Ser brasiliense é olhar para o céu e ver milhões de pombos, ratos com asas, sujarem tua roupa.
É sair da faculdade e ver que teu carro foi arrombado ou roubado.
É correr o risco diário de ser atropelado, ficar aleijado ou morrer na faixa de pedestre.
É sair de casa e ver aquele imenso e horroroso buraco, humilhando os moradores, causando perigos constantes, enfeiando ainda mais o Lago Norte e ninguém faz nada.
É ver o governo privilegiar áreas, esquecendo das outras, embora todos paguem impostos.
É sair do banco e ser assaltado por delinqüentes.
É ter que agüentar a inútil e picareta Câmara Distrital.
É ver as fachadas imundas da maioria das quadras comerciais.
É ver as placas de endereços, que eram verdes, sujas, manchadas, apagadas e encardidas.
É comer pastel e ver que a cidade, por onde se ande, sobretudo nos semáforos, está cheia de mendigos, sobretudo de crianças, sujas, maltrapilhas, passando fome.
É ter paciência diariamente para suportar o trânsito caótico.
É lamentar por hospitais e ônibus ruins.
É entrar na internet e ver blogueiros arrogantes e pretensiosos, paladinos da moral e da ética.
É brigar, se revoltar e jamais se acomodar diante da inércia e demagogia dos governantes.
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