quinta-feira, 13 de maio de 2010

Opinião, Notícia e Humor

MANCHETES DOS JORNALÕES

(Se você não teve tempo hoje de ler os principais jornais do País, leia-os agora a noite)

Votações do pré-sal atropelam projeto respaldado por 1,7 milhão de pessoas. Se depender do governo, o projeto Ficha Limpa, já aprovado na Câmara, está fora da pauta de prioridades do Senado. O líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), avisou: "Esse não é um projeto do governo, é da sociedade. O do governo, que vamos trabalhar com prioridade, é o do pré-sal." Enviado à Câmara por iniciativa popular e respaldado hoje por 1,7 milhão de assinaturas, o veta candidaturas de políticos que tenham recebido condenações, desde que tomadas por decisão de um colegiado da Justiça. O presidente Lula reforçou a tese governista e defendeu que só sejam proibidas candidaturas de quem tiver condenação em última instância. A estratégia do governo é usar o Ficha Limpa para forçar as votações do pré-sal. Para valer nas eleições deste ano, o Ficha Limpa teria de ser votado pelo menos até 10 de junho. (págs. 1, 3 e Merval Pereira)

FOLHA DE S. PAULO
GOVERNO VÊ CRESCIMENTO ELEVADO NO 1º TRIMESTRE

PIB avançou ao ritmo de 8,5% ao ano no início de 2010, diz Fazenda. A turbulência na Europa e a alta dos juros não serão suficientes para impedir o crescimento da economia acima da média neste ano. Mantida a atividade do primeiro trimestre, a taxa anualizada projeta alta de até 8,5%, segundo a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. O secretário Nelson Barbosa prevê uma desaceleração nos próximos meses. Para a Febraban, o crescimento no ano será de 6,3%. Relatório do Itaú Unibanco traz expectativa de 7,5%. O número oficial do IEGE para o primeiro trimestre será divulgado em junho. Em março, o comércio varejista cresceu 1,6% em relação a fevereiro. Na comparação com março de 2009, a alta foi de 15,7%, variação recorde da série iniciada pelo IBGE em 2001. (págs. 1 e B9)

O ESTADO DE S. PAULO
BERNARDO FALA EM CORTE DE GASTOS E AVISA: 'VAI DOER'

Ministro do Planejamento diz que medida visa a evitar superaquecimento da economia e alta do juro. O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) disse em entrevista ao Estado que o governo pretende evitar que a economia do País registre superaquecimento neste ano e tenha de sofrer freada brusca em 2011. Para isso, haverá cortes de gastos, o que vai na contramão do que foi feito até aqui na gestão Lula. ''Vamos tentar fazer o menos dolorido possível, mas vai doer", afirmou Bernardo. O ministro disse que a ideia é evitar forte alta de juros, mas negou interesse eleitoral. "Aqui não nos preocupamos com eleição. Se fosse por causa disso, deixaríamos a economia crescer 8% (em 2010) e crescer pouco no ano que vem. Isso, sim, seria visão eleitoreira." Sobre as pressões por aumento para aposentados e servidores, ele disse: "Não temos condições de atender, nem de longe, todas essas coisas". (págs. 1 e Economia B1 e B3)

JORNAL DO BRASIL
LULA IRONIZA SERRA E FAZ CRÍTICA À OPOSIÇÃO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista ao SBT que a oposição tentou destruir o país". Ele ironizou o candidato do PSDB à Presidência, afirmando que José Serra "está sabendo agora tudo o que não sabia quando estava no governo". Para alfinetar ainda mais seus adversários políticos, disse que o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, está sabendo agora tudo o que não sabia quando estava no governo. A ofensiva começou após o jornalista Carlos Nascimento pedir a Lula que explicasse por que usa tanto o termo nunca antes na história desse país. Dizer isso é uma constatação do nosso trabalho. Essa gente que reclama tentou destruir o país explicou.

CORREIO BRAZILIENSE
ELES GASTAM

O governo do presidente Luiz Inácio da Lula da Silva termina como começou: com a criação de cargos e uma guerra aberta entre os aliados por vagas na administração pública, em especial, as diretorias de agências reguladoras que representam dois anos de mandato para um apadrinhado político. Eles ficarão no poder, pelo menos, até 2012. Outro lugar cobiçado a partir de hoje são as 496 vagas da Autoridade Pública Olímpica (APO), que fará o planejamento dos Jogos Olímpicos de 2016, e da Empresa Brasileira de Legado Esportivo S.A, encarregada de executar as obras. A estrutura, criada ontem por medida provisória, terá um custo de R$ 94,8 milhões distribuídos entre o governo federal, o do estado e o da cidade do Rio de Janeiro. Lula mantém o ritmo acelerado quando o assunto é inchar o Executivo. Até o momento, a gestão de Lula criou 210,3 mil cargos na administração federal e há mais 40 mil vagas a serem abertas, previstas em projetos sob análise do Congresso. O problema é que os políticos não querem postos com pouco prestígio ou relevância e o filé, como costumam se referir aos cargos de destaque, está acabando. Por isso, a briga é grande.

VALOR ECONÔMICO
PARCELA IMPORTADA DE BENS INDUSTRIAIS BATE RECORDE

A participação dos importados no consumo interno de bens industriais avançou no primeiro trimestre do ano, em decorrência da combinação do crescimento da demanda interna em ritmo chinês e do câmbio valorizado. De janeiro a março, as importações atingiram 17,7% do total, superando a máxima anterior, de 17,2%, registrada no quarto trimestre de 2008, segundo cálculos da LCA Consultores. Os produtos estrangeiros ganham terreno a despeito da expansão acelerada da produção doméstica porque as importações crescem ainda mais rápido. De janeiro a março, a produção industrial aumentou 18% em relação ao mesmo período de 2009 e o volume de compras externas avançou 38%. O economista Douglas Uemura, da LCA, diz que já esperava um aumento da fatia dos importados, mas foi surpreendido pelo ritmo da alta ocorrida entre janeiro e março. Para ele, a força da demanda é o principal fator que explica essa mudança, coadjuvada pelo dólar barato. A LCA estima que, no primeiro trimestre, o consumo das famílias cresceu 10,5% em relação ao período janeiro/março de 2009 e o investimento, 23%. Sinal eloquente do aquecimento da demanda é o desempenho das vendas no varejo, que subiram 12,8% no primeiro trimestre. (págs. 1 e A3)


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