terça-feira, 18 de maio de 2010

Opinião, Notícia e Humor

MANCHETES DOS JORNALÕES

(Se você não teve tempo hoje de ler os principais jornais do País, leia-os agora)


O GLOBO
EUA INSISTEM EM SANÇÕES AO IRÃ APESAR DO ACORDO

Após assinatura, Teerã anuncia que continuará a enriquecer urânio. Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha e Rússia reagiram com ceticismo e cautela ao acordo assinado em Teerã, no qual o Irã, com mediação de Brasil e Turquia, compromete-se a enriquecer urânio no exterior, como propunha a Agência Internacional de Energia Atômica. O acordo foi festejado pelos presidentes Lula e Ahmadinejad e pelo premier turco. Mas os EUA o tacharam de vago e mantiveram planos de adotar sanções ao Irã, apoiados por Reino Unido e França. O acordo determina que o Irã transfira à Turquia 1.200kg de urãnio levemente enriquecido. Em troca, receberá em um ano 120kg de urânio a 20%. Apesar disso, após a assinatura, o Irã anunciou que continuará a enriquecer o urânio a 20%. O presidente russo manifestou preocupação, mas sugeriu um tempo na discussão das sanções. (Págs. 1, 23 a 25, Míriam Leitão, Merval Pereira e editorial "Um acordo e muitas dúvidas")

FOLHA DE S. PAULO
ACORDO NUCLEAR COM IRÃ NÃO CONVENCE POTÊNCIAS

EUA ainda pedem sanções econômicas; para o Brasil, não há necessidade. O acordo nuclear anunciado pelo Brasil, pela Turquia e pelo Irã não convenceu os governos dos Estados Unidos e de outros países do Conselho de Segurança da ONU de que são pacíficas as intenções do programa atômico desenvolvido pelo Irã. O governo Obama vai prosseguir na pressão por novas sanções contra o país. O Irã se comprometeu a entregar 1.200 kg de urânio pouco enriquecido para a Turquia um mês depois de o trato ser aceito pela agência de energia nuclear da ONU. Apesar do avanço político, o acordo não esclareceu o papel dos inspetores da ONU nem o volume real do estoque de urânio dd Irã. O texto também não impede que o Irã enriqueça o que não for destinado à Turquia. Para o chanceler Celso Amorim, as garantias exigidas pelas potências ocidentais para negociar com o Irã e afastar sanções econômicas estão preenchidas. (Págs. 1 e Mundo)

O ESTADO DE S. PAULO
BRASIL FESTEJA ACORDO COM IRÃ, MAS PARA OS EUA NÃO MUDA NADA

Amorim diz que sucesso torna 'sem fundamento' a discussão sobre sanções; já os americanos afirmam que Teerã segue violando resolução da ONU e mantêm pressão. O acordo sobre o programa nuclear iraniano costurado por Brasil e Turquia foi motivo de comemoração entre os chefes de Estado dos três países em Teerã, informa o enviado especial Roberto Simon. Para o chanceler Celso Amorim, a pressão por sanções "perde todo seu fundamento" - em sua opinião, o diálogo só avançou desta vez porque Brasil e Turquia falam "a linguagem da cooperação", enquanto os que fracassaram usavam “a linguagem da pressão". Apesar desse otimismo, parte da comunidade internacional, com os EUA à frente, manifestou reticência. Para a Casa Branca, o acordo não muda em nada a disposição de Washington de impor medidas punitivas ao regime iraniano, informa a correspondente Patrícia Campos Mello. O governo americano considera que o Irã continua violando resoluções da ONU. O Itamaraty reconhece que o compromisso de Teerã tem escopo limitado - não cita inspeções nem garantias de que o programa nuclear iraniano é pacífico. (Págs. 1 e Internacional A12 e A14)



Acordo celebrado com Irã, com ajuda turca, muda os padrões da diplomacia internacional. O termo fechado em Teerã por Brasil e Turquia em torno do programa de enriquecimento de urânio do Irã já é considerado um marco na diplomacia. A mediação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou ser viável um caminho independente, fora do eixo e dos interlocutores tradicionais, e, a despeito das pressões em contrário, especialmente de potências hegemônicas como os EUA, foi bem sucedida. A Agencia Internacional de Energia Atômica ainda vai analisar o acordo, mas especialistas ouvidos pelo JB afirmam que a atuação de Lula na crise o aproxima de ganhar um Nobel da Paz. (Págs. 1 e Tema do dia A2 a A5 e Editorial A8)

CORREIO BRAZILIENSE
BRASIL BATE RECORDE DE EMPREGO E DE IMPOSTOS

Economia aquecida criou 962 mil postos de trabalho em quatro meses, praticamente o total registrado em 2009. Em compensação, brasileiros pagaram R$ 66 bilhões ao governo somente em abril (Págs. 1, 12 e 13)

VALOR ECONÔMICO
ACORDO COM IRÃ TRAZ EUFORIA E DESCRENÇA

Isolado internacionalmente e com dificuldades políticas e econômicas internas, o Irã aceitou enviar seu urânio enriquecido para o exterior, nos termos de um acordo para evitar a ampliação das sanções das Nações Unidas ao país. Mas não se comprometeu em encerrar seu programa de enriquecimento de urânio, base do temor de países ocidentais de que o regime dos aiatolás tenha secretamente planos para construir a bomba nuclear. O acordo entre Irã, Brasil e Turquia sobre o acordo nuclear de Teerã basicamente atende aos pontos listados pelo presidente dos EUA, Barack Obama, numa carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva há algumas semanas, disse ontem o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reagindo à "desconfiança e suspeita" manifestadas pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton.


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