Mensagem aos afro-descendentes, às ONGs (nacionais e estrangeiras) e aos "politicamente corretos"
É fácil bater no peito, com orgulho, e falar das suas origens; dizer-se defensor da natureza; defensor do Planeta!
Noticiário internacional de hoje informa que quatro ursinhos pandas nasceram em 14 horas, na China. Que maravilha!Quantas crianças, nessas mesmas 14 horas, morreram na África Central? Isso, ninguém questiona, porque ninguém se importa!
As fotos daquelas pessoas, hoje, são iguais às de décadas e décadas passadas.
Afro-descendentes lutam para ter as mesmas oportunidades que os “brancos” nas sociedades modernas. Mas não se mobilizam para acudir seus “ascendentes”. ONGs internacionais preocupam-se em salvar baleias, florestas etc. Mas, como na Bósnia, cruzam os braços e assistem à extinção de uma raça. Que ideais românticos!!!!
Nos países da África Central também existem milionários, resorts luxuosos e palácios de governos. Enquanto isso, a maioria das pessoas ainda vive em condições subumanas. Os animais vivem em “reservas”, protegidos da extinção, os “humanos” não tem mais forças para sobreviver.
Vamos criar o “Safári Humano”? Turistas gostariam de ver “como” os “clicados/filmados” se alimentam (só assim seriam alimentados). “Salve o turismo!”.
Ah, seres “humanos”! Como fico triste cada vez que lembro da palavra “hipocrisia”!
Todos os anos, agricultores revoltados, quando o Governo brasileiro não lhes garante o “preço mínimo” prometido, queimam toneladas e toneladas de cebolas, derramam leite no chão, jogam fora feijão (também pela falta de silos suficientes) etc. Nesses momentos, onde estão os afro-descendentes? Onde estão as ONGs internacionais e nacionais (aqui também existe fome!)? Onde fica a consciência de cada um (independente de cor ou descendência)?
Quando vejo filmes e fotos das populações da África Central, faço uma macabra analogia: o mundo está selecionando um parágrafo (África Central), em um grande texto (o Continente Africano), para que logo seja deletado, por não “enquadrar-se” no exuberante contexto da África do Sul, ou no exótico contexto dos países do norte!
Bravo, aos “Médicos sem Fronteiras”! Deus abençoe esses poucos “humanos”!
Será a teoria de Darwin se cumprindo: seleção natural das “espécies”? Ou será egoísmo, descaso, desumanidade?
É fácil bater no peito, com orgulho, e falar das suas origens; dizer-se defensor da natureza; defensor do Planeta!
Noticiário internacional de hoje informa que quatro ursinhos pandas nasceram em 14 horas, na China. Que maravilha!Quantas crianças, nessas mesmas 14 horas, morreram na África Central? Isso, ninguém questiona, porque ninguém se importa!
As fotos daquelas pessoas, hoje, são iguais às de décadas e décadas passadas.
Afro-descendentes lutam para ter as mesmas oportunidades que os “brancos” nas sociedades modernas. Mas não se mobilizam para acudir seus “ascendentes”. ONGs internacionais preocupam-se em salvar baleias, florestas etc. Mas, como na Bósnia, cruzam os braços e assistem à extinção de uma raça. Que ideais românticos!!!!
Nos países da África Central também existem milionários, resorts luxuosos e palácios de governos. Enquanto isso, a maioria das pessoas ainda vive em condições subumanas. Os animais vivem em “reservas”, protegidos da extinção, os “humanos” não tem mais forças para sobreviver.
Vamos criar o “Safári Humano”? Turistas gostariam de ver “como” os “clicados/filmados” se alimentam (só assim seriam alimentados). “Salve o turismo!”.
Ah, seres “humanos”! Como fico triste cada vez que lembro da palavra “hipocrisia”!
Todos os anos, agricultores revoltados, quando o Governo brasileiro não lhes garante o “preço mínimo” prometido, queimam toneladas e toneladas de cebolas, derramam leite no chão, jogam fora feijão (também pela falta de silos suficientes) etc. Nesses momentos, onde estão os afro-descendentes? Onde estão as ONGs internacionais e nacionais (aqui também existe fome!)? Onde fica a consciência de cada um (independente de cor ou descendência)?
Quando vejo filmes e fotos das populações da África Central, faço uma macabra analogia: o mundo está selecionando um parágrafo (África Central), em um grande texto (o Continente Africano), para que logo seja deletado, por não “enquadrar-se” no exuberante contexto da África do Sul, ou no exótico contexto dos países do norte!
Bravo, aos “Médicos sem Fronteiras”! Deus abençoe esses poucos “humanos”!
Será a teoria de Darwin se cumprindo: seleção natural das “espécies”? Ou será egoísmo, descaso, desumanidade?
Carmen Coutinho é jornalista em Brasília e colaboradora deste Blog.
Obs.: As opiniões de nossos colaboradores não são, necessariamente, as mesmas do Blog.
Nenhum comentário:
Postar um comentário