segunda-feira, 28 de julho de 2008

Coluna do Helio Fernandes

Carlos Lacerda

Que vida, que luta, que história. Combateu sempre, não importavam as armas. Acreditava na luta, uma história impressionante.


Ana Leticia, neta de Carlos Lacerda, fala na realização de um filme sobre o avô. Grande idéia, falta concretizá-la. É a única forma de contar a história de um período que vai de 1945 a 1965. 20 anos de lutas, de resistência, de participação em duas ditaduras. Em 1945, Lacerda fez uma entrevista com José Americo, publicada no Correio da Manhã. Que acabava com a censura prévia e logo depois com o próprio regime autoritário. 1965, quando Lacerda se desligava do golpe de 1964, lançava o que se chamou de "Frente Ampla", assinada por ele, Jango e Juscelino. O livro poderia "esticar" até 1968, com o famigerado AI-5, quando Lacerda foi preso e cassado. Então, viajou para a Europa, onde ficou alguns anos. Voltou, se dedicou à Nova Fronteira, morreu inesperadamente. Que filme.
Garibaldi Alves, que se destacou como presidente do Senado, respondendo a uma pergunta do repórter: "Sou candidato apenas à reeleição, meu mandato termina em 2010". Antes, pode continuar na presidência do Senado. Referência alimentada pela competência e trabalho.
Três ministros do Supremo foram à Amazônia em missão oficial. Sobrevoaram a região, vendo e anotando, o Supremo iria votar a questão.
Estava na pauta para o dia 21 de maio. Gilmar Mendes, antes de se transformar em nome nacional, confirmou a votação.
Mas a pressão foi tão grande que já se passaram mais de 2 meses e nada de votação. O Supremo iria referendar a faixa descontínua. Agora, ninguém sabe a data.
O advogado geral da União, José Antonio Toffoli, é publicamente candidato a ministro do Supremo, mesmo não havendo vaga. Agora que se fala no impeachment de Gilmar Mendes, está satisfeitíssimo.
Como revelei, Gilmar Mendes enviou suas liminares em habeas-corpus para o Conselho de Justiça, que ele mesmo preside. O Conselho acaba o recesso dia 29, o Supremo, dia 4 de agosto.
Generosamente alertei Fernando Gabeira: "Um homem como você não pode fazer acordo com o PSDB do Rio". Não acreditou.
Agora, Gabeira briga pelo quinto lugar. Pelo menos votará em Jandira Feghali no segundo turno. Disputa o quinto lugar com Solange Amaral.
Essa eleição para prefeito vai deixar muita gente desprestigiada e até desempregada. O que farão Picciani e César Maia? Têm acordo para disputar o Senado em 2010. Não ganham.
Uma coisa que estão falando feito papagaio: "É preciso respeitar as instâncias". Ora, liminar não é instância, é apenas a antecipação de uma parte do processo, que não precisa existir a prisão preventiva ou provisória.
Como o juiz que concedeu a prisão é federal, o recurso pode ser à própria instância federal, ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), STF (Supremo Tribunal Federal).
A própria instância federal é o recurso natural para examinar o mérito. O STJ é o recurso a seguir. E, finalmente, "o último dos moicanos" é o Supremo. Liminares não são instâncias.
Há tempos, muito tempo, revelei aqui enormes falcatruas no Hemorio. A diretora-geral, Katia Machado da Motta, era ligadíssima ao então secretário Gilson Cantarino. Relacionamento interno e externo sólido.
Com as denúncias, foi afastada mas não demitida. Agora escapou. Cantarino foi preso, ela nem citada, procurada ou aborrecida. Morava num apartamento alugado, 2 quartos, pequeno, na Ilha do Governador.
Agora, comprou um luxuoso apartamento de 300 metros quadrados na Rua Almirante Guilhobem, quadra da praia. Curiosidade: a atração por essa rua. Conheço várias pessoas que enriqueceram inesperadamente (corrupção) e foram morar, suntuosamente, nessa rua. Por quê?

Leia a coluna completa do Helio, acessando:
http://www.tribunadaimprensa.com.br/coluna.asp?coluna=helio

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