quinta-feira, 9 de julho de 2009

Eterna pilantragem tucanóide...

"iFHC" gasta 10 vezes mais que Fundação Sarney para fazer a mesma coisa

A imprensa depois de fazer uma devassa na vida pessoal do senador Sarney, e só encontrarem a casa declarada à Receita Federal e sem constar ao TSE, partiram para o entorno: parentes e aliados. Quem dera fizessem isso sempre e sobre todos os políticos importantes.Hoje o Estadão traz denúncias contra a Fundação José Sarney (uma entidade privada, tanto quanto o Instituto FHC e a Fundação Roberto Marinho), por ter projeto de preservação e Recuperação dos Acervos Bibliográfico e Museológico da Fundação José Sarney, com base na lei de incentivo à cultura.Com base nesta lei a Fundação apresentou projeto ao ministério da Cultura, foi aprovado, e a Fundação pode captar dinheiro de empresas para patrocinar o projeto. As empresas, em compensação, podem abater este valor do imposto de renda a pagar. Quem patrocinou o projeto foi a Petrobrás, e o valor foi de R$ 1.213.205,39.Mas até onde entendo, a empresa não tem qualquer ingerência na execução do que se passa dentro da Fundação José Sarney. Ela apenas fez o patrocínio, e tem, em contrapartida, compensação nos impostos, e divulgação da marca. Pode-se questionar se o patrocínio é bom ou ruim, e se tratar-se-ia de favorecimento político. Porém, outro ex-presidente está na mesma situação, e em montantes bem maiores.Então, como alegar favorecimento à Sarney, se outro ex-presidente usa do mesmo expediente para preservar sua memória? O Instituto FHC, apresentou seu projeto de digitalização do acervo de FHC e captou da mesmo forma um valor quase 5 vezes mais elevado do que Sarney: R$ 5,7 milhões.A captação de FHC se deu na SABESP (estatal do governo paulista, hoje de José Serra, na época, de Geraldo Alckmin), e diversas empresas beneficiadas pelas privatizações, ligadas aos tucanos. Todas descontaram no Imposto de Renda o valor repassado ao iFHC, portanto trata-se de dinheiro público dos impostos que, em vez de serem recolhidos à receita federal, são usados no iFHC (ou na Fundação Sarney), a título de incentivo fiscal à cultura.Esse projeto do iFHC encontra-se com as seguintes pendências de prestação de contas junto ao ministério da Cultura:- Informar as metas a serem realizadas- Informar as metas já realizadas- Informar o nº de dias necessários para realização das metasMesmo sem ter acabado, e sequer prestado contas, o iFHC já apresentou novo projeto, para dar continuidade à descrição, preservação e informatização do acervo documental do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso.Como assim? O projeto anterior já não era para fazer isso?O valor proposto pelo iFHC ao ministério da Cultura (ainda não aprovado) é quase R$ 7 milhões de reais (R$ 6.953.860,72 para ser exato), além dos R$ 5,7 milhões do projeto anterior para fazer a mesma coisa.No total, o iFHC está propondo gastar R$ 12,7 milhões para fazer a mesma coisa que a Fundação José Sarney fez com R$ 1,2 milhão. São 10 vezes mais. Um claro indício de superfaturamento, com prejuízos ao erário do tesouro nacional, através da perda de arrecadação de impostos federais, via incentivos fiscais.Para complicar mais a situação, na operação Satiagraha, constatou-se movimentação financeira do iFHC no Opportunity Fund, de Daniel Dantas. O fundo é legalizado no Banco Central e não é necessariamente crime ser cotista, mas o Opportuniy foi usado para lavar dinheiro, segundo denúncia do Ministério Público Federal.Em continuidade à Satiagraha, um novo inquérito foi aberto para investigar os cotistas residentes no Brasil que aplicaram no Opportunity Fund estrangeiro. A operação no estrangeiro por residentes no Brasil é fraudulenta, pois é proibida, e usada para sonegar impostos nas aplicações financeiras no Brasil. O ex-presidente FHC em recente entrevista qualificou Daniel Dantas como brilhante.O mínimo que se pode exigir é uma apuração rigorosa sobre as operações do iFHC tanto quanto da Fundação Sarney.
Na batalha do Senado, o Senador Mercadante, cumprindo o papel de prisioneiro de guerra capturado pela oposição, fez um discurso de moralismo seletivo, exigindo apuração rigorosa das denúncias do Estadão contra a Fundação José Sarney.Causa estranheza esse moralismo seletivo do Senador Mercadante semelhante ao que cansamos de assistir ao longo dos últimos anos na imprensa. Fazer discursos exigindo rigor na apuração de denúncias contra pessoas da base govenista, e praticar a frouxidão moral diante da corrupção tucana, não é atitude adequada para quem deseja apresentar-se com a imagem de ético. Vou repetir: o iFHC está gastando 10 vezes mais para fazer a mesma coisa que a Fundação Sarney.
Leia mais e veja os comprovantes no Blog “Amigos do Presidente Lula”...

Meu comentário:

Repito o que já publiquei. FHC é um pilantra inominável. Diferente de José Sarney, que doou seu patrimônio pessoal para o Maranhão, quando poderia fazê-lo para qualquer outro museu da capital federal, o tucano-mor, Fernando Henrique Cardoso, tomou outro rumo nada digno de um homem que foi presidente da República. Nunca é demais lembar que, na edição 234, de 11 de novembro de 2002, a revista “Época”, com o título de capa “FHC passa o chapéu”, mostrou que o ainda então presidente da República tucano reuniu empresários para levantar R$ 7 milhões para ONG que bancaria palestras e viagens suas ao Exterior em sua aposentadoria . A revista mostrou que foi em noite de gala, dizendo: “Fernando Henrique Cardoso reuniu 12 dos maiores empresários do país para um jantar no Palácio da Alvorada, regado a vinho francês Château Pavie, de Saint Émilion (US$ 150 a garrafa, nos restaurantes de Brasília). Durante as quase três horas em que saborearam o cardápio preparado pela chef Roberta Sudbrack - ravióli de aspargos, seguido de foie gras, perdiz acompanhada de penne e alcachofra e rabanada de frutas vermelhas -, FHC aproveitou para passar o chapéu. Após uma rápida discussão sobre valores, os 12 comensais do presidente se comprometeram a fazer uma doação conjunta de R$ 7 milhões à ONG que Fernando Henrique Cardoso passará a presidir assim que deixar o Planalto em janeiro e levará seu nome: Instituto Fernando Henrique Cardoso (IFHC)”. A convocação de empresários para doar dinheiro a uma ONG pessoal do presidente, ainda com a possibilidade de assinar o Diário Oficial, constituiu o diferencial da atitude de ex-presidentes tão diferentes como FHC e José Sarney. O primeiro usou o Estado para benefício próprio para garantir suas viagens ao exterior, não para beneficiar o povo brasileiro. O segundo, usou seu próprio patrimônio pessoal para beneficiar um dos mais importantes interesses públicos: a cultura. São formas radicalmente de se encarar a vida pública. O que difere um estadista de um político comum é a preocupação com o bem geral, que é sempre o interesse de todos os membros da sociedade. E não há elemento mais decisivo para se distinguir este interesse geral dos reclamos particulares do que a cultura e a memória histórica.

Leia mais detalhes, em "Partido da Imprensa Golpista" parte pro desespero...

Um comentário:

  1. É por causa desse FHC que os pedevistas encontram-se nesse estágio deplorável ma sua grande maioria . Não sei como algumas pessoas têm memória tão curta!

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