quarta-feira, 19 de maio de 2010

Opinião, Notícia e Humor

MANCHETES DOS JORNALÕES

(Se você não teve tempo hoje de ler os principais jornais do País, leia-os agora a noite)

China apoia punição, mas diz que população não pode ser prejudicada. Um dia após o Irã assinar com Brasil e Turquia um acordo de enriquecimento de urânio fora do país, os EUA anunciaram ontem ter obtido apoio dos outros quatro membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU para novas sanções ao regime iraniano. Tanto a Rússia quanto a China, que relutavam, deram consentimento. Mas Pequim ressaltou que as punições não podem atingir a população iraniana e que seu objetivo é levar o Irã de volta à mesa de negociações. O chanceler Celso Amorim e seu colega turco vão enviar carta à ONU explicando o acordo. (Págs. 1, 29 e 30, editorial "A motivação de um plano temerário" e Zuenir Ventura)

FOLHA DE S. PAULO
COM NOVA TELEBRÁS, TELES TEMEM PERDER R$ 20 BI

Cerca de 20% do faturamento de companhias vem de contratos públicos. As companhias telefônicas temem perder R$ 20 bilhões por ano com a volta da Telebrás. O valor se refere aos contratos com a administração pública (federal, estadual e municipal e estatais) -20% do faturamento líquido das teles em 2009. Segundo a Folha apurou, a resistência das teles ao Plano Nacional de Banda Larga vem do receio de perder as contas de governo, não da eventual atuação da Telebrás na oferta de acesso à internet a usuários finais em locais remotos. As operadoras alegam que atender à administração pública foi determinante em seus planos de negócios quando participaram da privatização, em 1998. Para Rogério Santanna, presidente da estatal, as teles deveriam se preocupar com os valores que cobram dos outros clientes. Com a Telebrás no mercado, "terão que baixar". (Págs. 1 e B1)

O ESTADO DE S. PAULO
BC PROJETA CRESCIMENTO DE 9,85% NO TRIMESTRE

Novo índice capta aceleração acima das previsões; arrecadação de impostos sobe 16,75% em abril. O índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), criado para tentar antecipar o resultado do PIB e subsidiar a política de juros, mostrou que a economia teve alta de 9,85% no primeiro trimestre ante igual período de 2009. O resultado é superior ao que a maioria dos analistas e a Fazenda estão projetando - na casa dos 8%. Em relação ao quarto trimestre do ano passado, o IBC-Br teve expansão de 2,38%, o que significa, em termos anualizados, crescimento próximo de 10%. O dado reforça a análise de que a economia está em um ritmo muito forte neste início de ano e que é necessário colocar um freio no nível de atividade. O crescimento fez a arrecadação da Receita Federal crescer 16,7S% em abril sobre igual período de 2009, atingindo R$ 70,9 bilhões, o melhor resultado para o mês. (Págs. 1 e Economia B1 e B3)



EUA desdenham acordo com Irã, forçam novas sanções, e brasileiros abandonam debate. Depois da fria reação ao acordo entre Brasil, Irã e Turquia, os EUA partiram para a truculência ontem ao imporem novas sanções no âmbito das Nações Unidas contra o regime iraniano, desqualificando o esforço do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o próprio endosso dado pelo governo Obama antes da chegada do brasileiro a Teerã. A secretária Hillary Clinton desdenhou a iniciativa brasileira ao anunciar que as medidas seriam decididas por EUA, França, Grã-Bretanha, Rússia, China e Alemanha. O Brasil deu o troco, saindo do debate, e recusou-se a apoiar novas sanções. Além da questão nuclear, o confronto pode esconder o temor americano de uma parceria Irã-Brasil-Turquia na área petrolífera. Donos da segunda reserva do mundo, os iranianos querem refinarias que a Petrobras pode construir em troca de sondas para exploração. (Págs. 1 e Tema do dia A2 a A4)

CORREIO BRAZILIENSE
BRASIL DESAFIA OS EUA PARA DEFENDER O IRÃ

O governo brasileiro entrou em rota de colisão com Washington no imbróglio nuclear chamado Irã. A embaixadora Maria Luiza Viotti abandonou a reunião do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, após os Estados Unidos defenderem novas sanções ao regime de Teerã. Na avaliação do Itamaraty, o acordo firmado pelo presidente Lula na segunda-feira estabelece uma “nova situação”, que não estaria sendo considerada pelas grandes potências. Apesar de reconhecer os esforços do Brasil por uma solução diplomática, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, anunciou uma “mensagem inequívoca” sobre as limitações ao programa nuclear de Mahmoud Ahmadinejad. (Págs. 1 e 16)


VALOR ECONÔMICO
LUCRO DAS EMPRESAS CRESCE 57% NO PRIMEIRO TRIMESTRE

Um ano depois do auge da crise internacional, o resultado das companhias abertas no primeiro trimestre mostra que as empresas voltaram rapidamente aos tempos dos bons lucros. Houve crescimento em todas as linhas dos balanços, considerando 231 empresas, exceto as de intermediação financeira e as gigantes Vale e Petrobras - que por seu tamanho distorcem a amostra. Conforme estudo do Valor Data, o lucro líquido das companhias registrou um salto de 57,3%, alcançando R$ 13,9 bilhões. A evolução é significativamente maior que a da receita líquida, que foi de 16,5% e somou R$ 172,5 bilhões. (Págs. 1 e D1)


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