A Exportação de Arroz
No Brasil, a miopia ideológica do Governo Lula, que insiste na demarcação em área contínua da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, alvo de recentes críticas militares, provocou um irônico esbarrão com a realidade da crise mundial de alimentos. Na quarta-feira 23 de abril, o ministro da Agricultura Reinhold Stephanes anunciou a suspensão das exportações de arroz dos estoques do governo e disse que espera a mesma atitude dos exportadores privados, com a intenção de evitar problemas de abastecimento interno. A ironia está em que, em Roraima, a demarcação contínua da reserva Raposa Serra do Sol implicará na interrupção da produção de arroz irrigado na área, transformando o estado em importador do produto. Hoje, além de abastecer o mercado local, o arroz cultivado na área é exportado para o Amazonas (onde abastece 80% do mercado local), Pará e Amapá. Estimativas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) dão conta de que o arroz de Roraima alimenta uma população de cerca de dois milhões de pessoas.
O arroz irrigado é cultivado em Roraima há mais de três décadas, com índices de produtividade que hoje são os mais altos do País, superiores a 6 toneladas por hectare. Como a área cultivada é de 20 mil hectares, a produção tem oscilado entre 120-130 mil toneladas anuais. Além de proporcionar mais de 6 mil empregos diretos e indiretos, a rizicultura representa 7-8% do PIB estadual.
Por conseguinte, com a teimosa insistência em manter a demarcação contínua, o Governo Federal colocará em risco não apenas a ordem social do estado, como já se pode antever com as ações de resistência à retirada por parte dos produtores, residentes não-índios e até mesmo muitos indígenas, mas também a própria segurança alimentícia da população roraimense e dos estados para os quais o arroz é exportado.
Uma vez mais, os prejuízos causados pela ideologia - e pela soberba - se mostram em sua plenitude. Esperemos que o Supremo Tribunal Federal, ao qual caberá a palavra final sobre o assunto, não se deixe influenciar nem por uma nem por outra.
No Brasil, a miopia ideológica do Governo Lula, que insiste na demarcação em área contínua da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, alvo de recentes críticas militares, provocou um irônico esbarrão com a realidade da crise mundial de alimentos. Na quarta-feira 23 de abril, o ministro da Agricultura Reinhold Stephanes anunciou a suspensão das exportações de arroz dos estoques do governo e disse que espera a mesma atitude dos exportadores privados, com a intenção de evitar problemas de abastecimento interno. A ironia está em que, em Roraima, a demarcação contínua da reserva Raposa Serra do Sol implicará na interrupção da produção de arroz irrigado na área, transformando o estado em importador do produto. Hoje, além de abastecer o mercado local, o arroz cultivado na área é exportado para o Amazonas (onde abastece 80% do mercado local), Pará e Amapá. Estimativas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) dão conta de que o arroz de Roraima alimenta uma população de cerca de dois milhões de pessoas.
O arroz irrigado é cultivado em Roraima há mais de três décadas, com índices de produtividade que hoje são os mais altos do País, superiores a 6 toneladas por hectare. Como a área cultivada é de 20 mil hectares, a produção tem oscilado entre 120-130 mil toneladas anuais. Além de proporcionar mais de 6 mil empregos diretos e indiretos, a rizicultura representa 7-8% do PIB estadual.
Por conseguinte, com a teimosa insistência em manter a demarcação contínua, o Governo Federal colocará em risco não apenas a ordem social do estado, como já se pode antever com as ações de resistência à retirada por parte dos produtores, residentes não-índios e até mesmo muitos indígenas, mas também a própria segurança alimentícia da população roraimense e dos estados para os quais o arroz é exportado.
Uma vez mais, os prejuízos causados pela ideologia - e pela soberba - se mostram em sua plenitude. Esperemos que o Supremo Tribunal Federal, ao qual caberá a palavra final sobre o assunto, não se deixe influenciar nem por uma nem por outra.
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