terça-feira, 18 de maio de 2010

Mário Quintana

Ah! Esses Olhares...

Ah, esses olhares passeando, incômodas moscas,

Sobre a calma forçada da face dos mortos.
Poupai-me, amigos, tal humilhação
Ou, senão,
Pintai sobre a minha face morta,
De orelha a orelha
Em vermelhão
Um silencioso, um debochativo sorriso de clown...
Aí podereis vir todos encarar-me então,
Curiosos, repugnantes vivos!


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