Inglaterra, o Sistema de Reserva Federal norte-americno, as grandes empresas bancárias, financeiras e seguradoras, os conglomerados alimentícios, as megamineradoras, os oligopólios energéticos, a grande mídia internacional e, de lambuja, as indústrias estratégicas da Europa e América do Norte. Controlam, ainda, as principais organizações do sistema das Nações Unidas, como o Fundo Monetário (FMI), o Banco Mundial (BIRD), a Organização Mundial do Comércio (OMC), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e, óbvio, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Todas as empresas do esquema atuam em estreita cooperação com os serviços de inteligência da Inglaterra, dos EUA e de Israel, principalmente o primeiro. Em sua cúpula, a Casa de Windsor, a casa real britânica, atua como uma espécie de primus inter pares da cúpula. O "Clube das Ílhas" criou e dirige a gigantesca máquina de propaganda e ação política representada pelo aparato das ONGs ambientalistas. As primeiras delas foram a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), fundada em 1848, e o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), criado em 1961. O financiamento para este aparato, cuja organização se intensificou nas décadas de 60 e 70, provém de uma vasta infra-estrutura constituída por mais de 1.000 fundações familiares da América do Norte e da Europa, além de doações de empresas privadas e agências governamentais dos EUA, Canadá e outros países. Entre elas, destaca-se o ultra-seleto "Fundo 1001" para a Natureza (1001 Nature Trust), fundado em 1971 pelo príncipe Bernardo da Holanda, para financiar as atividades do WWF. O "Clube 1001", como é mais conhecido, reúne 1001 membros especialmente convidados, recrutados entre a nata da oligarquia internacional, cada um dos quais paga uma taxa de admissão de 10.000 dólares. A grande maioria dos militantes do ambientalismo foi recrutada entre as fileiras da "Nova Esquerda" e do movimento da contracultura das décadas de 60-70, igualmente promovidos e financiados pela oligarquia. Na época do programa "Aliança para o Progresso" do presidente norte-americano Kennedy, quando o exemplo cubado ameaçava influenciar novos movimentos nacionalistas na América Latina, foram justamente estes setores do "Clube das Ílhas" que ajudou o governo americano. Foram eles que financiaram, por exemplo, a fundação e toda a logística da famosa CEPAL, grupo de estudos formado por lideranças e intelectuais esquerdistas latino-americanos com o objetivo de encontrar fórmulas para o desenvolvimento da região. A Fundação Rockefeller foi a principal fonte de alocação de recursos. Foi justamente nesta época que o senhor FHC "escreveu" seus livretes sociológicos, financiado justamente por esta instituição. Foi naquela época, portanto, que o plano de condicionamento das esquerdas latino-americanas começou, contexto também em que Fernando Henrique passou a ser pago pela Cia. Por isso, nada do que vem fazendo este senhor me surpreende. Hoje, sabemos que muitos outros foram também cooptados, até chegarmos a situação em que chegamos. E o caminho de Lula e do PT, pelas últimas declarações e pelas relações siamesas que têm com as ONGs, não será diferente. Ele está também amestrado. Por isso, não me surpreenderá nada se ganhar a eleição deste ano.. O controle de todo esse aparato é exercido diretamente pelo "Clube das Ílhas", por intermédio da Casa de Windsor e suas redes. Em um segundo nível, estão as organizações oficiais internacionais (PNUMA, PNUD, etc.), as fundações e corporações financiadoras do movimento. A seguir, como um anteparo entre tais círculos aristocráticos e as ONGs que formam as "tropas de choque" do movimento, encontra-se uma ampla rede de "organizações respeitáveis", dirigidas por "cidadãos acima de qualquer suspeita" (World Resources Institute, Worldwatch Institute, Environmental Defence Fund, Conservation International, etc.). Nos degraus inferiores, começam a aparecer os "aríetes" do movimento, como o Greepeace, Amigos da Terra e outras, cujo grau de radicalismo vai crescendo até se chegar às organizações prototerroristas e abertamente terroristas. Mas qual a base ideológica que subjaze a todo este movimento de poderosos nobres e plutocratas "politicamente corretos"? Além da visão malthusiana travestida de ambientalista, que não admite que outros povos atinjam graus minimamente humanos de civilização, existe alguma filosofia política por trás disso tudo? A resposta é sim! Chama-se permeation, uma estratégia política de dominação, uma atividade de propaganda totalmente peculiar, formada pelo chamado "fabianismo", movimento político-ideológico surgido justamente na Inglaterra em 1883. Formou-se por obra de intelectuais como Sidney Webb, George Bernard Shaw, Annie Besant, Edward Peace, entre outros, que fundaram uma associação privada com a finalidade de "contribuir para a reconstrução da sociedade de acordo com as mais altas possibilidades morais". A associação se inspirou na estratégia contemporizadora usada nas guerras pelo cônsul romano Fábio Máximo, daí o nome fabianismo ou Fabian Society. O movimento fabiano derivou de duas correntes de pensamento: de um lado, a tradição liberal inglesa, transmitida pelos escritos de John Stuart Mill e pelo radicalismo londrino da década de 1880, tributário em grande parte da doutrina positivista francesa; de outro lado, o internacionalismo socialista e as lutas das trade-unions (sindicatos) e do movimento cartista da Inglaterra no século passado. Muitos estudiosos sustentam, portanto, que o fabianismo é um liberalismo inglês não atingido pelo marxismo. A "unicidade" do movimento estava na especialíssima compenetração entre o socialismo não-marxista com a tradição liberal inglesa. Utilizavam uma forma toda peculiar de ação que procurava, ao máximo possível, evitar contatos com as massas populares, embora advogassem avanços sociais para os mesmos (contando que fossem ingleses). Utilizavam-se do que chamavam de permeation como estratégia política, que consistia na tentativa de influenciar as pessoas que ocupassem postos - chaves de poder na sociedade, em todos os níveis e todos os campos: exatamente políticos, professores, diplomatas, empresários e lideranças sindicais, que deveriam ser "permeados" de tal modo que pudessem se engajar em sua causas internacionalistas e sociais. Esses profissionais, assim, poderiam prestar um serviço mais válido à comunidade voltado para a melhoria das condições sociais dos trabalhadores ingleses, mas sempre tendo em vista os interesses da Grã-Bretanha. Nesta atitude elitista, golpista, de ação política baseada na intriga, nos bastidores, não tinham interesses em ocupar cargos públicos, mas apenas de controlar ou manipular os agentes dos cargos públicos. Hoje, o "Clube das Ílhas" transferiu isso para o nível planetário e o Brasil e a América Latina vêm sendo o seu grande laboratório. Os setores estereotipados do PT como "xiitas" sabem disso, por essa razão estão a cada dia mais distantes dos líderes moderados (entenda-se: adestrados) do partido. Parece, no caso brasileiro atual, que as coisas não são apenas coincidentes. É o que explica a verdadeira idéia fixa do Governo Federal em se submeter ao que vem de fora. Mas o assunto é complexo e a rede de intrigas incomensurável. Hoje, estes pseudo-esquerdistas e ecologistas de plantão, “permeados” e no comando de nosso amado País nos mais variados níveis, não governam coisa nenhuma. Na verdade, são garotos de recado destes neo-fabianos malthusianos que nos infligem políticas destrutivas que vêm destruindo nossa família, nossos recursos, nossos sonhos, nosso povo, fato que explica o constante estado de tensão social por que passamos. Vamos acordar brasileiros, a questão da preservação ambiental, preocupação tão óbvia para a nossa preservação, não pode ser usada para fins outros que não o nosso bem.

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