segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Argemiro Ferreira

Os EUA e a incerteza em Honduras

HONDURAS-COUP-US-ZELAYA-SHANNON

É difícil prever o que vai acontecer em Honduras depois do acordo. Na aparência, ele sequer impõe a volta do presidente constitucional Manuel Zelaya (na foto acima com o sub-secretário americano Thomas Shannon, na embaixada do Brasil), cujo mandato foi capado em mais de quatro meses. O retorno era ponto de honra não só para os partidários de Zelaya, mas para a ONU, a OEA e a comunidade internacional, até porque nenhum país reconheceu o regime do golpista Roberto Micheletti.

HN_Llorens_Hugo-02.JPGO objetivo maior da comunidade internacional era deixar claro na América Latina com seu passado marcado por golpes militares (em geral teleguiados dos EUA e quase sempre acompanhados pelo respaldo americano, com desembarque de tropas ou a ameaça de fazê-lo) que tais práticas não serão mais toleradas no continente – e que o golpismo será sistematicamente repudiado.

Para os atuais detentores do poder de fato aceitarem a fórmula, autoridades dos EUA – Thomas Shannon, sub-secretário de Estado para assuntos do hemisfério, e o embaixador Hugo Llorens – tiveram de convencer os golpistas (que antes do golpe tinham tido o cuidado de obter deles o nihil obstat de Washington) de que Zelaya só voltaria se o Congresso de Honduras aprovasse seu retorno ao poder.

Leia o Argemiro Ferreira na íntegra...

Nenhum comentário:

Postar um comentário