James Circello
Fonte: Uruknet Tradução de F. Macias
Soldados norte americanos e civis afegãos morrem, para que o Pentágono possa ocultar a derrota
O exército norte-americano retirou de uma base no recôndito Vale Korengal no Afeganistão, depois de passar quatro anos a tentar ganhar o controlo do terreno. As forças norte-americanas até negociaram os termos da sua derrota, pagando aos combatentes da resistência e deixando-lhes a base completamente intacta, em edifícios, combustível, geradores e equipamento militar, de forma a poder retirar tranquilamente do vale. Os media corporativos e na sua maior parte, as cúpulas do Pentágono inventaram que a retirada forçada do “Vale da Morte” tinha sido uma ‘mudança de estratégia’. Esta assim denominada ‘mudança’ deixou surpresos os soldados e fuzileiros que perderam amigos e derramaram sangue nas montanhas do Afeganistão, enquanto eram obrigados a defender um posto avançado que os comandos militares norte-americanos afirmaram ser “ um remoto lugarejo de valor estratégico limitado”. Apesar do seu “valor estratégico limitado”, foram mortos ali, surpreendentemente, 42 soldados norte-americanos, centenas ficaram feridos, e morreu um número desproporcionado de civis afegãos. Um dos últimos soldados que morreu lá, suicidou-se, incapaz de suportar os horrores diários de uma missão sem esperança.
Soldados norte-americanos usados como isca
Os soldados estacionados no Vale Korengal tinham uma missão: permanecerem sentados como alvos à espera de serem atacados, dia após dia. Os afegãos do Vale Korengal combatiam porque invasores estrangeiros ocupavam o seu país há quase uma década. O exército norte-americano ocupou o Vale Korengal para os desafiar a combater. Esta é a lógica do império. A dura realidade, de que nós não servimos para mais nada do que isca, não pode ser omitida. A estratégia do Vale Korengal – de colocar soldados e fuzileiros em perigo usando-os como isca para atrair a resistência afegã a combater, para então caças, helicópteros e outros meios entrarem em ação e atacarem os combatentes afegãos e os liquidarem usando todo o equipamento disponível – foi um completo fracasso. A retirada deve servir como um sinal claro de que a nossa dor e sofrimento não são uma preocupação para os comandos militares nem para os políticos que nos obrigam a combater. O New York Times reproduziu o que o especialista Robert Soto da Companhia B, 1º Batalhão, 26ª Infantaria, disse. As suas palavras dão-nos uma visão dessa verdade: “Dói,” diz ele “dói a um ponto que -três unidades do exército, todos nós fizemos o que fizemos lá. E todos nós perdemos homens. Todos fizemos sacrifícios. Eu tinha 18 anos quando fui para lá. E eu nunca poderia imaginar que tinha que passar por aquilo que passamos naquela idade”. Até oficiais comentaram o absurdo da táctica do posto avançado como armadilha: “ Na realidade ninguém precisa de estar ali”, disse o Major Ukiah Senti, oficial executivo do 2º Batalhão, 12º Regimento de Infantaria, da Task Force Lethal, que tem a supervisão de Korengal e das regiões vizinhas. “Nós, na verdade, não estávamos com atenção a outra coisa que não à nossa própria proteção”. Assim como o posto dos EU que foi devastado em Wanat em 2008, deixando 75% das tropas mortas ou feridas num dos ataques mais mortíferos da guerra, não havia” nenhum objetivo” a não ser esperar para ser atacado. As forças norte-americanas também retiraram desse posto, derrotados pela população local. Todos os soldados que morreram em Wanat, Vale Korengal e em todos os outros postos no Afeganistão, morreram porque os generais não sabiam como derrotar a resistência que cada vez é maior. Em vez de aceitarem a derrota, os generais mandavam tropas para uma região onde eram odiados pela população local e deixavam-nos ser constantemente bombardeados. Os generais sabiam perfeitamente que eles não podiam derrotar a resistência dessa forma e o único objetivo era mantê-los a combater para adiar a derrota.
Leia mais no “Tribunal Iraque”...
Fonte: Uruknet Tradução de F. Macias
Soldados norte americanos e civis afegãos morrem, para que o Pentágono possa ocultar a derrota
O exército norte-americano retirou de uma base no recôndito Vale Korengal no Afeganistão, depois de passar quatro anos a tentar ganhar o controlo do terreno. As forças norte-americanas até negociaram os termos da sua derrota, pagando aos combatentes da resistência e deixando-lhes a base completamente intacta, em edifícios, combustível, geradores e equipamento militar, de forma a poder retirar tranquilamente do vale. Os media corporativos e na sua maior parte, as cúpulas do Pentágono inventaram que a retirada forçada do “Vale da Morte” tinha sido uma ‘mudança de estratégia’. Esta assim denominada ‘mudança’ deixou surpresos os soldados e fuzileiros que perderam amigos e derramaram sangue nas montanhas do Afeganistão, enquanto eram obrigados a defender um posto avançado que os comandos militares norte-americanos afirmaram ser “ um remoto lugarejo de valor estratégico limitado”. Apesar do seu “valor estratégico limitado”, foram mortos ali, surpreendentemente, 42 soldados norte-americanos, centenas ficaram feridos, e morreu um número desproporcionado de civis afegãos. Um dos últimos soldados que morreu lá, suicidou-se, incapaz de suportar os horrores diários de uma missão sem esperança.
Soldados norte-americanos usados como isca
Os soldados estacionados no Vale Korengal tinham uma missão: permanecerem sentados como alvos à espera de serem atacados, dia após dia. Os afegãos do Vale Korengal combatiam porque invasores estrangeiros ocupavam o seu país há quase uma década. O exército norte-americano ocupou o Vale Korengal para os desafiar a combater. Esta é a lógica do império. A dura realidade, de que nós não servimos para mais nada do que isca, não pode ser omitida. A estratégia do Vale Korengal – de colocar soldados e fuzileiros em perigo usando-os como isca para atrair a resistência afegã a combater, para então caças, helicópteros e outros meios entrarem em ação e atacarem os combatentes afegãos e os liquidarem usando todo o equipamento disponível – foi um completo fracasso. A retirada deve servir como um sinal claro de que a nossa dor e sofrimento não são uma preocupação para os comandos militares nem para os políticos que nos obrigam a combater. O New York Times reproduziu o que o especialista Robert Soto da Companhia B, 1º Batalhão, 26ª Infantaria, disse. As suas palavras dão-nos uma visão dessa verdade: “Dói,” diz ele “dói a um ponto que -três unidades do exército, todos nós fizemos o que fizemos lá. E todos nós perdemos homens. Todos fizemos sacrifícios. Eu tinha 18 anos quando fui para lá. E eu nunca poderia imaginar que tinha que passar por aquilo que passamos naquela idade”. Até oficiais comentaram o absurdo da táctica do posto avançado como armadilha: “ Na realidade ninguém precisa de estar ali”, disse o Major Ukiah Senti, oficial executivo do 2º Batalhão, 12º Regimento de Infantaria, da Task Force Lethal, que tem a supervisão de Korengal e das regiões vizinhas. “Nós, na verdade, não estávamos com atenção a outra coisa que não à nossa própria proteção”. Assim como o posto dos EU que foi devastado em Wanat em 2008, deixando 75% das tropas mortas ou feridas num dos ataques mais mortíferos da guerra, não havia” nenhum objetivo” a não ser esperar para ser atacado. As forças norte-americanas também retiraram desse posto, derrotados pela população local. Todos os soldados que morreram em Wanat, Vale Korengal e em todos os outros postos no Afeganistão, morreram porque os generais não sabiam como derrotar a resistência que cada vez é maior. Em vez de aceitarem a derrota, os generais mandavam tropas para uma região onde eram odiados pela população local e deixavam-nos ser constantemente bombardeados. Os generais sabiam perfeitamente que eles não podiam derrotar a resistência dessa forma e o único objetivo era mantê-los a combater para adiar a derrota.
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