Sérgio Cabral
Deve ser respeitado pela preocupação com a prioridade. Tenta ser candidato a vice. "Lancemos o nome, antes que outro aventureiro faça o mesmo". Cassaram dois deputados da Alerj. Foi uma vitória esse fato inédito? Longe disso. Muitos que votaram deviam também perder os mandatos. Jane Cozzolino foi cassada pelo sobrenome. Já que tinham que fazer alguma coisa, optaram por ela, mas não houve injustiça. Renata do Posto foi "escolhida" antes, no "cara e coroa". Como respeitar uma Alerj assim?
Mas o mais grave não será registrado: a Alerj é presidida (para a vida toda) por Jorge Picciani. I-n-d-i-c-i-a-d-o por ENRIQUECIMENTO ILÍCITO e EXPLORAÇÃO DE TRABALHO ESCRAVO. E quer ser senador.
O governo dá a impressão de que enquadrou os planos de saúde. Serão (serão?) obrigados a atender mais uma porção de doenças, não incluídas nesses planos recordistas de reclamações.
Representantes do governo dizem: "Não haverá aumento de mensalidades". Os responsáveis pelos planos garantem: "Terá que haver aumento para o cidadão". Adivinhem quem vai ganhar?
Nunca nos 508 anos de retrocesso do Brasil houve uma foto como essa de Rafael de Andrade: o presidente da República deitado no ombro do governador do Estado do Rio, e este rindo de felicidade.
Rui Barbosa, ministro da Fazenda de Deodoro (e ao mesmo tempo escrevendo os discursos dele), quando ia ao Catete, na ante-sala, passava a mão no cabelo, acertava a gravata, ficava ansioso.
Dizia: "Serei recebido pelo primeiro magistrado do País, sempre fico emocionado, por mais que o fato aconteça e se repita".
Agora isso, em público, diante do cidadão abandonado, esquecido, desprezado, este sim, precisando de afago.
É inacreditável: faltando 30 meses, os mais diversos jornais e analistas dizem: "Sérgio Cabral trabalha para ser vice em 2010". Perguntinha ingênua, inócua, inútil: ele vai sair do PMDB?
Pois no maior partido do Brasil existem 9 nomes com prioridade acima da dele. Incluindo Orestes Quércia, que sofre as mesmas restrições.
E é para desconfiar quando um cidadão, governador de um Estado como o do Rio, se lance ao segundo lugar. É ele mesmo que estabeleceu seu limite de segundo e não de primeiro?
Devia fazer como o senador Artur Virgilio, que lançou sua candidatura a presidente, em nome da modificação dos hábitos partidários, "de presidentes escolhidos num apartamento ou restaurante".
E não foi por esquecimento, gafe ou descuido que Sérgio Cabral chamou Dona Dilma de "presidente". Foi deliberado, queria lembrar a ela e a Lula: "Olha, eu estou aqui, não esqueçam".
A televisão tem influência deletéria, que palavra. O caso dessa menina que caiu ou foi empurrada de uma janela é importante. Mas não para ser elevado à condição de drama ou trauma nacional, dia e noite. A televisão, aberta ou fechada, noticia o fato toda hora.
Enquanto isso, essas mesmas televisões não reservam nota de 1 minuto num jornal da madrugada para combater as "DÍVIDAS" internas e externas, que ASSASSINAM milhões de pessoas. Que República.
O Psol tem tratado as alianças partidárias com extrema correção e coerência. Mas tinha que aprovar, como aprovou, a aliança de Luciana Genro (dos melhores quadros do partido, candidata a prefeito de Porto Alegre) com o PV. Tem vetado outras muito bem.
Exatamente há 1 mês, quando o Copom ia se reunir, disse o que todo mundo também disse: a taxa de juros ficará em 11,25.
Mas fui mais longe em dois quesitos. 1 - Tão cedo não haverá redução desses juros. 2 - A partir de junho-julho, os juros aumentarão.
A questão do terceiro mandato levantada pelo vice Alencar merece análise mais profunda. Vou fazer, mas não hoje. A sucessão será aberta oficialmente em janeiro de 2009. Depois da eleição e posse dos prefeitos. Sou contra toda e qualquer reeeleição, já disse isso.
Pode parecer radical, mas os mandatos de presidentes, governadores, prefeitos e até presidentes de clubes deveriam ser de 1 ano, renovável por 5 ou 6 vezes. Assim, os Executivos tomavam posse e já começavam a FAZER, que é o verbo que serve ao cidadão.
E não haveria essa tolice de que presidentes, governadores e prefeitos estejam "fazendo" em ano eleitoral.
Serra e Aécio, do PSDB, Marcelo Déda (Sergipe), do PT-PT, e outros governadores e prefeitos de diversos partidos ficariam 1 ano parado? Loucura, falta de bom senso e espírito público.
Tudo isso vigorou, sem nenhuma reeeleição, até 1996, quando a vaidade e a ambição de FHC compraram a prorrogação. E os que agora estão CONTRA não estavam rigorosamente a FAVOR?
XXX
Secretaria de Previdência Complementar (fundos de pensão que reforçam a aposentadoria paga pelo INSS, que é, no máximo, de 4 mil e 200 reais por mês) publica cinco portarias na página 362 do Diário Oficial anteontem. Aprovou alterações nos planos de benefício do grupo Sílvio Santos, administrados pela empresa Multiprev. As portarias estão assinadas pela diretora Maria Ester Veras.
Como o grupo Sílvio Santos não se encontra bem financeiramente (pretende arrendar espaço de produção do SBT), as alterações na aposentadoria complementar só devem envolver redução das contribuições do Baú da Felicidade. Os profissionais da rede SS têm razões para se preocupar. Não custa lembrar que o grupo Sílvio Santos responde a processo no Supremo por ter transformado o plano de capitalização numa loteria que só roda a favor dele.
Em carta ao Supremo (sigilosa, que publiquei com exclusividade), confessa que ganhou 2 BILHÕES, protegido por diretores e presidente da Susep nos últimos 15 anos. Ninguém foi responsabilizado, nem SS nem alguém da Susep.
Mas o mais grave não será registrado: a Alerj é presidida (para a vida toda) por Jorge Picciani. I-n-d-i-c-i-a-d-o por ENRIQUECIMENTO ILÍCITO e EXPLORAÇÃO DE TRABALHO ESCRAVO. E quer ser senador.
O governo dá a impressão de que enquadrou os planos de saúde. Serão (serão?) obrigados a atender mais uma porção de doenças, não incluídas nesses planos recordistas de reclamações.
Representantes do governo dizem: "Não haverá aumento de mensalidades". Os responsáveis pelos planos garantem: "Terá que haver aumento para o cidadão". Adivinhem quem vai ganhar?
Nunca nos 508 anos de retrocesso do Brasil houve uma foto como essa de Rafael de Andrade: o presidente da República deitado no ombro do governador do Estado do Rio, e este rindo de felicidade.
Rui Barbosa, ministro da Fazenda de Deodoro (e ao mesmo tempo escrevendo os discursos dele), quando ia ao Catete, na ante-sala, passava a mão no cabelo, acertava a gravata, ficava ansioso.
Dizia: "Serei recebido pelo primeiro magistrado do País, sempre fico emocionado, por mais que o fato aconteça e se repita".
Agora isso, em público, diante do cidadão abandonado, esquecido, desprezado, este sim, precisando de afago.
É inacreditável: faltando 30 meses, os mais diversos jornais e analistas dizem: "Sérgio Cabral trabalha para ser vice em 2010". Perguntinha ingênua, inócua, inútil: ele vai sair do PMDB?
Pois no maior partido do Brasil existem 9 nomes com prioridade acima da dele. Incluindo Orestes Quércia, que sofre as mesmas restrições.
E é para desconfiar quando um cidadão, governador de um Estado como o do Rio, se lance ao segundo lugar. É ele mesmo que estabeleceu seu limite de segundo e não de primeiro?
Devia fazer como o senador Artur Virgilio, que lançou sua candidatura a presidente, em nome da modificação dos hábitos partidários, "de presidentes escolhidos num apartamento ou restaurante".
E não foi por esquecimento, gafe ou descuido que Sérgio Cabral chamou Dona Dilma de "presidente". Foi deliberado, queria lembrar a ela e a Lula: "Olha, eu estou aqui, não esqueçam".
A televisão tem influência deletéria, que palavra. O caso dessa menina que caiu ou foi empurrada de uma janela é importante. Mas não para ser elevado à condição de drama ou trauma nacional, dia e noite. A televisão, aberta ou fechada, noticia o fato toda hora.
Enquanto isso, essas mesmas televisões não reservam nota de 1 minuto num jornal da madrugada para combater as "DÍVIDAS" internas e externas, que ASSASSINAM milhões de pessoas. Que República.
O Psol tem tratado as alianças partidárias com extrema correção e coerência. Mas tinha que aprovar, como aprovou, a aliança de Luciana Genro (dos melhores quadros do partido, candidata a prefeito de Porto Alegre) com o PV. Tem vetado outras muito bem.
Exatamente há 1 mês, quando o Copom ia se reunir, disse o que todo mundo também disse: a taxa de juros ficará em 11,25.
Mas fui mais longe em dois quesitos. 1 - Tão cedo não haverá redução desses juros. 2 - A partir de junho-julho, os juros aumentarão.
A questão do terceiro mandato levantada pelo vice Alencar merece análise mais profunda. Vou fazer, mas não hoje. A sucessão será aberta oficialmente em janeiro de 2009. Depois da eleição e posse dos prefeitos. Sou contra toda e qualquer reeeleição, já disse isso.
Pode parecer radical, mas os mandatos de presidentes, governadores, prefeitos e até presidentes de clubes deveriam ser de 1 ano, renovável por 5 ou 6 vezes. Assim, os Executivos tomavam posse e já começavam a FAZER, que é o verbo que serve ao cidadão.
E não haveria essa tolice de que presidentes, governadores e prefeitos estejam "fazendo" em ano eleitoral.
Serra e Aécio, do PSDB, Marcelo Déda (Sergipe), do PT-PT, e outros governadores e prefeitos de diversos partidos ficariam 1 ano parado? Loucura, falta de bom senso e espírito público.
Tudo isso vigorou, sem nenhuma reeeleição, até 1996, quando a vaidade e a ambição de FHC compraram a prorrogação. E os que agora estão CONTRA não estavam rigorosamente a FAVOR?
XXX
Secretaria de Previdência Complementar (fundos de pensão que reforçam a aposentadoria paga pelo INSS, que é, no máximo, de 4 mil e 200 reais por mês) publica cinco portarias na página 362 do Diário Oficial anteontem. Aprovou alterações nos planos de benefício do grupo Sílvio Santos, administrados pela empresa Multiprev. As portarias estão assinadas pela diretora Maria Ester Veras.
Como o grupo Sílvio Santos não se encontra bem financeiramente (pretende arrendar espaço de produção do SBT), as alterações na aposentadoria complementar só devem envolver redução das contribuições do Baú da Felicidade. Os profissionais da rede SS têm razões para se preocupar. Não custa lembrar que o grupo Sílvio Santos responde a processo no Supremo por ter transformado o plano de capitalização numa loteria que só roda a favor dele.
Em carta ao Supremo (sigilosa, que publiquei com exclusividade), confessa que ganhou 2 BILHÕES, protegido por diretores e presidente da Susep nos últimos 15 anos. Ninguém foi responsabilizado, nem SS nem alguém da Susep.
Amanhã
Sarney, Collor, Itamar, FHC e Lula precisam se unir e impedir que se criem 216 países na Amazônia.
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